Um som que ecoa há 70 anos na Jufem
Barbara Freitas – Nasci para algo maior, esse foi o lema que conduziu a espiritualidade de 200 jovens durante a JRJ, Jornada Regional da Juventude Feminina de Schoenstatt dos regionais Sudeste e Paraná. O encontro aconteceu no fim de semana dos dias 7 e 8 de setembro de 2019, à sombra do Santuário Tabor da Permanente Presença do Pai, em Atibaia/SP.
Em 8 de dezembro de 1949, o Pe. José Kentenich, em Santa Maria/RS, se direciona à Juventude Feminina e realiza a seguinte reflexão: “Nasci para algo maior! Compreendem o que isso significa? Qual é o ideal mais elevado para o qual eu nasci?”. Após 70 anos essa reflexão, diante de um mundo tão agitado e com tantas oportunidades, quer relembrar a cada jovem a beleza da elevada aspiração pela santidade na vida diária
Uma cruzada nos dias atuais
A Sra. Ana Christina Melquiades, do Instituto Nossa Senhora de Schoenstatt, conduziu o tema de abertura do encontro: “Filhas heroicas à luz do 31 de maio”. Essa importante data faz compreender a beleza do salto mortal dado pelo Pai e Fundador (saiba mais). Ao redigir a epístola perlonga, o Fundador expunha que o bacilo do mecanismo se infiltrava nas igrejas e separava o homem dela, uma vez que os germes do bacilo constroem um muro que impede a visibilidade do amor da Mãe e de seu Filho Jesus. A primeira condição para ser santo é se sentir amado e, assim, recorrer à Mãe e ao seu filho Jesus para pedir forças para ir contra a corrente do mecanismo.
“O 31 de maio é uma missão, uma decisão e uma cruzada. Uma cruzada para lutar contra a corrente e vencer o negativo do mundo (…) A filialidade era algo que faltava para enfrentar a cruzada, por isso Pe. Kentenich convida a Mãe do Céu para esta missão, como Rainha da Fililialidade heroica”, diz a Sra. Ana Christina.
O antídoto para o bacilo
O Fundador redige que o antídoto para o bacilo mecanicista é o amar, pensar e viver orgânico. Dessa forma, conscientes do desafio de ser uma filha heroica do Pai, ao longo da tarde de sábado cada jovem pode participar de três oficinas, dentre nove oficinas disponíveis, para se aprofundarem em temas que fizessem aspirar aos mais altos ideais na vida diária. Dentre os temas das oficinas encontravam-se: Fé e Razão, Amor orgânico, generosidade heroica, entre outras.
Na noite de sábado houve uma noite de jogos e, em seguida, uma vivência pelo qual todas as meninas puderam segurar o Cetro da Filialidade Heroica e renovar o ato de coroação do dia 20 de agosto de 1949. Ao longo da noite, as jovens se revezaram e realizaram uma vigília no Santuário.
Novos corações e um até logo
Na manhã de domingo, um momento muito especial ocorreu: a Aliança de Amor de 11 jovens do Rio de Janeiro/RJ e a Carta Branca de uma jovem de Cornélio Procópio/PR. Pe. Francisco José Lemes Gonçalves, que tem acompanhado os últimos regionais da Jufem, retrata a emoção de acompanhar pela primeira vez a Aliança de Amor do ramo e disse às meninas: “A lágrima em seus olhos reflete que você selaram essa Aliança de Amor com a alma”.
Para encerrar a jornada, o programa “Mais Mulher” apresentou as novidades do ramo e principalmente algumas diretrizes para o Encontro Nacional da Jufem Brasil em 2020. Dessa forma, a JRJ não se encerrou, pois cada jovem retorna a sua casa com o coração flamejante para o próximo encontro, onde terão mais uma vez a certeza que nasceram para algo maior.