A comunidade dos Padres de Schoenstatt acolhe mais uma vocação brasileira
Karen Bueno – Faltam poucos dias para a ordenação diaconal do seminarista Gustavo Hanna Crespo, do Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt. Em 4 de maio de 2019, ele e mais sete jovens serão ordenados diáconos no Santuário de Bellavista, em Santiago/Chile.
“Jesus lhes disse: Venham e comam” (Jo 21, 12) é o lema escolhido para a ordenação de
Cristián Rodríguez Robles Terán, da Argentina
Cristían Sánchez Matte, do Chile
Domingo Errázuriz Goldenberg, do Chile
Francisco Bosch, da Argentina
Francisco Jenses Escudero, do Chile
Gonzalo Villaseca Vial, do Chile
Gustavo Hanna Crespo, do Brasil
Juan Pablo Cruz Vial, da Argentina
A cerimônia será presidida por Dom Pedro Ossandón Buljevic, bispo auxiliar da Arquidiocese de Santiago, às 16 horas (no horário de Brasília/DF será às 17 horas). Com transmissão pelo Facebook na página do Colégio Maior – clique.
Gustavo Crespo é natural de Lupionópolis/PR e descobriu o Movimento Apostólico de Schoenstatt por meio das Missões da Juventude. Ele nos conta mais detalhes:
O que te chamou a atenção em Schoenstatt e te levou a entregar a vida pela Igreja, por Cristo, por meio dessa Obra?
Conheci Schoenstatt com as missões universitárias realizadas em Lupionópolis, nos anos de 2004, 2005. O que mais me chamou a atenção, desde um primeiro momento, foi a alegria que Cristo e a Mãe de Deus traziam para aqueles jovens. Com isso, fui descobrindo que a minha verdadeira alegria é Cristo, que a minha felicidade pertence à Mãe de Deus. Não consigo pensar em Schoenstatt sem a perspectiva de missão, de estar em contato com o mundo e do anseio de transformá-lo na casa da Mãe de Deus, em um Santuário.
Quando começou sua caminhada vocacional na comunidade dos Padres de Schoenstatt e como ela se deu? Anteriormente você estudava, trabalhava… tinha alguma atividade?
Antes de tomar a decisão de dizer um ‘sim’ a Deus para o caminho sacerdotal, fazia parte da Juventude Masculina de Schoenstatt (Jumas) de Londrina/PR, entre os anos de 2007 e 2009, quando estudava Artes Cênicas na UEL (Universidade Estadual de Londrina). Entrei na comunidade dos Padres de Schoenstatt no ano de 2010. A primeira etapa de formação se realiza no Paraguai. Éramos em 28, dentre os quais, quatro brasileiros. No ano de 2011 realizei um estágio social em Campo Limpo (São Paulo/SP), com o projeto Arrastão. Durante seis meses dei aulas de teatro para adolescentes e pintava casas com os moradores desse bairro.
No ano de 2012, comecei meus estudos de Filosofia e Teologia em Santiago, no Chile. Trabalhei os três primeiros anos com o Jumas do Santuário de Buin. No ano de 2015 realizei meu estágio pastoral no Brasil, com o Jumas do regional Sudeste. Em 2016, tive meu tempo de formação interna na comunidade dos Padres de Schoenstatt, na Alemanha e na Argentina.
No segundo semestre do ano de 2016, realizei um tempo de estágio pastoral junto ao Santuário Nacional de Aparecida, para aprender a trabalhar com a pastoral de santuário.
No ano de 2017 regressei ao Chile para terminar os estudos de Teologia. Nesse período trabalhei por seis meses no Santuário Nacional de Maipú, dedicado a Nossa Senhora do Carmo, e junto com dois seminaristas estivemos em uma comunidade de inserção social em Puente Alto, trabalhando com os grupos de jovens em uma paróquia e ajudando com a Campanha da Mãe Peregrina.
Sua vocação é fruto das Missões de Schoenstatt. Em sua visão, qual o valor da juventude, das famílias, dos schoenstattianos em geral partirem em missão com a Mãe Peregrina?
Sempre acreditei e sigo acreditando que toda vocação é um mistério e um presente de Deus. Nesse mistério, a única forma de revelá-lo é caminhando com Deus. Deus utiliza de instrumentos para chamar e escolher aqueles que caminham com Ele. Sem dúvida, a missão foi um desses grandes instrumentos que a Mãe de Deus colocou em meu caminho. O valor das missões, tanto na juventude como na família, se dá mais que por uma atividade que se realiza, pelo testemunho que se anuncia. O maior valor de uma missão é presenciar a atuação de Deus na vida das pessoas, tanto das que são missionárias como das que são missionadas.
O que diria a um jovem que está em processo de discernimento vocacional?
Como disse anteriormente, cada vocação é um mistério de Deus e cada processo tem os seus tempos e perguntas diferentes. Um primeiro passo é não ter medo de enfrentar a pergunta e, com muita sinceridade e tranquilidade, respondê-la. O que temos de ter sempre em mente é que em um processo de discernimento vocacional, buscamos ler, “olfatear” a vontade de Deus no nosso caminho de amizade com Ele.
Qual seu desejo a partir dessa ordenação diaconal?
O desejo para essa ordenação é pertencer e ser cada vez mais de Jesus e da Mãe de Deus. E que este seja um tempo de serviço aos demais.