Um convite a embarcar no “trem da Providência”
Ir. M. Driene V. da Silva / Ir. M. Raquel Mainardi – Em 15 de novembro, como está se tornando tradição em Santa Maria/RS, realizou-se mais uma caminhada pela beatificação da Venerável Serva de Deus Ir. M. Emilie Engel. O lema que norteou a VIII caminhada foi: “Com Ir. M. Emilie, queremos trilhar o caminho da Santidade”.
A caminhada teve início às 6 horas, no Santuário Tabor, e contou com dezenas de pessoas. Todas se dispuseram a peregrinar, a pé, o percurso de 11 km do Santuário Tabor, em Santa Maria/RS, ao Santuário Puer et Pater, no vizinho município de Itaara/RS.
Na oração inicial, diante do sacrário e do trono da Rainha da Filialidade Heroica, foi colocado o objetivo da peregrinação. Cada participante foi convidado a escrever, em um bilhete, a intenção para esta caminhada e colocá-la na “mala de Ir M. Emilie” – essas intenções foram depositadas sobre o altar na Santa Missa. As palavras de Ir. M. Emilie foram um estímulo para aqueles que se colocavam em peregrinação: “Queremos fazer essa peregrinação numa atitude adequada: por um lado, com uma confiança filial e singela, capaz de transportar montanhas; por outro, na firme fé de que o bom Deus preparou algo melhor, caso não realizar esse milagre agora. Certamente, o céu terá alegria com sua força sacrifical e seus esforços”. [1]
Caminho
O que caracterizou esta caminhada foram as suas nove paradas e meditações. A cada parada foi contemplado um elemento do caminho de santidade percorrido por Ir M. Emilie.
Na primeira parada, diante dos trilhos de trem, a reflexão evocava este símbolo, o trem, que tanto foi caro para Ir. M. Emilie: “Ao conhecer Schoenstatt, ela se deixou conduzir pela orientação do Pe. José Kentenich; caminhou segura, presa pela mão firme de guia da MTA que a levou à estação na qual embarcaria no trem da Divina Providência, para encontrar a Deus Pai”. Assim, Ir. M. Emilie ensina que, apesar das dificuldades, os trilhos do trem da Divina Providência sempre conduzem a vida à sua meta final, Deus Pai.
No final da meditação, um presente da Divina Providência: todos se surpreenderam ao ouvir o barulho de um trem que se aproximava. Ficaram admirados e puderam, então, contemplar visualmente o símbolo que Ir. M Emilie usava para expressar o trem da Divina Providência no qual ela havia “embarcado”.
Nas paradas seguintes, foram comtempladas as pedras que fazem tropeçar; as necessidades dos que estão à beira do caminho; o perigo dos atalhos; a subida a Deus; a santidade no fim do caminho; avançar ou retroceder; as encruzilhadas e a missão, ir ao Pai.
Encerramento
A caminhada durou aproximadamente 6 horas e teve seu fecho com uma Missa campal à sombra do Santuário Puer et Pater, presidida pelo Pe. Valmor Pastre, da Paróquia de São Pedro, Arroio Grande – Santa Maria. Em sua homilia fez uma exortação ao desprendimento dos bens terrenos. “Ela é uma criatura que viveu santamente, em fidelidade, o carisma de seu Fundador”, disse sobre Ir. M. Emilie.
Terminada a celebração, o grupo se despediu do Santuário e retornou a Santa Maria. Alguns voltaram a pé, de carro, ou de ônibus, muito contentes e gratos pela caminhada, pela qual puderem experimentar um encontro espiritual com Ir. M. Emilie.
Fotos: Carlos Iop
[1] Palavras ditas a um grupo de Irmãs que, em 1955, peregrinaram ao Santuário Original, em Schoenstatt/Alemanha, pedindo a cura de Ir. M. Emilie
Fonte: santuariotabor.org.br