Hoje começa a XV Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos no Vaticano, com tema sobre a juventude. Do Movimento Apostólico de Schoenstatt participam o Pe. Alexandre Awi Mello, como secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, e o jovem Lucas Galhardo, da Juventude Masculina de Schoenstatt de Caieiras/SP.
Veja como ocorrem os trabalhos ao longo dos 25 dias de encontro (de 3 a 28 de outubro):
Os trabalhos da Assembleia dos Bispos se realizam na Sala do Sínodo, em sessões chamadas congregações gerais, das quais participam todos os Padres Sinodais. Elas são abertas com o pronunciamento “ante disceptationem” preparado pelo Relator Geral do Sínodo (no caso deste ano de 2018, trata-se do cardeal brasileiro Dom Sergio da Rocha). Esquematicamente, pode se dividir em três fases:
a. Durante a primeira fase, cada membro apresenta aos outros a situação da sua Igreja particular. Essa rica troca de experiências de fé e de culturas, sobre o tema do Sínodo, contribui para fazer emergir uma primeira imagem da situação da Igreja, que deverá, no entanto, ser aprofundada e aperfeiçoada.
b. À luz dessas apresentações, o Relator Geral do Sínodo redige uma série de questões (reunidas no Relatório “post disceptationem”) que deverão ser debatidas durante a segunda fase, quando todos os membros do Sínodo se dividem em grupos – chamados Círculos Menores (Circuli Minores) – segundo as diferentes línguas. Os relatórios de cada grupo são lidos em assembleia plenária. Nessa ocasião, os Padres Sinodais podem pedir esclarecimentos sobre os temas expostos e fazer seus comentários.
c. Na terceira fase, os Círculos dedicam-se a formar sugestões e observações de forma precisa e definida, de modo tal que, nos últimos dias, a assembleia possa proceder ao voto de propostas concretas. O trabalho inicial dos Padres Sinodais, reunidos nos Círculos, leva à formulação de proposições diferentes com base na discussão na Sala do Sínodo e nos Relatórios dos Círculos. Nos Círculos, os Padres sinodais podem votar uma proposta com o “placet” (aprovo) ou “non placet” (não aprovo). As propostas dos Círculos são, então, submetidas ao Relator Geral e ao Secretário Especial e reunidas em uma lista unificada de propostas, que é apresentada pelo Relator Geral em sessão plenária. Em seguida, os Círculos se encontram novamente para discutir tais propostas. É nesse momento que os Padres Sinodais podem propor suas emendas individuais à atenção do Círculo, cujo propósito será reunir todos os votos de cada Círculo e sugestões de emendas às proposições. O Relator Geral e o Secretário Especial opinam sobre essas emendas coletivas e decidem se devem ou não ser incorporadas à lista final de propostas e, em caso de recusa, devem expor seus motivos em um documento chamado Exame das emendas. A lista final de propostas é, então, apresentada em sessão plenária e, depois, submetida ao voto de cada Padre Sinodal, que pode decidir a favor ou contra a proposta.
Ao final de uma Assembleia Geral do Sínodo, o Secretário Geral arquiva todo o material na Secretaria Geral e redige o relatório conclusivo dos trabalhos para submetê-lo ao Santo Padre.
Fonte: Radio Vaticana 2008, via synod2018.va