Sim! Durante os meses de junho a agosto de 2019, o jovem brasileiro Pedro Paulo Weizenmann, da Juventude Masculina de Schoenstatt, faz um estágio temporário na missão da Santa Sé na Organização Mundial das Nações Unidas (ONU). O trabalho deste órgão é representar o Papa, a Santa Sé e a Igreja em geral na Organização, em busca de promover os ideais e valores cristãos. Pedro Paulo, que é aluno da Universidade de Harvard, levou consigo uma imagem da Mãe Peregrina para acompanhá-lo nos trabalhos. Sobre isso, ele nos conta:
O caminho até a ONU
Nos Estados Unidos, é comum, durante as férias de verão – que são no meio do ano, normalmente entre junho e agosto – os estudantes fazerem algum tipo de estágio, de trabalho voluntário, um estudo no exterior, algo nesse sentido. Estou aproveitando esses três meses, entre o meu segundo e terceiro ano na Universidade de Harvard, para fazer um estágio com a missão da Santa Sé na ONU.
Foi algo muito providencial a forma com que fiquei sabendo dessa oportunidade. Tenho um tio que mora em Nova York e, um dia, quando o visitava, a gente estava caminhando pela cidade e meu tio comentou comigo: “Olha Pedro, aqui é a missão da Santa Sé na ONU”. Passando em frente, logo naquele momento, eu pensei comigo mesmo: “Puxa, esse seria um lugar legal para trabalhar durante o verão. Será que eles têm alguma vaga para estudantes?” Então eu entrei no site e descobri que eles ofereciam oportunidade de estágio durante o verão. Assim, no meu segundo ano na Universidade, eu me candidatei para essa vaga. O processo envolveu enviar um currículo, uma carta de recomendação escrita por um sacerdote – pedi ao Pe. Alexandre Awi que escrevesse – depois a entrevista e escrever uma redação. No final das contas, deu tudo certo. Recebi a resposta de que tinha sido aprovado para o estágio no dia da vigília da Jornada Mundial da Juventude, no Panamá. Foi algo muito especial estar no meio da JMJ com Schoenstatt e ter essa resposta lá.
Com a Mãe Peregrina
A imagem da Mãe Peregrina que está comigo foi presente de uma Irmã de Maria do Santuário de Nova York. Ela me deu logo antes de eu ir para Harvard, em 2017, quando estava me mudando do Brasil para os Estados Unidos.
Logo nas minhas primeiras semanas de estágio, quando percebi que participaria de uma reunião na Assembleia Geral da ONU, resolvi levar a imagem, para que a Mãe estivesse presente e abençoasse os trabalhos. Era uma conferência sobre os direitos das pessoas com debilidades.
A minha intenção era justamente que a Mãe olhasse os nossos trabalhos e atividades e, do Santuário, derramasse suas graças. Que ela nos abençoasse, para que os ideais em que acreditamos se tornem práticos e concretos nas decisões tomadas pelos países aqui na ONU, também os ideais que nós temos em Schoenstatt, que possam permear a atuação da Igreja diante da comunidade internacional.
Mãe Peregrina entre os estagiários da Santa Sé
No que se refere aos trabalhos, na missão da Santa Sé, nós temos um grupo de oito estagiários. Nós, basicamente, vamos às reuniões da ONU, fazemos as anotações e escrevemos os relatórios para uso da própria missão, também para uso da Secretaria de Estado do Vaticano. É um trabalho muito legal acompanhar o dia a dia da ONU, estar representando a Igreja e os nossos ideais – e achei especial levar a Mãe para fazer parte desse serviço.
Depois me surgiu a ideia de também compartilhar a imagem com os outros estagiários. Então eu expliquei um pouco, para eles, sobre Schoenstatt e a Mãe Peregrina e a gente resolveu circular a imagem entre nós mesmos durante esse verão. Ela fica uma semana com cada um, que pode rezar com ela, receber as suas graças e também levá-la para as suas atividades.
O ambiente de trabalho
O ambiente de trabalho aqui na missão da Santa Sé é espetacular. A gente começa com a oração da Liturgia das Horas todos os dias pela manhã, também temos um almoço do qual participamos todos juntos: os padres, os diplomatas, as irmãs, os outros estagiários; o arcebispo – que é o núncio da Santa Sé para a ONU – quando está presente também participa. É um estilo bem familiar, que lembra até um pouco as missões que a gente faz em Schoenstatt. As reuniões da ONU são durante a manhã e à tarde. A gente participa delas, faz as anotações, depois escreve os relatórios, é mais ou menos assim que funciona o dia a dia.