Londrina diz: Mãe de Deus, aqui estou!
Edson e Rosangela Pieralisi – “Era uma vez um lugarzinho no meio do nada, com sabor de chocolate e cheiro de terra molhada…” [1] Assim era Londrina/PR quando as Irmãs de Maria de Schoenstatt ali chegaram, em 1936; quando o Pai e Fundador, Pe. José Kentenich, ali esteve e abençoou a pedra fundamental do Santuário, em 1948; quando esse lugar de graças foi inaugurado, em 1950…
Neste dia da Aliança de Amor, quando a Família de Schoenstatt se prepara para o jubileu dos 70 anos do “Santuário Tabor da Esmagadora da Serpente”, o bosque municipal, ao lado do Santuário, traz o perfume da memória e recorda, renova e faz reassumir uma “vida de Aliança” que “forja história” e se faz “missão”.
Assim, em cada dia 18, cada um é convidado a vivenciar um lugar ou um acontecimento especial em torno do Santuário. E neste dia 18 de julho de 2019, a Família de Schoenstatt teve uma surpresa…
Logo na entrada do portão do Santuário uma placa indicava a direção ao “Monumento dos Heróis”. No chão, pegadas não deixavam dúvidas sobre qual era o caminho. Os voluntários, que acolhiam os peregrinos e carimbavam o “passaporte”, entregavam um folder com a explicação deste lugar e esclarecendo quem são as pessoas que tem seus nomes ali gravados. Todos eram convidados a tirar uma foto especial com o “quadro de heróis” e a frase #MaedeDeusAquiEstou. E, importante, uma pergunta-desafio esperava resposta: “Quem será o próximo Herói de Schoenstatt?”
A Santa Missa, com aproximadamente 250 pessoas presentes e acompanhada pelos ouvintes da Rádio Alvorada, foi presidida pelo Pe. Ivan Simicic. Em sua homilia falou sobre o Deus da Aliança que caminha conosco em todas as circunstâncias – Ele, que é o Deus de Abraão, de Isaac, de Jacó… é também o Deus de José Engling, de Regininha, de Fritz Kühr, do Pe. José Kentenich. Pe. Ivan convidou a agradecer a Deus pelo exemplo dos Heróis de Schoenstatt. E, após partilhar a carta do Dr. Fritz Kühr ao Pe. José Kentenich (na qual Dr. Kühr conta sobre sua grave doença, de sua consagração à Mãe Três Vezes Admirável e de seu desejo de ajudar o Movimento em Londrina), Pe. Ivan alerta que o Dr. Kühr continua intercedendo pelo Movimento, que ele quer ajudar, mas, para isso, é preciso aceitar sua ajuda. Além disso, em seu túmulo, junto ao Monumento dos Heróis, “podemos pedir sua intercessão para nossas famílias, nossos filhos”, diz o Pe. Ivan, que conclui respondendo à “pergunta-desafio”: “todos somos chamados a ser Heróis de Schoenstatt!”.
Após a Santa Missa houve a peregrinação até o Santuário, onde a Família renovou a Aliança de Amor, queimo suas simbólicas contribuições ao Capital de Graças na Pira e fez o envio da Mãe Peregrina Auxiliar para uma nova paróquia.
Uma noite com uma atmosfera cálida e familiar, que lembrava o “Hino da Minha Terra”. E ali, debaixo do manto da MTA, as pessoas ainda ficaram mais um tempo rezando, conversando, tirando fotos com o “quadro de heróis”, carimbando seu “passaporte”, sendo Família…
“Uma história de amor, de aventura e de heroísmo [2], só tem a ver quem já foi criança um dia…”
Nesta terra onde a “filialidade” é um tesouro, no final da noite as crianças ensinaram que herói de Schoenstatt é todo aquele que chega no Santuário e diz com “todo o coração, com toda a alma, com todo o entendimento e com toda a força” [3]: “Mãe de Deus, aqui estou!”
[1] Canção “Era uma vez”, composição de Álvaro Socci e Cláudio Matta
[2] Na canção original (acima citada) a palavra é “magia”, aqui substituída por “heroísmo”
[3] Mc 12, 28-31; Mt 22, 37