Neste dia 18 de outubro de 2019, dia da Aliança de Amor, publicamos a mensagem do diretor nacional do Movimento Apostólico de Schoenstatt no Brasil, Pe. Ivan Simicic.
Apoiar a missão da Igreja com a maior perfeição possível e em todo sentido
Nos encontramos na celebração de mais um aniversário da fundação do Movimento Apostólico de Schoenstatt. Pelo acontecimento da Aliança de Amor selada no Santuário pelo Pe. José Kentenich e os primeiros congregados com a Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt em 18/10/1914 começou uma nova iniciativa divina no seio da Igreja.
Este mês, assinalado pelo Sínodo para a Pan-Amazônia, possui além disto um acento especial proposto pelo Papa Francisco à Igreja Universal. A partir do primeiro deste mês de outubro de 2019 estamos celebrando o Mês Missionário Extraordinário. O Papa quer recordar o centenário da Carta Apostólica Maximum Illud (30/11/1919), com a qual o Papa Bento XV quis dar um novo impulso à responsabilidade missionária de anunciar o Evangelho a todas as gentes. Para o Papa Francisco não se trata só de lembrar e celebrar o centenário dessa Carta Apostólica, senão de aproveitar esta ocasião para que todos os cristãos nos renovemos na consciência e no compromisso missionário. Isto tem o seu fundamento último na nossa condição de batizados. E o Concílio Vaticano II claramente declarava que o anuncio do Evangelho representa uma “obrigação” para nós os cristãos, já que a Igreja “é por natureza, missionária”. Somos interpelados a tomar consciência que como batizados, temos a missão de sermos anunciadores do Reino de Deus a todos os povos e pessoas.
Esta perspectiva e condição missionária do cristão são parte essencial do Movimento de Schoenstatt desde a sua origem. Desde o início da sua atividade pastoral e pedagógica o Pe. Kentenich dedicou as suas forças com a finalidade de formar pessoas e comunidades caracterizadas por um claro e profundo acento apostólico. Uma prova deste fim fundamental do Movimento de Schoenstatt o representa o Congresso de Hoerde, que acabamos de celebrar o seu centenário, ocorrido em agosto passado. Este Congresso marcou a abertura do Movimento para fora dos muros do seminário, onde tinha tido lugar a fundação de Schoenstatt. A partir do Congresso de Hoerde o Movimento começa a se espalhar dentro de Alemanha primeiramente. A orientação central de Hoerde se pode resumir dizendo que o Movimento de Schoenstatt visa a educação de apóstolos leigos, formados segundo o espírito da Igreja para ajudar a renovar todas as organizações eclesiais existentes. Por isso os membros da União Apostólica, que surgiu do Congresso de Hoerde, assumem, além dos compromissos formativos e comunitários, um claro compromisso de exercer atividades práticas em todos os campos apostólicos possíveis.
Proponho que iluminemos este chamado do Papa Francisco, de sermos como batizados enviados para realizar a missão da Igreja de Cristo no mundo, com as palavras que pronunciou o Pe. Kentenich em Schoenstatt pouco depois de ter chegado de Roma e que queriam orientar à Família de Schoenstatt na nova etapa que se iniciava ao ter findado o seu exílio em Milwaukee. “Nestes dias lhes informava sobre a promessa feita ao Santo Padre (Paulo VI) com ocasião da inesperada audiência: que nós, toda a Família, a Família que tinha sido descida da cruz, queríamos nos esforçar por todos os meios, para ajudar ao Papa a realizar a missão pós-conciliar da Igreja. Assim pois a frase dilexit ecclesiam ganha um sentido claro e profundo: Schoenstatt dilexit ecclesiam, Schoenstatt amou a Igreja. O amor à Igreja nos impulsiona a apoiar a missão pós-conciliar da Igreja. Queremos fazê-lo com a maior perfeição possível e em todo sentido”.
Pe. Ivan Simicic
Diretor Nacional do Movimento de Schoenstatt – Brasil