Essa memória não está escrita com tinta, mas na história do Deus vivente em cada coração
Sueli Vilarinho – O Santuário Sião, do Jaraguá, em São Paulo/SP, celebrou os 50 anos de falecimento do Pe. José Kentenich de forma original.
Tríduo – Oração e missa nas comunidades
Um tríduo se dividiu em três partes (sim!), mas em lugares diferentes. Na quarta- feira, 12 de setembro, o encontro foi na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição. Na quinta-feira, dia 13, todos se reuniram na Comunidade São Pedro e na sexta- feira na Comunidade Sagrado Coração de Jesus, todas no Jaraguá.
O tríduo foi acompanhado com ânimo pelas pessoas que participam do Movimento e também por muitas que não pertencem às comunidades de Schoenstatt. Houve celebração da Santa Missa em cada dia, na qual, além das orações do tríduo, o pároco, Pe. Severino Araújo, evidenciava a dimensão da vida do Pai e Fundador à Cruz de Cristo.
Viver eternamente ao lado do Pai e Fundador
Leda Bossi, da Liga de Famílias de Schoenstatt, conta: “A mim tocou de forma especial quando, em uma das missas, o pároco rezou pelo descanso eterno do Pai e Fundador e de todos os seus filhos espirituais. Nesse momento senti que seus filhos espirituais são tantos e tantos… Num instante da Missa, lembrei da vinculação de meu pai ao Ssantuário e imenso amor que minha mãe tinha pelo Santuário de Atibaia/SP, lembrei da última vez em que estive com minha mãe, fomos levar a Mãe Peregrina à vizinha”.
Durante o tríduo houve bastante tempo de conversa de integração com a comunidade, enquanto se tomava um chazinho. Continua Leda Bossi: “Penso que vivemos o tríduo da forma como o Pai e Fundador espera de nós nestes novos tempos: em saída, levando movimentação e vida às comunidades, tão frágeis e necessitadas de animação e liderança”.
Selar uma Aliança no dia em que se vivem novos impulsos de Pentecostes
No sábado, dia 15, a missa jubilar foi enriquecida pela Aliança de Amor de 13 jovens da Juventude Masculina de Schoenstatt (Jumas), entre os quais, cinco eram participantes da Comunidade São Pedro – daí a importância de vincular as comunidades ao Santuário.
O Pe. José Fernando Bonini, reitor do Santuário, presidiu a Santa Missa o e Pe. Ailton Brito, assessor do Jumas, concelebrou. Na homilia, Pe. Ailton indicou que, nessa celebração, “não temos nenhuma foto do Pe. Kentenich aqui. E tem que ser assim, pois lembrar é fácil para quem tem memória, e esquecer é difícil para quem tem coração. Hoje, nessa celebração, essa memória não está escrita com tinta, mas escrita na história do Deus vivente em cada coração. Não é uma memória num museu, é viva, pois a memória que ama é eterna. Que nesta festa, entreguemos a Jesus a memória de nosso Pai e Fundador, apresentemos seu carisma, mas, principalmente como ele nos aproximou de Jesus”.
Guardiões do Santuário
O Santuário Sião, em reforma para seu jubileu de 50 anos, está atualmente sem os móveis. Assim, parecia-se com a antiga Capela de São Miguel, de 1914 – o Santuário Original no dia da fundação. Os jovens colocaram o quadro da Mãe e Rainha à frente e o grupo selou a Aliança com o nome de “Guardiões do Santuário” – que mistério, pois eram como São Miguel vivo.
Após a Aliança, todos foram convidados para uma confraternização.
O que ficou? O Pai e Fundador verdadeiramente faz parte da vida dos filhos, de forma atual em cada comunidade, em cada jovem, em cada família que se renova na força dos vínculos.
Fotos: Alex Formigoni