Pastoral dos enfermos junto das famílias
Juliana Dorigo- Mesmo nos momentos mais difíceis, Deus nunca abandona seus filhos. Mesmo quando é difícil sentir a sua presença, pela dificuldade do momento, rezar é sempre o melhor conforto. Como reza Pe. José Kentenich: “Nunca me deixas sozinho, sempre estarás em mim com teu auxílio; irás comigo para o sofrimento e a luta, embora o caminho seja longo e duro… Se permaneço unido a ti, atuas em mim a cada instante e, cheio de gozo, da eternidade o Pai me contempla.” [1].
É para ajudar os enfermos e familiares a vivenciar essa presença divina, que a Pastoral dos Enfermos está presente na Santa Casa de Londrina/PR, como apoio e conforto espiritual. “É muito importante estar junto da família, nesses momentos. O contato diretamente com o doente e atendimento espiritual, pastoral, leva conforto para o doente que vem debilitado. Conforto também, para os familiares, quando perdem seus entes queridos, muitas vezes, sem que eles contassem com isso”. diz Ir. M. Palmira Hirota, responsável pela pastoral.
A Irmã explica a missão de Schoenstatt dentro dos hospitais. “A nossa missão é fazer com que se desperte nos enfermos e familiares a consciência do amor que Deus tem para com eles. Que eles sintam, realmente, que Deus não desampara. Ele nos ajuda a todo o momento – também nos mais difíceis – a vencer as dificuldades na vida”.
“Muitas vezes, os familiares questionam sobre a fé. Eles têm fé. Mas, por exemplo, quando se perde um pai, um filho ou um marido, é um choque muito grande. Às vezes, a gente também não tem palavras, para explicar. Mas, pode estar junto e rezar para que se tenha mais de calma, para poder refletir sobre o que está acontecendo”, disse ela.
Quem vive da fé situa-se numa ordem de valores diferente de quem não a tem. Torna-se uma nova pessoa, pois, como diz no Evangelho: Ter fé é “nascer de novo” (cf. Jo 3,7) [2]. “Deus realmente não desampara. Na hora da dor, ele está sempre presente, oferece o consolo e faz com que as famílias sigam em frente”, finaliza Ir.M. Palmira.
Viver um-no-outro
Sobre estar presente na vida do outro e viver como família, Pe. Kentenich diz: “O viver um-no-outro é uma parcela do céu. Perguntemo-nos então: tivemos um lar entre nós e em nós? O Hino da Minha Terra nos aponta o ideal: Onde corações nobres pulsam intima’ mente e se suportam com alegria sacrifical’”.[3]
Schoenstatt faz ser missionário onde Deus chamar, caminhando rumo a nova terra mariana “Nós somos convocados, nós filhos do Tabor, somos convocados por Deus para experimentar essas glórias do Tabor em nossa própria vida e para anunciá-las a todo mundo.” [4]
Pe. Kentenich acreditava que cada indivíduo faz a diferença pois, seria capaz de levar cada ideal em qualquer lugar: “Podemos viver esses ideais em toda a parte. Por isso também diremos com razão: estamos permanentemente no lar! Estamos permanentemente no lar do coração da querida Mãe de Deus, no coração de Jesus, no coração da Santíssima Trindade”.[5]
Viver com o outro e estar de coração aberto para acolher aqueles que precisam e se encontram em dificuldade, a terra tão terna e acolhedora que o Amor Eterno criou para si…Onde os corações nobres pulsam unidos e se aceitam mutuamente [6]
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[1] Livro de orações Rumo ao Céu, 154,158
[2] CIFUENTES, Dom Rafael Llano em “Não Temais… Não Vos Preocupeis… Deus É Vosso Pai!”
[3] ao [6] Hino da minha Terra –Pe. Kentenich
Foto: www.s-ms.org