Uma nova terra mariana inclui a área hospitalar
“Santa Casa, uma casa santa e numa casa santa deveria se viver santamente. Santo é quem vive santamente”. Palavras do Pe. José Kentenich, 12 de abril de 1947, na visita à Santa Casa de Londrina, Paraná, Brasil.
Ir. M. Marcia Carmo da Silva – “Apesar das dificuldades eu não troco a Santa Casa por outro lugar. Aqui tem uma atmosfera que não se encontra em outro hospital”, assim falam alguns funcionários da Santa Casa de Londrina/PR, segundo Ir. M. Gláucia Couto, responsável pela Pastoral dos Funcionários.
Ela explica que essa atmosfera de Santuário no hospital é fruto da presença da Mãe Três Vezes Admirável, que está em todos os quartos e salas do prédio, e da espiritualidade de Schoenstatt, dos momentos de oração e reflexão, que a Pastoral dos Funcionários promove semanalmente com todos os profissionais que ali trabalham: “Toda semana visito os setores e rezo com eles. Faço isso nos três turnos: manhã, tarde e noite. Pode parecer pouco, mas a semente está sendo regada e, nesse ano de trabalho, já percebo muitos frutos”, diz a Ir. M. Gláucia.
Os profissionais que não frequentam a Igreja e os que professam outra religião também participam das atividades da pastoral, por isso, conta a Irmã: “Temos que apresentar Schoenstatt de uma forma compreensível para todos, pois a espiritualidade de Schoenstatt não é uma resposta só para aqueles que estão dentro da Igreja. Todos precisam conhecer esta riqueza”.
A Aliança de Amor transforma e cria vínculos
No final do ano de 2018, cerca de 50 profissionais, que trabalham na Santa Casa, selaram a Aliança de Amor com a Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Esse ato criou vínculos entre os profissionais de diversos setores, que antes apenas se encontravam pelos corredores, mas não se conheciam. O estudo de preparação para a Aliança, que acontece durante os turnos de plantão, proporciona uma cultura do encontro.
“Com a Aliança de Amor, tenho mais força para buscar a santidade. Falo com minhas colegas de trabalho sobre o Capital de Graças e tudo o que faço durante o dia ofereço para que se transforme em graças para as pessoas mais necessitadas”, revela Helena Maria de Jesus Tomazi, copeira na Santa Casa.
Atualmente o hospital conta com 192 leitos disponíveis. No ano de 2018 houve 6.540 internações (o equivalente a 545 internações por mês, 18 internações por dia). No Pronto Socorro, no Centro de Emergência e Trauma e Ambulatório do SUS foram atendidos, em 2018, 56.074 pacientes (em média 4.672 pacientes por mês, 156 pacientes por dia). Nesse cenário, Schoenstatt ajuda os profissionais da saúde a realizarem suas tarefas com um olhar sobrenatural, como conta a enfermeira Dafne Danielle dos Santos: “A Aliança me ajuda a amar o meu próximo, ouvir com respeito e dar uma palavra de conforto. Com a Aliança de Amor, aprendi a ver Cristo no próximo”.
A “Aliança de Amor é a resposta para as 12 horas de trabalho e sacrifício”, diz Ir. M. Gláucia. “Os funcionários são o rosto da Mãe de Deus para os pacientes. Eles podem ajudá-los a dizer sim aos planos da Divina Providência e ao tratamento de saúde”.
“A Aliança de Amor me dá força, ajuda a seguir o exemplo de Maria e ter muita paciência no meu trabalho. Eu tento ajudar os pacientes a encontrarem o sentido na dor e na enfermidade, falando sobre Deus, sobre Jesus, sobre Maria”, fala Alessandra Aparecida Cláudio Matsumura, técnica de enfermagem.
Construir a nova terra mariana
Ao entrar no hospital, pacientes e funcionários são acolhidos pela Mãe Três Vezes Admirável, que há 50 anos tem seu trono na recepção da Santa Casa. Esta presença, unida à pedagogia de Schoenstatt, oferece aos colaboradores as ferramentas necessárias para transformar a realidade de sofrimento e levar o amor de Maria aos enfermos e colegas de trabalho.
“Ajudo os pacientes conversando e ouvindo. Procuro confortá-los mostrando o amor de Deus e de Maria”, conta a copeira Helena. A construção da nova terra mariana acontece com palavras de consolo e gestos de atenção que tornam o trabalho mais humano e enriquecem as contribuições ao Capital de Graças.