De repente ficamos off-line. Mas, todos continuaram presentes!
Ir. M. Isabel Machado – Poder, uma vez, renovar a Aliança de Amor no Santuário Original e ainda ter o seu símbolo de Aliança abençoado é, com certeza, um “desejo sincero” de cada schoenstattiano!
Essa possibilidade se deu, justamente agora com a pandemia, quando o Santuário Original tornou-se, de modo mais profundo, o lar espiritual, onde se reúnem e se encontram milhares de filhos de Schoenstatt, do mundo inteiro, que participam online das celebrações nos diversos idiomas.
Para nós, de língua portuguesa, a Mãe de Deus havia providenciado que a segunda-feira, dia da semana em que normalmente rezamos o terço em português, no Santuário Original, fosse, justamente, o dia 18 de maio e o Santuário Original estivesse livre para fazermos a celebração de renovação da Aliança de Amor.
Um milagre de Caná
O tema? Bodas de Caná e Capital de Graças, a importância da nossa colaboração como instrumentos, “os sinais dos tempos” e os 70 anos da inauguração do Santuário de Londrina/PR.
O adorno no frontal do altar, com a frase “Nada sem vós – nada sem nós”, nos recordava que a Aliança é uma entrega mútua. Como nosso Fundador disse à Ir. M. Petra Schnuerer: “A Mãe de Deus sela a Aliança de Amor conosco. Ela toma a iniciativa e nós respondemos. Ela chama primeiro!”
Ao preparar a reflexão para esse momento, surge a pergunta: Seria necessário um momento em que, espiritualmente, cada um escrevesse sua contribuição ao Capital de Graças? E colocar, simbolicamente, um papel escrito numa talha, como expressão concreta do “Nada sem nós” – nossa “água na talha” – para o milagre de Caná? Isso parecia ser um pouco complicado, então, foi deixado de lado.
Texto pronto, cantos gravados, aplicativo de transmissão pelo Facebook esperando o momento do início…. Sobre o altar, está uma Imagem Peregrina rodeada por 6 talhas e algumas lamparinas, para recordar o momento do “Milagre de Caná”.
Nosso nome já estava no Documento de Fundação
Pontualmente, às 19 horas da Alemanha, e 14 horas do Brasil, inicia a celebração. Pode-se “sentir” que o Santuário Original está “repleto” de filhos de Schoenstatt, que se alegravam por poder renovar sua Aliança de Amor, nesse lugar abençoado. As palavras de nosso Pai e Fundador ajudam a entender a profundidade da Aliança, que podíamos renovar nesse mesmo lugar da sua origem. Ele diz: “Nós assinamos essa Aliança de Amor e (Maria) incluiu neste documento o nome de todos os que, algum dia, iriam se inserir nessa Aliança… Em 1914, os senhores também estiveram representados, no Santuário, por aqueles que selaram a Aliança de Amor” (Uruguai, 17.05.1948).
“Era como se Nossa Senhora, naquele 18 de outubro de 1914, tivesse diante de si uma grande lista, com o nome de todos aqueles que, no futuro, iriam se incluir nessa Aliança de Amor. E, por causa dessas pessoas, ela disse o seu SIM naquele dia” (Fonte desconhecida).
Nós interferimos nos acontecimentos do mundo
Com quanta convicção foi rezado, nesse 18 de maio: “Renovar a Aliança de Amor no Santuário Original é “voltar ao lugar do primeiro Amor”, ao lugar da primeira Aliança, ao lugar da escolha e da missão que recebemos! Não importa onde estamos ou vivemos: foi a partir deste lugar, do Santuário Original, que Nossa Senhora nos escolheu e nos chamou a selarmos com ela a Aliança!”
