Parte 2 – Padre Kentenich nos ensina a viver o Advento
Ir. M. Inácia Bett – Deus se fez homem, nascendo como criança. E nós devemos tornar-nos divinizados pelo caminho do renascimento espiritual e não somente nas quatro semanas do Advento, mas até o fim de nossa vida. Jesus coloca diante de nós, como objetivo de vida: “Se não vos transformardes e não vos tornardes como as criancinhas…” (Mt 18,3). Que, então, exige Ele de nós? Um novo nascimento!
Se, no Advento, Jesus exige que nos tornemos crianças no sentido do mistério do Natal, significa que perante Deus sejamos verdadeiras crianças, semelhantes a Jesus no presépio. O ser criança ou o ser filial perante Deus possui diversos graus. No primeiro grau, a filialidade procura-se muito a si mesmo; quer experimentar abrigo, ser feliz. Vista no segundo grau, filialidade é dedicação desinteressada de si mesmo, como Jesus nos ensinou e previveu. Sua vida foi caracterizada pela atitude filial: “O que agrada ao Pai, e não o que agrada a mim. …” A vontade do Pai é para o Filho a medida de todas as coisas (cf Jo 8, 29). A atitude de filialidade significa austeridade vigorosa. Nossa tarefa consiste em aspirar as qualidades nobres da criança, do filho.
A criança é uma revelação original de Deus. Ela é:
— reflexo original de Deus. É como um espelho que reflete a imagem do Pai, é presença de Deus no ambiente em que vive e
atua. Jesus diz: “Quem me vê, vê o Pai” (Jo14,30) e “Eu e o Pai somos um”(Jo10,30)
— indicação original a Deus . -Nosso ser e nossa vida deveriam ser sempre um indicador para Deus. Jesus diz: “Eu sou o
caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6)
— glorificação de Deus. “Glorifico-te Pai, senhor do céu e da terra…” (Mt11,25 ss.)
Para refletir:
Como, em meio as tribulações do dia a dia, posso ser um reflexo de Deus, uma indicação a Deus e como posso glorificar a Deus?
- Ir. M. Inácia Bett é responsável pelo Secretariado pela Beatificação do Fundador e de Ir. M. Emilie, em Atibaia/SP