Sob o lema “Lafs anuncia os passos de Maria”, integrantes da Liga Apostólica Feminina saem em missão
Renata Orsato – O início do mês de novembro, com os Dias de Todos os Santos e Finados, foi marcado por uma experiência diferente para 31 mulheres vindas de 12 cidades do Paraná, São Paulo, Santa Catarina e até Paraguai. A 1ª Jornada Missionária da Liga Apostólica Feminina de Schoenstatt (Lafs) foi promovida de 1 a 4 de novembro na Comunidade Imaculada Conceição, pertencente à Paróquia Divino Espírito Santo, em Guarapuava/PR.
Hospedadas na Escola Municipal Gabriel Hugo Rios, sob o lema “LAFS anuncia os passos de Maria”, elas montaram grupos de quatro mulheres e foram visitar as casas das redondezas. Seu intuito, indo ao encontro dos moradores, era falar sobre Deus, escutar suas histórias, orar pelas suas intenções, disseminar a mensagem do amor de Cristo e relembrar a dignidade da mulher nos dias atuais a exemplo de Maria, Mãe e educadora de Cristo.
Ação, oração, missão
As missionárias também participaram de missas e adorações, conduzidas pelos Padres Vinicios Augusto dos Santos Araújo e Itamar Turco, além de momentos de reflexão e integração com a comunidade. Na tarde de sábado, dia 10, organizaram o “Lafs em Ação”, com atividades direcionadas às mulheres e crianças moradoras da região: orientações com profissionais de saúde da Faculdade Guairacá, palestra sobre o valor da mulher proferida pela psicóloga Ana Paula Moss Campos, da Liga de Famílias, brincadeiras e lanche.
A espiritualidade foi essencial para fortalecer mentes, corações e espíritos durante os dias de missão, tendo trabalhado seis elementos: pés (disponibilidade), pedras (dificuldades), terra (fortaleza), água e sementes (o ser feminino), luz (irradiação de alegria) e flores (florescência da aspiração).
(Foto: Cristiane Dominico Lacerda)
Confira algumas impressões sobre a Jornada Missionária:
A assessora regional da Lafs, Ir. M. Jacinta Donati, não escondeu sua emoção ao final da jornada. “Nós percebemos que realmente foi uma ação de Deus. Mas essa ação se complementou quando nós pudemos viver essa comunhão com a Paróquia. A Família de Schoenstatt de Guarapuava que não mediu esforços, especialmente a Juventude Feminina, que estava na linha de frente. Este projeto pode abrir muitos caminhos para o futuro. Cada uma foi uma ‘pedrinha’ insubstituível nessa missão”, contou ela.
Para a Ir. M. Doralice de Souza, assessora da Lafs em Guarapuava/PR e Curitiba/PR, a data escolhida teve um sentido especial: “Achei muito significativo realizarmos a jornada durante o Dia de Finados, pois encontramos as pessoas muito sensibilizadas e levamos uma palavra de consolo a elas. Foi uma vivência muito bonita. Senti o quanto as pessoas precisam ser ouvidas e o quanto conseguimos compartilhar o que aprendemos em nossa formação. Como Jesus disse: a quem muito foi dado muito será pedido”.
“A gente terminou essa experiência com um sentimento de gratidão muito grande a Deus e à Mãe de Deus. Foi muito bom, para mim, estar aqui nesses dias, ainda mais neste mês, pois dia 25 de novembro completo 35 anos de idade e me senti enriquecido espiritualmente”, foram as palavras do Pe. Vinicios Augusto dos Santos Araújo, pároco da Paróquia Divino Espírito Santo.
Entre as participantes, a missão certamente é uma experiência que marca a vida. Mariane Fiorini conta: “Costumo sair e ir a festas, como todo jovem. Mas, nesse último feriado prolongado, resolvi participar da Jornada Missionária e senti que ganhei muito. Só eu sei o quanto eu precisava dessa experiência e o quanto Deus agiu em minha vida. As partilhas vivenciadas em cada casa me fizeram parar e analisar o quanto muitas vezes eu erro em questionar Deus, pois muitos não têm a oportunidade de ter nem a metade do que tenho”.
Audrey Markutis se surpreendeu com as missões: “Estou atuante no Movimento de Schoenstatt há três anos e na Lafs há pouco menos de dois anos, mas, como no início de minha participação, tudo acontece meio que no ‘susto’. Os meus atos de dizer ‘sim’ nunca foram pensados, recebi todos os convites de coração aberto e só sigo cumprindo o que me foi providenciado. Para a 1ª Missão LAFS em Guarapuava/PR não foi diferente, só aceitei ao chamado e fui. Sinceramente, eu não fazia ideia de como era uma Missão, pensei em algo como encontros e retiros que participava quando atuava no movimento diocesano, mas era tudo mais intenso. O sentimento de família foi sentido o tempo inteiro. Sentia-me muito “em casa”. Agora a vivência de evangelizar foi, sem dúvida, a mais encantadora. Levar a palavra de Cristo, olhar nos olhos das pessoas com uma palavra de conforto é impagável. O foco da nossa missão eram mulheres, mas fomos recebidas carinhosamente por muitos homens também. Porém, elas foram as protagonistas para a minha história”.
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