“Como videira frutífera em sua casa; seus filhos serão como brotos de oliveira ao redor da sua mesa” (Sl 128; 3)
Ir. M. Jacinta Donati / Karen Bueno – Ei, você que faz parte da Liga (Famílias, Mães, Juventude), sabia que este é um ano muito especial? Estamos celebrando, em 2020, o centenário de fundação da Liga Apostólica de Schoenstatt.
Com o ingresso das mulheres no Movimento deu-se a fundação da Liga. Após 100 anos, a Liga cresceu e se expandiu, como “videira fecunda”, e hoje conta com várias ramificações: Liga de Famílias, Liga de Mães, Liga Feminina, Liga dos Homens, Liga dos Enfermos, Liga da Juventude Feminina, Liga da Juventude Masculina, Liga dos Sacerdotes Diocesanos, Liga dos Diáconos Permanentes.
Como tudo começou
Quem conhece a história de Schoenstatt, um pouco mais a fundo, sabe que em 1919 foi fundada a União Apostólica, durante o Congresso de Hoerde. Este foi um momento muito importante na história de Schoenstatt. Mas, o Pai e Fundador, Pe. José Kentenich, desejava que o Movimento fosse mais amplo e se abrisse para círculos maiores. As mulheres captaram esse anseio do Fundador e concretizaram seu desejo.
Como tudo aconteceu? “No dia 20 de agosto de 1920, três mulheres reuniram-se em Schoenstatt, sob a orientação do Pe. Michael Kolb. Sendo elas: Gertraud von Bullion, sua prima Maria Christmann e Maria Weber”. Exatamente um ano depois do Congresso de Hoerde, surge a Liga Apostólica. “A Liga foi, de fato, oficialmente fundada em 20 de agosto de 1920” (Pe. Kentenich, 1951). Com sua fundação, fez-se a elaboração dos Estatutos da União e da Liga e ambos receberam o nome de “Movimento Apostólico de Schoenstatt”.
O que é a Liga Apostólica?
O Pe. José Kentenich define a Liga como “a comunidades daqueles que, na força da Aliança de Amor, com um mínimo de vínculos, querem estar livres para tarefas apostólicas”. E, segundo ele, o objetivo de vida é “formar o homem comunitário, mariano e apostólico” [1].
Os membros da Liga não precisam se reunir em grupos, como no caso das Uniões e dos Institutos – que formam os “Cursos”. Porque a Liga não é tão fortemente vinculada pela forma comunitária como os Institutos e as Uniões, o acento está na palavra “apostólico”. O Estatuto indica: “A finalidade da Liga Apostólica é a educação de apóstolos em todos os ambientes no espírito da Igreja”. Este é seu elemento fundamental e seu principal campo apostólico é de âmbito diocesano.
O Ramos se multiplicam
Após sua fundação, em 1920, pelo atuar da Divina Providência, a organização das comunidades se desenvolveu de forma gradativa:
Em agosto 1927, com a orientação das mulheres da Liga Feminina, que eram professoras, acontece o primeiro encontro para meninas (crianças). Assim, sob a orientação do Fundador, surgem as Apóstolas de Maria. Em agosto de 1931, dá-se a fundação da Liga da Juventude Feminina (Jufem) e em 1940 acontece a fundação da Liga de Mães. A partir desta época surgem os ideais próprios de cada Ramo.
A Liga de Famílias se desenvolve no ano de 1948, com a consagração dos primeiro casais no dia 15 de abril, em Schoenstatt.
Hoje, os ramos de Schoenstatt estão presentes nos cinco continentes. “Expressamos à nossa Mãe celestial a devida gratidão por seus desígnios e condução agraciados […] União e Liga (hoje também os Institutos) se complementam e se condicionam mutuamente, ambas constituem um todo orgânico e procuram, sob a denominação comum de ‘Movimento Apostólico para a difusão, defesa e aprofundamento da vida cristã’, dar sua contribuição para a renovação religiosa e moral do mundo” [2].
[1] Pe. José Kentenich. Jornada da Liga Feminina, presente em: Vademecum da Central Nacional de Assessores do Movimento no Brasil
[2] Aloys Zeppenfeld. Presente em: Revista MTA, 6. n. 11/12 de 15.12.1920