“Naquele instante, ele pertencia a todas as pessoas que estavam lá e a Deus”
Juliana Dorigo / Karen Bueno – “Doa a tua vida, como Maria aos pés da cruz, e serás servo de cada homem, servo por amor, sacerdote da humanidade”. Doar a vida, como fez a Mãe de Deus, é um mistério que se dá em cada ordenação sacerdotal. E assim aconteceu na vida do novo Padre de Schoenstatt do Brasil, Pe. Vitor Hugo Possetti, ordenado no dia 9 de fevereiro. A alegria em acompanhar esse momento é vivida por familiares, amigos, colegas e muitos irmãos na Aliança de Amor, de várias cidades e estados, também de outros países. “A igreja estava lotada – as pessoas comentavam que nunca viram a Catedral tão cheia – foi realmente uma experiência muito forte para mim”, comenta o Pe. Argemiro Ferracioli sobre a ordenação.
A cerimônia é tecida com emoção e alegria para cerca de 1.500 pessoas presentes na Catedral de Londrina/PR, também para aqueles que acompanhavam à distância, por meio das redes sociais.
Chamado desde a eternidade
Para a família, essa ordenação é o ápice de uma caminhada que vem desde o berço. Débora Possetti, mãe do neossacerdote, recorda a vinculação íntima com o Santuário já bem cedo: “Eu tinha uma ligação forte com o Santuário. Quando o Vitor nasceu, estávamos saindo do hospital e nós o levamos até lá. Ele teve uma caminhada que foi se construindo e chegou ao que é hoje. Nós sempre rezamos pelas vocações e hoje fomos agraciados, estamos nos sentindo honrados. A Mãe de Deus e seu Filho foram generosos conosco ao nos darem um filho para servir a Deus”.
Acompanhar a ordenação e a primeira missa traz emoção e gratidão, diz o Sr. Antônio Flavio Possetti, pai do Vitor Hugo: “É algo muito forte, uma mistura de sentimentos, de emoção com gratidão, porque a gente se emociona com as coisas bonitas, as coisas boas de Deus. Para mim, como pai, para a Débora como mãe, o sentimento é de gratidão. É um presente muito grande, o mais valioso que Deus poderia nos dar. Fomos agraciados com o Vitor Hugo. Sua vocação, no meu entendimento, é uma dádiva de Deus”.
Os amigos de infância
Aqueles que conviveram com o Pe. Vitor por muitos anos descrevem a ordenação como um momento de entrega e um presente de Deus. Lucas Romagnolli diz: “Foi uma ordenação muito bonita e pudemos ver Deus muito presente naquele momento, foi uma celebração especial. Estou muito feliz e emocionado pelo Vitor, principalmente porque eu o conheço praticamente há uma vida inteira. Deus esteve presente nas palavras do bispo e nas palavras de agradecimento do Vitor”. Jéssica Pereira acrescenta: “O Vitor deixou de ser só ele e a família dele e, naquele instante, ele pertencia a todas as pessoas que estavam lá e a Deus”.
Novo sacerdote de Schoenstatt
Suely Luzia Bayerlein, de Caieiras/SP, descreve a ordenação como um momento emocionante e de muitas bênçãos. “Estou muito feliz por estar aqui na ordenação do Pe. Vitor. Eu o conheço do tempo em que ele trabalhou no Jaraguá (São Paulo/SP) e estivemos juntos em Schoenstatt, tenho muita admiração por ele. Sobre a ordenação, só posso dizer que foi uma benção, trouxe muitas graças. Foi muito emocionante tudo o que aconteceu”.
Pe. Argemiro Ferracioli, do Instituto dos Padres de Schoenstatt, destaca que o Pe. Vitor é um escolhido de Deus para Schoenstatt. “Acompanhar a ordenação foi uma experiência de Pentecostes, de realmente poder ver o Espírito Santo e a Mãe e Rainha atuando na vida do Vitor Possetti. É muito bonito ver essa transformação, ver aquele menino que cresceu junto comigo… Ele conquistou o seu sacerdócio, ele teve que lutar bastante, mas a Mãe é Vencedora e vamos ter um grande Padre de Schoenstatt na nossa Família, um Padre muito simples e muito humilde e isso é uma grande alegria”.
O superior dos Padres de Schoenstatt no Brasil, Pe. José Fernando Bonini, afirma que a vocação pede uma resposta de amor ao chamado: “A vocação é uma graça. Como a gente costuma dizer, é um chamado de amor, que quer encontrar uma resposta. A ordenação é o momento em que se sela isso, com o sacramento da Ordem… No mistério do nosso Santuário, em nossa espiritualidade do ‘nada sem vós nada sem nós’, Deus chama e o Vitor responde; ele deu uma resposta de amor. Então o sacerdócio é um mistério, é uma resposta de amor para servir”.
E a resposta se dá nas palavras finais do neossacerdote após a ordenação: “Querida Mãe, a Senhora me conquistou para Cristo. Obrigado por nossa Aliança. Muitas vezes foi o teu olhar que manteve minha esperança e outras vezes a Senhora me mostrou teu filho e me conduziu até ele. Senhor o que temos que não nos foi dado? Tudo isso eu te devolvo, por sua graça, e, se quiser, usa-me!”
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