A Igreja Católica celebra pela terceira vez o Dia Mundial dos Pobres
Mariane Teles – Instituído pelo Papa Francisco em 2017, como fruto do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, o Dia Mundial dos Pobres passa a ser celebrado no domingo anterior a festa de Cristo Rei. Neste ano, somos convidados a refletir sobre nossa responsabilidade diante da pobreza em que se encontram homens, mulheres, jovens e crianças mundo afora.
Em sua mensagem para esta data, o Santo Padre ressalta uma importante promessa de Deus: “A esperança dos pobres jamais se frustrará” (Sal 9, 19). E é a partir dessas palavras, que encontramos a tarefa de oferecer essa esperança a todos que necessitam. Mas de qual maneira? Através da credibilidade do nosso anúncio e do testemunho de cristãos.
“Não é fácil ser testemunha da esperança cristã no contexto cultural do consumismo e do descarte, sempre propenso a aumentar um bem-estar superficial e efêmero. Requer-se uma mudança de mentalidade para redescobrir o essencial, para encarnar e tornar incisivo o anúncio do Reino de Deus.” (Mensagem do Papa Francisco para o III Dia Mundial dos Pobres)
Nosso amparo aos pobres deve ser um compromisso duradouro e diário, não aquele movido de um entusiasmo de poucos dias. É desse modo que conseguiremos semear os sinais palpáveis da esperança.
EXEMPLO CONCRETO
Foi colocando em prática esses ensinamentos que surgiu, em forma de solidariedade, uma cooperativa de materiais recicláveis, em Londrina/PR. Inaugurada em julho deste ano, a Cooperativa Esperança Mãe Rainha consegue, atualmente, assistir oito famílias e busca ampliar esse número.
A ideia da fundação do local veio de uma iniciativa da Conferência de São Vicente de Paula, da Catedral Sagrado Coração de Jesus. Mas, antes de se tornar realidade, os coordenadores passaram por algumas dificuldades para achar um local adequado para estabelecer uma cooperativa. Eles encontraram a resposta no Santuário Tabor da Esmagadora da Serpente, após Tereza Yoko, vice-coordenadora da cooperativa e participante da Comunidade Eucarística de Schoenstatt, terminar sua oração e encontrar um amigo que também frequenta o santuário. Ao contar sobre o projeto, este amigo ofereceu-lhe um barracão, de sua propriedade, para locação. A mudança aconteceu rapidamente, mas ainda faltava o alvará, para regularizar as atividades do local.
No dia 27 de setembro, dia de São Vicente de Paulo, o alvará chega trazendo uma imensa alegria. A inauguração contou com a celebração da Santa Missa pelo Padre Vitor Hugo Possetti e a presença da imagem da Mãe de Deus.
Na rotina da cooperativa, o serviço começa com os materiais recicláveis sendo recolhidos por um caminhão, que passa pelos bairros da cidade, ou são trazidos por outros, em seguida, eles precisam ser separados de acordo com a matéria-prima que são produzidos e, após a separação, são prensados e transformados em fardos para serem vendidos.
Segundo Tereza, a Mãe e Rainha sempre teve uma importante atuação naquele local, tanto que foi o nome dado à cooperativa. Todos os dias antes de começarem o trabalho, os cooperados rezam diante do quadro da Mãe, oferecendo suas dificuldades diárias. E é dessa maneira que eles encontram a esperança em Deus, através da fé que os impulsionam a batalhar na simplicidade da vida.
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