No dia 4 de outubro se completam 100 anos da morte de José Engling, o jovem heroi de Schoenstatt da geração fundadora.
Pe. José Kentenich tinha uma grande estima por ele e sempre o citava como exemplo, pois, como diz o fundador, Engling “foi um dos que melhor compreendeu a importância do 18 de outubro de 1914”.
Uma curiosidade
Em 1968 a Família de Schoenstatt se preparava, como um todo, para celebrar os 50 anos da morte de José Engling. Também o Pai e Fundador se preparava para esse jubileu. Mas, como sabemos e acabamos de recordar, o Pe. Kentenich faleceu no dia 15 de setembro, poucos dias antes do jubileu.
Apesar disso, o Pai já tinha escrito uma carta para a celebração jubilar. A Família de Schoenstatt encontrou, entre suas coisas, a carta que seria lida no dia 4 de outubro de 1968.
Confira o conteúdo dessa carta:
Minha querida Família de Schoenstatt!
Quando, em fins de 1965, após um exílio de 14 anos, voltei à pátria, ao sobrevoar a França, o nosso “apóstolo de Engling” — o Pe. [Alexander] Menningen — em cujos ombros, em 1942, quando me encontrava na prisão, coloquei o manto de profeta, chamou minha atenção para Cambrai. Espontaneamente então compreendi e declarei: a corrente de vida em torno de José Engling, que lá se alimenta, comprovou-se como obra de mestre da condução divina e da docilidade humana. Quando as discussões em torno dos princípios eram proibidas, esta corrente espiritual de vida em torno de José Engling abrangeu e impregnou interiormente a Família de uma forma ainda mais efetiva. Pois, na vida e na história do jovem heroi, a Família vivenciou o Documento de Fundação e pôde experimentar a história da fundação com seus três pontos de contato, história que foi antecipada e interpretada com perfeição pela vida exemplar de José Engling. Pela maneira como se realizaram, as peregrinações ao local de sua morte atuaram mais profundamente que os retiros e os encontros no estilo costumeiro. Ano após ano, elas se repetiram e multiplicaram. Com o tempo, abrangeram todos os círculos e ramos da Família de Schoenstatt. Através disso, como parece, Deus manifestou de forma inequívoca a sua intenção. Se os fatos não enganam, Ele o predestinou para a honra dos altares. Que o jubileu de sua morte novamente o reviva em nós e, por meio dos milagres necessários, o torne digno da beatificação.
Schoenstatt — Cambrai, para 4 de outubro de 1968
J.K.