Pe. Luiz Antonio é 2° Ten. do Exército Brasileiro Capelão do Colégio Militar de Brasília
e do Santuário Tabor da Esperança – Brasília/DF
A importância de acolher, orientar e ouvir os romeiros e peregrinos
Juliana Dorigo – “O Capelão do Santuário acolhe os romeiros e peregrinos levando socorro através da confissão e orientação. A tarefa consiste também em dar uma assistência diária com a eucaristia para a comunidade das Irmãs de Maria, fortalecendo-as para a missão. Ter abertura e entender de humanidade para acolher a todos”, explica o Pe. Silvano Machado da Silva, Capelão do Santuário de Garanhuns/PE.
No Brasil, vários centros do Movimento Apostólico de Schoenstatt contam com o apoio de sacerdotes que atuam como capelães. Padres diocesanos, padre ligados a alguma comunidade religiosa ou mesmo militares contribuem tanto na parte pastoral, como espiritual. Para o Pe. Silvano, a tarefa de um capelão é orientar as pessoas que passam pelo Santuário para que tenham um maior engajamento na sua paróquia e no amor à Igreja. “Lidar com a maioria das pessoas é um papel importante, porque não ficam presas a uma paróquia, mas a toda a Igreja. É preciso contar com os leigos, por isso investir na sua formação, para que conheçam a espiritualidade do Movimento, a Igreja e tenham um relacionamento afetivo e religioso equilibrado. Tendo muito amor à missão, sejam verdadeiros Mariologistas: sejam como nossa Mãe e Rainha: disponíveis, discretos, amorosos e acolhedores. Que se sintam membros do Santuário, não apenas participantes”.
De coração a coração
O Pe. Luís Antônio de Sales, 2° Ten do Exército Brasileiro e capelão do Colégio Militar de Brasília e do Santuário Tabor da Esperança, destaca que grande parte dos fiéis está vivendo um momento de fé ao visitar um Santuário. Assim, é preciso ajudá-los a expressarem a sua gratidão por uma graça alcançada, ajudar também aqueles que buscam encontrar essa graça, acolhendo a todos nos sacramentos da confissão e nas pregações durante as celebrações. Tudo isso conduz a uma racionalização maior da fé, sem perder a essência da sadia piedade popular.
“Eu não devo procurar Deus somente pelo momento que eu estou vivendo, mas devo procurá-lo porque Ele é Deus e eu sou criatura e, em todos os momentos e circunstâncias da vida, eu estive, estou e estarei dependente Dele. E aqui entra a intercessão da Virgem Maria. Comumente, nas famílias tem-se mais facilidade de lidar com a mãe do que com o Pai. E assim acontece no catolicismo: muitos fiéis têm mais afinidade com a Mãe, a Virgem Maria, do que com o Pai, Deus. Maria, a nossa boa Mãe, é sempre medianeira: ela jamais deixa que paremos nela. Ela sempre faz com que cheguemos até o seu Amado Filho e quando ela nos apresenta esse rosto misericordioso de Deus, através de Jesus Cristo, ela sempre nos repete a célebre frase das Bodas de Caná: Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5).
Sempre bom humor
Outra característica fundamental de um capelão é ouvir as pessoas que desejam ser ouvidas, seja durante a confissão, na Orientação Espiritual ou durante uma conversa simples. O Pe. Marcelo de Souza, capelão do Santuário Tabor Magnificat, de Curitiba/PR, orienta que “as pessoas querem ser ouvidas e ouvir palavras que encham seus corações: de paz e esperança, de conforto e alegria”.
Ele também diz que “lidar com grandes massas sempre exige dinamismo em todas as atividades que precisam ser oferecidas, também bom humor, pois nem sempre tudo sai como queríamos”.
Mesmo com os desafios próprios de cada lugar, vale a pena “embarcar” na experiência de servir nos centros de peregrinação, como salienta o Pe. Luis Antonio: “Em um Santuário tem sempre o novo: um novo peregrino, um novo penitente, uma nova realidade pastoral, “um novo pagão”, pessoas de diversas religiões que vão até o Santuário por causa da sua beleza estrutural ou por curiosidade pelos comentários já ouvidos… É preciso estar sempre se adaptando! É lógico que sendo sempre fiel ao Evangelho e a Doutrina da Igreja Católica”.
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