Seria possível, hoje, pensar no Movimento Apostólico de Schoenstatt sem as mulheres?
Karen Bueno – Schoenstatt não seria Schoenstatt sem as Irmãs de Maria, sem as Senhoras, sem as Unionistas e Liguistas, sem as inúmeras peregrinas que visitam e colaboram com o Santuário. As mulheres têm um papel fundamental na Obra e isso não vem de hoje.
Em 2020 o Movimento internacional celebra 100 anos da presença feminina em Schoenstatt. Uma presença que foi crescendo e se consolidando ao longo dos anos. “Essa quase infinita fecundidade do ramo feminino de Schoenstatt deve-se, em primeiro lugar, àquelas que, pela sua modesta grandeza feminina, literalmente se consumiram” [1], diz o Pe. José Kentenich.
E, quem foram as que “primeiro se consumiram”?
As pioneiras
Como se conhece sobre a história, Schoenstatt surgiu entre um grupo de rapazes, estudantes do Seminário Pallottino, e o seu diretor espiritual, o Pe. José Kentenich. A Providência Divina preparou um começo singelo e discreto para Schoenstatt, de forma que os jovens não poderiam imaginar a amplitude que esta fundação alcançaria. Foi essa mesma Providência Divina que conduziu o ingresso das mulheres na Obra.
Com o início da I Guerra Mundial, os jovens seminaristas de Schoenstatt foram convocados e enviados para a batalha. A enfermeira Gertraud von Bullion, que atendia os feridos na guerra, conheceu ali esses jovens schoenstattianos e percebeu neles algo novo, algo diferente. Este contato fez com que ela se interessasse em descobrir o que era Schoenstatt.
Ao conhecer o Santuário e as bases da pedagogia do Pe. Kentenich, Gertraud foi insistente no pedido para ingressar no Movimento. “Assim, no início do ano de 1920, ela foi admitida na Liga Apostólica com o encargo de conquistar outras mulheres para a Liga. A primeira que a Mãe de Deus encaminhou para ela foi a sua prima, Maria Christmann, então assistente social em Gauting, perto de Munique. Isto aconteceu em junho de 1920” [2].
Mas Gertraud, com um elevado espírito de aspiração, tendia para o máximo, buscava um vínculo mais profundo com Schoenstatt. Assim, ela e Maria decidiram observar as exigências da União Apostólica e, em segredo, formar um grupo da União. O “grupo de duas” trabalhou até outubro de 1920, quando, desde Schoenstatt, foram encorajadas a pensar na formação de grupos de mulheres na União. Gertraud respondeu que elas já se consideravam como grupo, ao que lhes foi comunicado oficialmente que nada impediria a constituição oficial de um grupo de mulheres na União. No dia 8 de dezembro de 1920 a União Apostólica Feminina de Schoenstatt foi fundada.
Frutos
Passados 100 anos deste episódio, muitas mulheres seguem os passos das pioneiras na vivência da Aliança de Amor. Taciana Ferreira, da Liga Apostólica Feminina, de Olinda/PE, comenta: “Desde que conheci o Movimento e que venho estudando e entendendo o ideal, vou aprendendo a cada dia a me auto educar, a meditar sobre gratidão e perdão, para me renovar a cada dia fundamentada nas inúmeras provas de amor de Maria e trilhar um novo caminho para minha vida”.
Para a Sra. Ana Christina Melquiades, do Instituto Nossa Senhora de Schoenstatt, “com o ingresso das mulheres em Schoenstatt a imagem de Maria se tornou mais viva e concreta, trouxe acolhimento e um modelo de entrega generosa – característico do ser feminino –, garantiu a vida de oração e o vínculo ao Santuário, com a abertura do tabernáculo, trazendo, assim, fecundidade e expandido a Obra”.
Ao longo do ano haverá diversas comemorações pelo centenário da Coluna Feminina. Por este link você acompanha os preparativos e a novena jubilar da Lafs: clique
[1] LAUER, Nikolaus. Gertraud von Bullion, Serviam – Resposta de Amor. Editora Paulus, 2009.
[2] Idem
Quero deixar meu testemunho de vida após ter ingressado na Liga das mães em Curitiba. Minha vida física e espiritual mudou muito, meus sentimentos já são outros todos ligados a nossa querida e amada MÃE RAINHA. Posso confessar que já sou uma nova pessoa em constante construção e construção sólida e fecunda, onde a lapidação vem brotando do meu coração dia após dia, pois desejo ser um “BRILHANTE NAS MÃOS DO PAI”. Agradeço MUITO SCHOENSTATT POR ME ACOLHER, ESSA FAMÍLIA QUERIDA QUE ACOLHE, AMPARA E ENCAMINHA MOSTRANDO O CAMINHO OS FILHOS. VIVA SCHOENSTATT!!!