Novamente, nosso Pai e Fundador nos tocou com as palavras, tão acertadas, que disse no dia da bênção da pedra fundamental do Santuário de Londrina (25.04.1948): “Por que Deus nos escolheu para esta tarefa? …Deus escolheu os pequenos deste mundo para confundir os grandes. Outros podem travar grandes lutas, conquistar fama… No entanto, se nós virmos e entendermos bem a tarefa de hoje e a cumprirmos, teremos interferido muito mais no mecanismo do tempo. Portanto, vencendo uma tentação, dominando uma paixão e dando-a à Mãe de Deus, como contribuição ao Capital de Graças, por estas pequenas coisas, por estas pequenas vitórias, interferimos nos acontecimentos do mundo! Se permanecermos fiéis às leis do matrimônio; se resistirmos aos gozos e prazeres do tempo atual e consagrarmos toda a nossa força à família, não apenas a tornamos feliz, mas, colocamos tudo à disposição da Mãe de Deus, no Capital de Graças, a fim de que ela possa estabelecer-se aqui e travar as lutas de Deus!”
O Evangelho das Bodas de Caná nos recordava a importância da nossa colaboração na Aliança de Amor, que não pode acontecer se faltar o “Nada sem nós”. Pe. Antonio Bracht inicia sua mensagem nesse dia, interpretando os sinais dos tempos e…
Ficamos off-line… e agora?
De repente, cai a conexão da internet, pois ela foi transferida para outra celebração da Aliança de Amor, que se realizava na Igreja dos Peregrinos. De repente, ficaram só 3 pessoas no Santuário Original. Todas as outras foram desconectadas desse lugar de graças.
Era realmente assim? Pe. Antonio disse para continuarmos, normalmente, toda a celebração, pois as pessoas que nos acompanhavam estavam esperando esse momento! E assim foi feito! Fez-se um momento de silêncio para renovação pessoal da Aliança de Amor, no qual incluímos todos os que gostariam de estar ali! Fez-se a bênção das medalhas, as preces… Orações, cantos, gestos simbólicos: tudo foi feito nas intenções de todos que, até então, estavam ali!
Olhar tudo com uma atitude vitoriosa!
Mas, nosso coração está pesado. Pensamos em todos que se prepararam e queriam estar ali, ao menos pela internet. O que a Mãe de Deus quer dizer-nos com isso? Ir. M. Vanda Friedrich, brasileira que atua como sacristã, no Santuário Original, sugere que tiremos, ainda no Santuário, um bilhete com a mensagem de nosso Fundador. Será que ele nos diria uma palavra de consolo?
Assim ele nos fala: “A Mãe de Deus conquistou vitórias maravilhosas. Por isso, podemos olhar para o futuro com uma atitude de vitoriosidade!” No verso do bilhete, está a aplicação prática: “Hoje, não reclamarei de nada e, diante de dificuldades, direi: Vai dar certo, Mãe, porque tu és Vencedora!”
Será que o Pe. Kentenich se enganou? Como sempre, ele quer levantar nosso olhar ao mais alto e mostrar que, mesmo nas dificuldades, nas coisas que acontecem diferente do que imaginamos e preparamos, não podemos perder a atitude de vitoriosidade! E fazer isso muito concretamente: Sem reclamar!
Nossa “água na talha” prepara o milagre
Nesse momento, recordo-me do pensamento que tive ao preparar esse momento de oração: Deixar um momento, no qual cada um entregue, espiritualmente, sua contribuição ao Capital de Graças. Apesar de que esse momento não estava explícito, no contexto da celebração, nossa Mãe e Senhora da Aliança, com certeza, transformou toda a tristeza, o desconsolo, o desapontamento de cada um que esperou e se preparou esse momento em “água para o milagre”!
Sim, nenhuma “gota” foi perdida! Com certeza, o milagre do “vinho bom” vai acontecer. Que bom saber que nós, como filhos da Aliança, colaboramos concretamente para que esse Milagre sempre aconteça!
Foi uma Renovação da Aliança linda!!
Ficamos em casa em conexão com o Santuário Original imaginando cada momento que estaria acontecendo…nos reportando e vivenciando…mesmo sem ver!!
Renovamos eu e meu marido Luis!
Obrigada Mãe!!