Onde está o homem novo? O Regional Sudeste quer incorporá-lo em sua vida
Karen Bueno – “Vou sair daqui com o desejo de construir uma nova terra mariana”. Essa frase é de apenas uma pessoa, mas poderia ser de qualquer um dos 130 participantes do Congresso de Outubro do Regional Sudeste. Neste final de semana, de 12 a 14 de outubro, as lideranças de toda a Obra de Schoenstatt do Regional Sudeste se reuniram para seu encontro anual de formação, opinião, partilha, espiritualidade e troca de experiências em Família.
“Queremos que esse Congresso gere vida”, diz o diretor regional do Movimento, Pe. Afonso Wosny, na abertura. “Viemos para cultivar o espírito, para nos renovar em nosso ‘ser Família’, para um discernimento comunitário da voz de Deus, para intercambiar a vida”. O lema que norteou todos os trabalhos do regional é o mesmo da Família de Schoenstatt do Brasil: Unidos ao Pai e Profeta, por uma nova terra mariana.
Protagonismo
O Congresso teve uma roupagem diferente este ano. Sem palestras e mais dinâmico, ele foi assumido em grande parte pelos leigos do Movimento, que trataram tanto de conteúdos formativos como dos trabalhos práticos. Tudo dirigia para uma questão central: Como podemos construir no Brasil uma nova terra mariana? “O Congresso mexeu muito comigo, me deixou com várias interrogações para fazer uma autoavaliação sobre mim mesma, de mim como parte da Liga das Mães, como membro de pastoral na Igreja, como missionária da Campanha. Saí com a pergunta sobre o que mais posso fazer, como fazer o ordinário extraordinariamente bem”, diz Sonia Fagundes, de Belo Horizonte/MG.
Um tema de introdução das atividades foi dado pelo Pe. José Fernando Bonini, do Instituto dos Padres de Schoenstatt. Ele assinalou o desenvolvimento interior do Pe. José Kentenich desde a infância, com exemplos práticos que poderiam ajudar na missão dos dirigentes das comunidades. O caminho percorrido pelo fundador levou a um vínculo com Maria, guiado pela fé prática na Divina Providência. Entre as características do seu desenvolvimento está o “ser tocado somente por Maria; ser instrumento; ter atitude de acolhimento; uma bi-unidade entre o fundador e os seus filhos; ser livre e autônomo”, aponta o Pe. José Fernando.
Painéis
Família, sociedade e juventude foram temas em pauta no painel apresentado no auditório e nas “Salas de Ideias”. A Família Moreira (Nivaldo, Sandra, Letícia e Camila), do Instituto, debateu sobre “Como construir nova terra mariana com, a partir e através da família”. Milene e Diego Mota, da União de Famílias, resgataram a história de José Engling para falar sobre heroísmo e santidade na vida diária, com ênfase nesse espírito jovem. Davi Vilarinho e Daniel Guimarães, da Juventude Masculina, desafiaram a Família de Schoenstatt a uma resposta concreta sobre o contexto social e desafiador da atualidade.
Tudo isso foi tratado mais a fundo nas “Salas de Ideias”, com muito trabalho prático e partilha de experiências, para se chegar a pontos concretos.
Uma história renovada
A Santa Missa, no sábado à noite, foi uma ocasião especial para celebrar os 50 anos do Santuário Sião, do Jaraguá-São Paulo/SP. Este foi o primeiro Santuário Filial de Schoenstatt no regional Sudeste e completará seu jubileu de ouro no dia 31 de maio de 2019. Na celebração, Pe. José Fernando, que é reitor do Centro, acentuou a pequenez dos instrumentos humanos e a grandeza da Mãe Admirável na história desse lugar de graças.
“É a primeira vez que eu participo de um Congresso e tudo foi muito valioso, trouxe várias interrogações sobre como ser Schoenstatt em saída. Eu aprendi muito e vou sair daqui com o desejo de construir uma nova terra mariana, a começar dentro da minha família”, comenta Diva Carolina Fernandes Silva, de Betim/MG.
Onde está o homem novo?
Um “plantão de notícias” prendeu a atenção de todos no domingo de manhã. Os repórteres do “telejornal MP” saíram à procura do “homem novo”: quem é? Onde está? Como ele vive? A brincadeira estimulava todos a apontar quais características possui um “homem novo”. Para isso, foram divididos grupos de acordo com seu Santuário de origem, e cada um teve de apresentar um vídeo com suas respostas. Criatividade e disposição tomaram contas das salas e do auditório.
“Precisamos buscar ser um homem novo a partir de dentro de nós mesmos e motivar toda a família, conquistá-la, para que a gente possa expandir nossa espiritualidade e tudo isso de bonito que vivemos, principalmente nesse tempo em que tanto carecemos de mudanças, de novas atitudes”, diz Ivone Nunes. “Temos de viver o espírito do homem novo no dia a dia, para não passar ninguém para trás”, acrescenta seu esposo, Francisco Nunes – ambos são da Liga de Famílias de Caieiras/SP.
Enviados para transformar o Brasil
A Santa Missa de encerramento do Congresso trouxe uma oportunidade de renovar o ardor pela missão e ser enviado para construir uma nova terra. Cada coluna da Obra de Schoenstatt (Famílias, Coluna Feminina, Coluna Masculina, Peregrinos) foi enviada com a bandeira do Brasil – abençoada pelo Fundador –, com o anseio de concretizar todas as discussões e aspirações na vida diária. Segundo o Pe. Afonso, na homilia, “Deus nos pensou em Família e o Congresso é uma oportunidade de crescimento”. Ele diz: “O dirigente vai além, ele não pensa só nele, mas pensa também nos outros, para que todos possam crescer. O encontro com Jesus nos ‘cutuca’ e não nos deixa indiferentes. O que Jesus fala tem que mexer comigo”. A partir desse Congresso, ele convida a ir “além do amor que eu já tenho, para a construção de uma nova terra mariana”.
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Fotos: Karen Bueno