O Rio de Janeiro/RJ celebra Kentenich
Maria Dolores Batista Melo / Karen Bueno – No 15 de setembro de 2018, o Santuário Tabor Redenção da Família recebe aproximadamente 2.000 pessoas para celebrar os 50 anos da volta do Pe. Kentenich ao Lar Eterno.
Abertura da celebração
O dia iniciou na Tenda dos Peregrinos, às 10h30min, com uma “Vivência da Celebração Jubilar”. A reflexão indicava a pessoa do Pe. Kentenich como um reflexo da paternidade divina. E, “após uma vida sacerdotal abençoada e fecunda – formada na Escola do Santuário pela Mãe e Rainha, como Pai para muitas pessoas – Deus chamou nosso Fundador, o Pe. José Kentenich, para regressar ao seu Reino Eterno”. Foi apresentado, então, o vídeo do seu sepultamento, cujo momento foi de interiorização e emoção, de silêncio e oração.
Mas, “Ó Pai, tu não partiste!” – assim cantaram juntos – “Tu permaneces entre nós!”
Acontece, nesse momento, a entrada das Apóstolas Luzentes de Maria, numa singela coreografia. Elas levam consigo, como dádiva de gratidão, as conquistas da Família de Schoenstatt do Tabor Redenção da Família por meio do Projeto “VEM, CONHECE , ANUNCIA”. Esse projeto, desenvolvido durante todo o ano Pe. Kentenich, contemplou 12 virtudes espelhadas na pessoa do Pai e Fundador, conquistadas mês a mês. Assim se formou, ao redor do Santuário, um jardim de virtudes, nesta primavera de 2018.
Clima de alegria, entusiasmo, emoção
Após o almoço, todos se reuniram novamente para rezar o 3º dia do Tríduo, cujo tema “Encontrar um Pai” fechou a vivência da manhã e preparou para o momento seguinte, a Santa Missa.
Dom Roberto Lopes, OSB, Vigário Episcopal para Vida Consagrada e Novas Comunidades e Delegado Arquiepiscopal para as Causas dos Santos, foi o presidente da celebração, que encerrou a festividade jubilar. Ele iniciou a Santa Missa dando as boas vindas ao povo e dizendo: “Estamos aqui reunidos para celebrar, louvar e agradecer a Deus pelos 50 anos da Páscoa definitiva do Pe. Kentenich. Neste Movimento, presente em todo o mundo, todos os que permanecem na Aliança de Amor, frequentam a Escola de Maria e bebem na fonte a sua espiritualidade, vivem este momento com entusiasmo e alegria, levando este fogo a todos … é um lindo Movimento!”
A sua homilia se inicia com o relato do Evangelho (Mc 8, 27-35) e ele diz que há um caminho a ser percorrido para conhecer Jesus. Após refletir sobre as leituras, Dom Roberto narra a vida do Pe. Kentenich desde a sua infância até o dia 18 de outubro de 1914, dia em que Deus tocou o coração do Fundador (“intuição” presente na história de todos os santos), e se inicia a caminhada da Aliança de Amor. A Mãe Três Vezes Admirável se estabelece no Santuário que passa a ser “oficina” para o homem novo, mariano, que se deixa moldar pela Mãe e Educadora.
É linda a história desse homem!
Com emoção, Dom Roberto relembra os 100 anos do Movimento. Conta que, em 2014, esteve presente em Schoenstatt e teve a graça de participar das celebrações ao lado de pessoas oriundas do mundo inteiro, de “como foi lindo!” – diz ele – as procissões, os cortejos, os sinos tocando, a postura de oração dos jovens, o testemunho de fé e gratidão daquele povo ali presente.
Dom Roberto também lembra a missão do Pe. Kentenich quando ele dizia: “Minha missão mariana nunca me deixou em paz”. Contou sobre o tempo em que o Pe. Kentenich esteve no campo de concentração de Dachau, local em que deu um verdadeiro testemunho de partilha, de visitação, de atenção, de oração para todos que estavam naquele lugar. “É linda a história desse homem!”, diz o celebrante.
Em suas palavras, Dom Roberto também contou o seguinte fato: uma família passava por uma aflição de ter o filho preso injustamente e o chamou para pedir-lhe orientação e ajuda. A primeira coisa que ele fez foi tirar do bolso a relíquia do Pe. Kentenich e dar para a família, para que rezasse, pedindo a intercessão do Pe. José Kentenich. Três dias depois, o rapaz foi solto. Contou isso para nos mostrar o que significa ter uma relíquia ao alcance.
Dom Roberto terminou sua homilia rezando a oração pela beatificação do Pe. José Kentenich.
Enviados para levar a mensagem de Schoenstatt ao mundo, segundo o espírito do fundador, cada pessoa partiu com novo ardor. Ser o rosto do Pai e Fundador para todos é o desafio e a beleza da missão a que esses novos 50 anos reservam.