Tarde com Maria no Santuário de Schoenstatt
Ir. M. Márcia Silva – “A beleza e o desafio de ser esposa” é o tema da Tarde com Maria, promovida pela Liga das Mães de Schoenstatt, nesta terça-feira, 14 de maio, no Santuário de Schoenstatt em Londrina/PR. O encontro conta com a participação de mais de 60 mães, das cidades de Arapongas/PR, Guarapuava/PR, Cornélio Procópio/PR e Londrina.
A tarde com Maria tem início com uma palestra do Pe. Antônio Fiori, sacerdote palotino, que fala sobre o matrimônio: “Precisamos da graça para sustentar o ‘sim’ matrimonial. O amor matrimonial remete à realidade do amor de Deus, dessa forma, o simples gesto de levar as crianças à escola, cuidar das tarefas da casa… tudo remete à relação de amor da Santíssima Trindade. A família torna visível, no mundo, o intercâmbio de amor entre o céu e a terra”.
Logo após, tem início a sala de conversa, em que três mães compartilham a beleza e as dificuldades de ser esposa. Elas contam relatos do dia a dia que revelam a importância da harmonia entre ser mãe e esposa.
“A mulher tem a missão de edificar a casa. Só quando entendi isso é que comecei a ver a beleza de ser esposa. A alegria começou a reinar em minha casa quando decidi fazer meu marido feliz. Aprendi que devo ser mais compressiva e que homens e mulheres são diferentes”, diz Andréa Aparecida Mazetto Damião, com nove anos de matrimônio.
Karen Fedrigo Pelison, 17 anos de matrimônio, conta que marido e mulher possuem bagagens, com herança familiar diferente. Para juntar as malas numa única bagagem os dois precisam saber que nenhum é dono da verdade: “Vejo o quanto cresci nesses 17 anos. A vida fica mais leve quando conseguimos dialogar, quando aprendemos a ouvir sem fazer julgamentos. É preciso lembrar que, antes de ser mãe, sou esposa, por isso preciso ter tempo para estar com meu marido”, diz Karen.
Márcia Mendes, 47 anos de casada, conta que os primeiros anos do casamento foram muito felizes, porém as dificuldades apareceram quando o esposo foi diagnosticado com câncer. “É uma doença muito difícil, mas isso nunca me tirou a alegria. Eu rezei durante um mês para contar aos meus filhos quando o médico informou que meu esposo só tinha mais três meses de vida, disse a eles que devíamos viver um dia de cada vez e não ficar tristes. Contudo já se passaram vários anos e vivi muitos milagres. Meu esposo está bem debilitado, mas está vivo até hoje”, diz Márcia.
Ir. M. Nelly Mendes, assessora da Liga das Mães, tem uma palavra do Pe. José Kentenich para cada testemunho apresentado. É como se ele estivesse participando da conversa, pois os textos escolhidos complementam o que as mães apresentam.
“A princípio se acentua mais a própria felicidade, a própria satisfação. Mais adiante, quando o matrimônio amadurece, tornando-se mais sólido, coloca-se mais e mais em primeiro plano a felicidade do outro. Repensem agora aquilo que acabamos de dizer: precisamos dar chance ao amor para crescer; quer dizer, cada um lute pelo amor, procure o amor. Tenho de ter o cuidado que o marido, ao voltar para casa, encontre abrigo na minha pessoa, encontre um lar. Podem entender quanto desprendimento tal procedimento não exige de todos nós?”, diz o Pe. José Kentenich.
No final do encontro, todas as mães recebem um espelho com uma imagem da Mãe e Rainha de Schoenstatt. Assim, elas refletem sobre a importância de ser reflexo de Maria para o esposo e os filhos.