Entrevista com o Cardeal do Rio de Janeiro
Raquel Araújo – Neste dia da Aliança de Amor, 18 de outubro, o Santuário de Schoenstatt do Rio de Janeiro/RJ, Tabor Redenção da Família, completa 20 anos de missão no seio da Igreja.
A Família de Schoenstatt se reuniu para festejar junto ao pastor da Arquidiocese, o Cardeal Dom Orani João Tempesta, que presidiu a Santa Missa jubilar no Santuário.
Recordando as duas décadas de trabalho apostólico, Dom Orani nos fala sobre a missão da Mãe e Rainha a partir de seu Centro de graças:
Nosso Santuário completa hoje 20 anos de missão e serviço à Arquidiocese. Para o senhor, qual a principal contribuição que ele traz à Igreja do Rio de Janeiro?
Como lugar de peregrinação, ele é também lugar de renovação das pessoas – pela oração, pela confissão, pelas celebrações, pela convivência, no encontro com Deus pela intercessão de Maria. [O Santuário] Renova as pessoas e, consequentemente, renova as famílias e, ao mesmo tempo, renova a cidade. Todo Santuário é uma bênção e também este aqui, que celebra 20 anos de existência, é um lugar de peregrinação não só para a cidade do Rio de Janeiro, mas para a região toda. Peço que Deus continue atuando, através do Santuário, na vida de tantas famílias.
Nosso fundador pensou o Santuário como um lugar de peregrinações, mas, também, que nós o levemos ao mundo, para que as pessoas possam encontrar Cristo e Maria em nós. Que conselhos o senhor nos dá para sermos estes “Santuários Vivos”?
São aspectos que se complementam. Ao mesmo tempo em que você se desloca para vir ao Santuário, também a Mãe e Rainha, em suas imagens, vai à frente na evangelização. Mas, ainda mais, tanto aqueles que vêm ao Santuário, como aqueles que recebem a Mãe nas suas casas, se renovam e passam a ser os que levam o testemunho de Jesus Cristo pela vida, pela conversão, pela mudança de vida. É uma maneira, também, de ser missionário, de levar o Santuário através da própria vida, de levar a experiência de Deus em Cristo Jesus.
Uma característica original do Santuário é ter Maria como Mãe e Educadora, que – nas palavras do Pe. Kentenich – forma “santos para os nossos altares”. Em sua visão, como deve ser o amor e a devoção à Mãe de Deus? Pensando na Exortação do Papa ‘Gaudete et exsultate’, qual o papel de Maria na formação de novos santos?
Maria é o sinal da Igreja, símbolo desse ‘sim’ ao plano de Deus, assim como ela seguiu Jesus até o fim, assim como ela também esteve no início da Igreja com os apóstolos, assim também a Igreja é chamada, pela ação do Espírito Santo, a dizer ‘sim’, a aprender com Maria a seguir Jesus, tanto nas alegrias do nascimento, como nas dores do Calvário. Estar aberto ao Espírito Santo, seja para dizer ‘sim’ a Deus e gerar o filho de Deus, seja ao dizer que ‘sim’ no início da Igreja, quando o Espírito Santo vem em Pentecostes. Então Maria vai nos educando, através do seu exemplo e da sua intercessão, para sermos Igreja hoje.
Foto: Karen Bueno