Ordenação sacerdotal do Pe. Deilton Coelho de Souza
Ir. M. Nilza P. da Silva – A Basílica Menor Nossa Senhora da Boa Viagem, em São Bernardo do Campo/SP, poucos minutos antes das 10 horas, no dia 24 de novembro, rapidamente ganha muita iluminação: são schoenstattianos com corações gratos e olhos que irradiam alegria, que vão preenchendo os bancos da igreja, para participar do grande mistério: pelas mãos de Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo dessa Diocese de Santo André/SP, o diácono Deilton Coelho de Souza será ordenado sacerdote, aumentando assim a família dos Padres de Schoenstatt.
O Pe. Severino Araújo apresenta uma breve biografia desse seu coirmão, nascido nesta cidade, que pertenceu à Juventude Masculina de Schoenstatt, onde deixou-se cativar como Filho da Rainha. Deilton concluiu seus tempos de formação na Comunidade dos Padres de Schoenstatt e, neste dia, responde a Jesus: “Senhor, tu sabes que eu te amo!” São 2 diáconos e 26 sacerdotes que acompanham Dom Pedro na presidência dessa Santa Missa. Pe. José Fernando Bonini, superior da comunidade dos Padres de Schoenstatt no Brasil, antes de tudo, agradece ao bispo e pede a ordenação de Deilton. Os familiares do diácono, seus pais, irmãos, parentes e amigos, emocionados, suplicam a Deus por ele.
É um mistério sublime que o olhar de ternura do Senhor paira sobre um jovem, escolhe-o entre tantos e chama-o para servir a humanidade como seu sacerdote. Como descreve Paulo, na leitura, realmente “Somos filhos de Deus, os herdeiros de Cristo” (Rom 8, 14-17) e cantamos com o salmista: “O Senhor é meu pastor. Ele me faz ser feliz e transborda em minha taça o seu amor”.
O amor! Eis o mistério do chamado.
Como narra o Evangelho de João (21, 1-19), Jesus não pergunta aos que escolhe pela sua inteligência, pela sua capacidade empreendedora, seu domínio da tecnologia ou acervo cultural. Mas, como a Pedro, também hoje, o que determina é o amor: “Simão, filho de João: Tu me amas mais do que estes?… Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo.” Então, o coração do mestre coloca a missão sobre os ombros do eleito: “Apascenta as minhas ovelhas”. Pois, como reza a liturgia da ordenação, o sacerdote é “instrumento do amor de Deus entre os homens.”
Após ouvir o pedido do Pe. José Fernando, para que confira a ordenação presbiteral ao diácono Deilton, pois a comunidade o examinou e o achou digno dela, Dom Pedro, em sua homilia, saúda a todos os presentes e deseja a Deilton: “Que esta ordenação se grave em seu coração para toda a sua vida.” Pede que ele esteja sempre unido estreitamente a Cristo, pois “Ele é a luz que ilumina tudo o que fazemos. Como vimos no Evangelho, era noite e os discípulos não viam nada e nem pegavam nenhum peixe. Mas, com a claridade da manhã, como o Sol, veio Jesus e com ele a pesca se tornou abundante. Na vida sacerdotal tudo depende de estar na luz de Jesus e seguir a sua palavra. É a Palavra de Jesus que traz êxito a um carisma (êxito que significa a salvação das pessoas). Não é o ativismo que fecunda o apostolado, mas, a oração – ouvir a Jesus – e o amor a Ele.
O estudo é necessário, para o sacerdote, mas, não é determinante. O essencial é encontrar Jesus e amá-lo. Que nada se interponha ao nosso amor a Cristo e possamos dizer com São Paulo: ‘É Cristo quem vive em mim!’ É com base no amor de Pedro ao Mestre, não de seus estudos, que Jesus lhe entrega o rebanho. (…) Deilton, hoje, a sua decisão pelo amor é coroada pelo presbitério. Diante de todos, você vai falar de seu amor a Cristo e ouvir dele: ‘Apascenta o meu rebanho!’ Hoje, é difícil amar. Mas, o Espírito Santo pode criar de novo todas as coisas, assim como fez no coração de Maria. Em Pentecostes havia uma pessoa que amava Jesus, mais do que todos: Maria, a discípula missionária. Ela nos espreita na fidelidade a Jesus. Como em Pentecostes, ela está entre nós e nos acompanha na missão. Que ela o acompanhe, para que você seja um sacerdote humilde, honesto e santo!”
Todos suplicam ao céu por ele
Em seguida, as Irmãs de Maria de Schoenstatt, com todos os presentes, suplicaram a vinda do Espírito Santo sobre o ordenando, então o bispo o interroga, dizendo, entre outras perguntas: “Queres unir-te cada vez mais a Cristo, Sumo Sacerdote, que se entregou ao Pai por nós, e ser por ele consagrado a Deus para a salvação da humanidade?” Ouvindo a resposta confiante: “Sim, quero com a graça de Deus!” Em um gesto repleto de significado, o bispo pede ao diácono Deilton que se prostre ao solo, suplicando, com todos os presentes, à Igreja do céu que interceda pela sua missão sacerdotal.
Ao se levantar apoiado em toda Igreja triunfante, Deilton recebe a oração suplicante de cada sacerdote presente, que após o bispo, impõem as mãos sobre sua cabeça, “assim como faziam os apóstolos sobre os escolhidos para dirigir a Igreja.”
Tu és sacerdote!
O céu desce a terra e, já com as suas vestes sacerdotais, recebe de Dom Pedro a unção de suas mãos, com o óleo do crisma, e a partir de agora ele se torna, para sempre, Padre Deilton. O mais novo Padre de Schoenstatt recebe o cálice e recebe o abraço de cada um de seus coirmãos.
A partir de agora, Pe. Deilton está ao lado do bispo, no altar, e concelebra a Santa Eucaristia. Os cantos da celebração são entoados pelo grupo musical composto por seus afilhados e amigos. Jesus se torna pão e vinho, dá-se como alimento a todos e sua presença é causa da atmosfera sagrada que se mistura a emoção de todos.
No agradecimento final, após o término da celebração, Pe. Deilton tem que fazer pausas para dominar as lágrimas, pois seu coração transborda de amor e de alegria: “Senhor, tu sabes que eu te amo! Com estas palavras elevo a minha gratidão a Deus, a Jesus, a quem chamo de amigo… O mistério do amor de Deus na minha vida foi manifestado por tantas pessoas e lugares, que é impossível nomear a todos.” Na ladainha de sua gratidão estão seus familiares, catequistas, párocos, assessores, superiores, amigos, conhecidos, benfeitores, irmãos de comunidade e uma quase infinidade de rostos e corações cheios de amor. Agradece também a comunidade da Paróquia Santana, em Londrina/PR, e ao pároco Padre Manuel Joaquim Rodrigues dos Santos, que o acolhe para suas primeiras experiências como padre.
“Eu sou Sião. Sião é minha vida!”
Assim ele começa seu agradecimento ao Pe. José Fernando, seu superior: “Pelo seu sim, hoje sou Sião.” e finaliza agradecendo aos seus irmãos de curso e à Mãe de Deus: “A ti eu me consagro por inteiro, afasta de mim tudo o que me afasta de ti e que eu me consagre inteiramente.” Toda a Família de Schoenstatt se une ao neo sacerdote, renovando a Aliança de Amor e a celebração finaliza.
Sião está em festa: Padre Deilton é sacerdote para sempre!
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