Peregrinos de várias partes do Brasil vão ao Santuário Tabor para a celebração
Ir. M. Rosequiel Favero – A abertura do Ano João Pozzobon na Arquidiocese de Santa Maria/RS se deu com a 67ª Romaria da Primavera ao Santuário Tabor. Ao mesmo tempo, a Família de Schoenstatt local celebrou nesse dia, a nível popular, os 70 anos da coroação da imagem da MTA no Santuário, como Rainha da Filialidade Heroica.
Com peregrinos de diversas cidades brasileiras, as procissões partiram da igreja matriz Nossa Senhora das Dores, da Casa Museu João Luiz Pozzobon, como também de outros locais, como a Capelinha Branca e a ermida do ‘Pé do Plátano’. Com bandeiras azuis e brancas e coroas simbolizando a preparação espiritual deste dia, as procissões se encontraram diante do Santuário.
As muletas e um acidente sofrido recentemente não impediram a Sra. Graça da Silva Batista, de Maringá/PR, de participar da peregrinação. Pela primeira vez ela esteve em Santa Maria/RS e comenta: “Agradeço a Deus a oportunidade de visitar a casa do Servo de Deus João Luiz Pozzobon. Foi um aprendizado precioso ouvir e ver a humildade e a simplicidade desse grande ser humano. A Romaria da Primavera, mesmo com a chuva, foi magnífica. Foi emocionante participar da abertura do Ano João Pozzobon, fiquei muito feliz e chorei de alegria. A mensagem que eu levo dessa peregrinação é o ardor e o amor pela nossa Mãe, a Rainha das famílias”.
Um dia de graças
Por causa do clima instável, após a entrega das flores para a Mãe e Rainha, diante do Santuário, a procissão seguiu até o auditório do Centro Mariano, onde foi celebrada a Santa Missa, presidida pelo Pe. Ruben Dotto, pároco do Santuário Basílica Nossa Senhor Medianeira.
Muitos anjinhos precederam a entrada das Imagens Peregrinas Auxiliares, que foram levadas ao altar no início da Santa Missa.
Na sua homilia, Pe. Ruben anunciou que em 19 de agosto foi aberto na Arquidiocese de Santa Maria o processo de estudo sobre um possível milagre atribuído a João Pozzobon. Em relação ao textos bíblicos do dia, Pe. Ruben disse que Jesus aponta três condições para a santidade, que tanto João Pozzobon como o Pe. José Kentenich seguiram ao pé da letra: desapego dos vínculos afetivos, disponibilidade para abraçar a cruz e renúncia dos bens materiais.
Flores e sementes
Como acontece todos os anos, foi acrescentada uma nova pedrinha nas coroas das Imagens Peregrinas Auxiliares da Arquidiocese de Santa Maria e foi renovada a coroação das mesmas. Logo após, na procissão das oferendas, foram levadas ao altar as coroas que simbolizavam a preparação espiritual das paróquias da Arquidiocese para este dia.
Simbolizando a nova vida que a primavera vem trazer e, seguindo um costume deixado pelo Servo de Deus e iniciador da Campanha da Mãe Peregrina, João Luiz Pozzobon, foram abençoadas e distribuídas ao povo centenas de sementes.
Edson e Edineia Soares, de Ibiporã/PR, contam: “Nós tínhamos algum conhecimento sobre a história de João Luiz Pozzobon e presenciar todos os lugares por onde ele viveu foi muito gratificante. Sentimos de perto a grandeza espiritual com que ele envolveu sua vida. Participar da Romaria da Primavera e da abertura do Ano João Pozzobon foi especial e inesquecível, nos fez refletir muito sobre a dedicação e força de vontade do Sr. João, é admirável. Isso nos faz refletir sobre nossas atitudes, sobre a participação na vida religiosa e na nossa fé”.
Logo depois do almoço, o auditório do Centro Mariano voltou a encher-se até ficar completamente lotado para a apresentação musical sobre o Pe. José Kentenich e a coroação da Rainha da Filialidade Heroica, que neste ano completa 70 anos.
A oração de coroação feita, espontaneamente, pelo Pe. José Kentenich em 1949, ecoou em centenas de vozes que participaram da adoração e bênção do Santíssimo Sacramento.
Apesar da instabilidade do clima, foi possível realizar toda a celebração da tarde junto ao Santuário, que esperou ‘respeitosamente’ que a oração fosse encerrada.
Foi uma experiência única para aqueles que somente ouviam sobre as histórias de João Luiz Pozzobon, como contam Carlos Cezar e Silvia Nanci, de Presidente Prudente/SP: “Nós saímos dos livros. A gente só lia a respeito daquilo que nós vimos em Santa Maria. Pudemos tocar e sentir a presença do Sr. João naqueles lugares. Compreendemos, então, porque ele fala: ‘entendi a missão e por ela a minha entrega foi total’”.
Fotos dos peregrinos do Paraná
Fotos: Ir. M. Nilza Silva / Família de Schoenstatt de Santa Maria