“Se tu, Mãe, fores conosco e com nossos filhos para a luta da vida, então ousaremos com eles a grande batalha, na esperança de obtermos a vitória” (Pe. José Kentenich)
Ir. M. Clades Schwengber – Neste domingo, dia 9 de setembro, que abriu a Semana do Jubileu de Ouro da morte do Pe. José Kentenich, seu encontro definitivo com o Pai celeste, a Arquidiocese Militar do Brasil esteve em festa. A Família de Schoenstatt do Santuário Tabor da Esperança – que está sob a jurisdição dessa Arquidiocese – e a comunidade celebrou os 50 anos de falecimento do Pai e Fundador.
Ao ressoar o sino, às 18 horas, seu som recordava o sino da Igreja da Adoração, em Schoenstatt, onde Pe. Kentenich faleceu. Assim iniciou-se a paraliturgia comemorativa, fazendo memória à vida e a Obra do Pe. Kentenich, por meio de textos, símbolos e cânticos apropriados à espiritualidade schoenstattiana.
Após a vivência, iniciou a Santa Missa, presidida pelo arcebispo, Dom Fernando Monteiro Guimarães, e concelebrada pelo pároco da Catedral, Pe. Silas Pereira Viana, pelo capelão do Santuário Tabor da Esperança, Pe. Luis Antônio Sales, e pelo capelão chefe da Aeronáutica, Pe. Geraldo Pio.
Um sinal de Deus
Na homilia, além de focar a liturgia do dia, o arcebispo faz menção à vida fecunda do Servo de Deus Pe. Kentenich, destacando sua obediência, silêncio e espírito sacrifical por amor à Igreja. “Ao longo da história, Deus tem enviado sinais e o Pe. Kentenich foi um deles. Um homem que viveu toda sua vida para levar o evangelho de Cristo, e levá-lo através de Maria, Mãe de Cristo e Mãe da Igreja. Toda sua vida, uma longa vida e muito sofrida, uma vida que encontrou incompreensões por parte da própria Igreja, dos chefes da Igreja, que não conseguiam perceber a autenticidade desse carisma. E, no entanto, ele permaneceu fiel à Igreja, fiel no silêncio, na obediência, na submissão, e Deus mesmo se encarregou de mostrar o fruto do seu carisma, plantando na Igreja esse Movimento tão fecundo, o Movimento de Schoenstatt, nas suas várias ramificações. A Igreja de hoje precisa desses exemplos”.
Dom Fernando também diz: “Eu creio que a celebração dos 50 anos de morte do Pe. Kentenich nos estimula e nos convida a renovar o nosso amor à Igreja através de Maria, Mãe de Cristo e Mãe da Igreja. Pe. Kentenich nos convida a descobrir o vigor do evangelho, a novidade, a audácia do evangelho, atualíssimo para os dias de hoje, para a criança, para o jovem, para o casal, para a família, para quem se consagra a Deus, para todos nós. O evangelho é vida e é preciso que ele frutifique”.
Santuário, cidade de Deus
O arcebispo recorda que o “Pe. Kentenich colocava no coração de Maria o Capital de Graças, para que ela, como medianeira, distribuísse as graças em nome do Senhor. Graça que fecunda o coração e a vida de cada um de nós”. E que ele, Pe. Kentenich, “ajudou a construir a cidade de Deus na cidade dos homens por seu pequeno Santuário, essa pequena casa de Deus, que se torna, nos vários lugares espalhados pelo mundo inteiro, um lugar de bênçãos, de graças, um lugar de conversão, de fortalecimento da fé”.
Dom Fernando Guimarães testemunhou a alegria de ter o Santuário de Schoenstatt, o Tabor da Esperança, em sua jurisdição Militar, o que lhe dá muita força para a realização de tão grande missão, repleta de desafios. “Como arcebispo militar – eu já disse isso outras vezes – tenho uma grande alegria de, quando eu fui nomeado para essa função, quatro anos atrás, saber que o Santuário de Brasília estava sob nossa jurisdição. A Diocese onde fui bispo, em Pernambuco (Garanhuns), tinha também um Santuário da Mãe e Rainha que atraia pessoas do nordeste inteiro. E, durante seis anos, fui testemunha ocular, testemunha presencial das graças, das conversões, das bênçãos que Deus distribuiu, por Maria, através do seu Santuário. Vir para Brasília, para mim, foi um consolo, a certeza de um apoio ao meu trabalho de bispo militar do Brasil, ao saber que o Santuário dessa capital federal estava sob a nossa jurisdição”.
A Santa Missa foi um hino de louvor e gratidão a Deus pela vida do Pai e Fundador de Schoenstatt. “O exemplo do Pe. Kentenich nos leva a refletir e a pensar”, disse o arcebispo na homilia. Esse sentimento e o desejo de conhecer mais de perto a vida e toda a espiritualidade do Pe. Kentenich foi um impulso para aqueles que partiram, levando seu carisma ao mundo.
Fotos: Neivaldo Oliveira