O Guia para o Mês Missionário Extraordinário – outubro de 2019 – foi publicado pela Congregação para a Evangelização dos Povos e das Pontifícias Obras Missionárias (POM). Ele traz, entre outras coisas, uma reflexão sobre a missão dos Movimentos Eclesiais na Igreja.
Sendo parte de um Movimento Apostólico, vejamos um resumo do conteúdo, dividido em dez pontos:
1) Os movimentos, na Igreja, são chamados a refletir o Mistério daquele amor do qual a Igreja nasceu e pelo qual é continuamente gerada.
2) Todo o movimento e todos os movimentos da Igreja e na Igreja refletem e manifestam a lógica trinitária mediante dons espirituais carismáticos.
3) O dinamismo de crescimento da Igreja e, por analogia, dos movimentos eclesiais, deve ser portador de uma mensagem de salvação e de um encontro até aos confins do mundo, evitando toda a autorreferencialidade e exclusivismo.
4) A fidelidade ao carisma fundacional, continuamente confirmada, aumentará a potência missionária inerente aos movimentos, tornando-os mais adequados para servir a Igreja, tendo em vista a salvação do mundo.
5) Estes dois elementos – missão da Igreja e carisma fundacional – representam o convite constante a viver da universalidade da Igreja, a cujo serviço os movimentos eclesiais são colocados.
6) “Catolicidade”, neste contexto, significa capacidade de viver o carisma sem partidarismos, mas mantendo-o em relação com todas as implicações do Mistério de Cristo que a Igreja oferece. Todavia, “catolicidade” também indica a energia com que se deve testemunhar, pela mudança da própria vida, a centralidade de Cristo para qualquer homem.
7) Evangelizar de modo missionário, hoje, não significa apenas partir para continentes longínquos, mas penetrar nos ambientes da vida quotidiana, que, com as transformações da sociedade, assumem características e propõem desafios sempre novos.
8) O único e verdadeiro protagonista da missão é Cristo, que quer encontrar a pessoa na sua história e educá-la na fé da comunidade cristã.
9) Os movimentos eclesiais correspondem à superabundante riqueza criativa de Deus no encontro com cada um segundo a variada diferença das situações humanas, das culturas, linguagens e sensibilidades.
10) A frenética agitação da vida contemporânea, a velocidade digital das ligações, a par das migrações e das deslocações de povos em massa, requer que a Igreja esteja presente em toda parte, se mantenha flexível e sempre a caminho. A flexibilidade apostólica e as novas formas de vida comunitária geradas pelos carismas dos movimentos eclesiais parecem corresponder a essas novas características das culturas pós-modernas e digitais, em cujo centro se encontra a forte preocupação pelas emoções e sentimentos dos sujeitos humanos. A liberdade do Espírito na criatividade dos movimentos eclesiais, das associações laicais e das novas comunidades de vida cristã responde aos novos desafios de anúncio e de testemunho cristão.
Leia o texto na íntegra, a partir da página 381 do Guia para o Mês Missionário Extraordinário: clique