Em meio a chuva, o Santuário da Vila Mariana, Pérola Oculta de Schoenstatt, completa vigília para o Senhor
Luisa Monteiro – Se a fé move montanhas, ela com certeza faz o mesmo com as nuvens. Na última das 24 Horas para o Senhor, vigília feita no Santuário Tabor da Confiança Vitoriosa no Pai, em São Paulo/SP, as nuvens densas da capital se dissipavam para receber a Santa Missa. A obra foi executada em agradecimento pelos 50 anos do Santuário no local.
De hora em hora, grupos se alternaram para adorar o Santíssimo, exposto durante todo o tempo dentro do Santuário. Os adoradores se organizavam em grupos pertencentes à mesma ramificação, mas o local também recebeu fiéis que não faziam parte dos ramos e seguidores das redes sociais, onde o evento foi anunciado. Quando não estavam presentes, a missão dos schoenstattianos era permanecer em oração pelo Santuário e pela sua longevidade.
Amor que transborda do Santuário
Os limites físicos do Santuário não foram suficientes para conter os fiéis. Durante vários momentos da adoração,o Santuário atingiu sua capacidade máxima (40 pessoas), acumulando fiéis adoradores para além das portas. E, embora fosse de se esperar que isso atrapalhasse o momento de graças, a comunidade atuou ainda mais forte e unida: mesmo sem microfones, o silêncio colaborativo de todos permitia ouvir de fora a oração das Irmãs de Maria; e, quando a chuva ameaçou apertar, os adoradores compartilharam os guarda-chuvas e os poucos espaços que tinham no seco com aqueles que tinham ficado mais expostos às variações do clima.
Outro momento valioso durante a adoração foi a interação entre os participantes de diferentes Ramos durante o mesmo horário de adoração. “A Adoração ao Santíssimo Sacramento faz parte da história da Liga das Mães, que deu início a essa espiritualidade, em Vila Mariana. Quisemos adorar a Jesus, de quem queremos ser genitoras, portadoras e servidoras, meditando o lema do ano passado até este mês para o nosso ramo: A beleza e o desafio de ser esposa. Mesmo assim, outros devotos, também homens, estavam conosco. Então, foi maravilhoso compartilhar com todos o que é ser mãe schoenstattiana, na busca de ser pequena Maria no lar, na Igreja, na sociedade”, comenta Maria Rita Fanelli Vianna, participante da Liga das Mães de Schoenstatt e dirigente de um dos grupos dos Adoradores (que se colocam frente ao Corpo de Deus toda quinta, no Santuário).
No dia da luta pelos direitos das Mulheres, a homenagem das pequenas Marias
No domingo, 8 de março, Ir. Mariane Galina, assessora do Santuário, lembrou aos adoradores qual deveria ser o verdadeiro espelho das mulheres: “a Mãe foi escolhida para gerar o Filho de Deus, salvador dos homens. Precisamos nos inspirar na maior Mulher que existiu para sermos grandes, pois uma sociedade de grandes mulheres gera grandes homens”.
Nesse mesmo dia, a missa teve a participação das mulheres da Liga Feminina da Vila Mariana. A dirigente do Ramo no Santuário, Cássia Batista, apresentou brevemente a história do Movimento pelos olhos da Lafs Vila Mariana, lembrando o ideal das mulheres da Liga – tornar-se um Tabernáculo Vivo –, e o das mulheres schoenstattianas – ser uma pequena Maria no mundo. A Liga, como o Santuário, também iniciou suas atividades na Vila Mariana em 8 de julho de 1970 e completa o Jubileu de Ouro este ano.
O projeto Farol Luminoso
Uma das mais constantes no Santuário, a oração pelo Projeto Farol Luminoso encerrou a Santa Missa e as 24 horas para o Senhor no Tabor da Vila Mariana. O projeto trata da revitalização do Santuário de Schoenstatt da Vila Mariana, que hoje recebe a alcunha de Pérola Oculta pela sua localização discreta no meio da capital paulistana, para transformá-lo em um lugar de fácil acesso e referência para os habitantes de São Paulo – ou, no vocabulário schoenstattiano local, em um Farol Luminoso.
No fim do evento, gratidão pelo tempo da adoração e de expectativas para o projeto no Santuário – afinal, a confiança vitoriosa no Pai vai além do nome do Santuário.