A Família de Schoenstatt de Curitiba/PR promove encontro online durante a quarentena
Pamella Carvalho – Durante o Congresso de Outubro, de 2019, do Regional Paraná, Pe. Ivan Simicic, então Diretor Nacional do Movimento, impulsionou a Família de Schoenstatt a aprofundar o conhecimento sobre o Fundador e vivenciar seu carisma. Inspirados nisso, Guilherme Paiva e Ana Paula Paiva, do Instituto de Famílias de Schoenstatt, assumiram a missão do grupo de estudos em Curitiba/PR. Com a pandemia, esse encontro foi adaptado para o formato online nos meses de junho e julho. Dessa forma, o E-Kentenich realizado no dia 28 de junho de 2020 alcançou um público muito maior do que o previsto.
Reflexões sobre a filialidade
Juliê Pontes Zola, de Santa Maria/RS, soube do E-Kentenich pelas redes sociais e achou uma excelente oportunidade. “Creio que o momento atual pede de nós um aprofundamento enquanto filhos de Deus, a fim de confiarmos cegamente em seus planos de amor. O que mais me chamou atenção nos escritos do Pai foi a filialidade posta enquanto caminho para o céu, o nosso caminho de retorno ao divino! Além disso, os escritos do Pai e Fundador fazem com que reflitamos acerca da filialidade de forma pessoal, através da aplicação prática dela em nossa vida”, disse.
Como Juliê, mais de 60 pessoas participaram da formação. Liga, União e Instituto de Famílias, Instituto Secular das Irmãs de Maria, Padres de Schoenstatt, Instituto Nossa Senhora de Schoenstatt, Liga das Mães, Campanha da Mãe Peregrina, Liga Apostólica Feminina, Juventude Masculina e Juventude Feminina estiveram representados. O tema do primeiro encontro foi a Filialidade. Os primeiros materiais de apoio para as discussões foram a Terceira e Quarta Conferência do livro “Ser filho diante de Deus”, do Pe. José Kentenich. Com textos de 1937, o Pai e Fundador falava em um tempo que já existia uma tensão política muito forte e em um contexto que brevemente Schoenstatt passaria a ser fortemente perseguido.
Dificuldades que o Pai apontou de modo profético naquela época, ainda hoje muitas pessoas anseiam por respostas. “O que mais me chamou a atenção foi entender como exercer a filialidade diante de Deus nessa época tão difícil e entender que podemos ser instrumentos na vida de pessoas que não têm as figuras paterna e materna na vida terrena e levá-los a compreender o amor que Deus está disposto a entregar para cada um”, comentou Mylena Bai Giroldo, de Ibiporã/PR.
Ser como uma criança para superar os desafios da vida moderna
Bárbara de Freitas Loures, de Araraquara/SP, motivou-se a participar do grupo para conhecer mais os ensinamentos do Pe. Kentenich e vivenciar seu carisma. “O Pe. Kentenich sempre manteve uma relação filial com Deus Pai e isso tornou-o sensível para compreender os planos divinos. Ele percebia os sinais do tempo e a profunda necessidade do homem se reconhecer pequeno e dependente de Deus, ser humilde, ser uma criança que precisa do Pai celeste para superar os desafios da vida moderna. Nesse sentido, o Pe. Kentenich reforça a importância de resgatarmos em nós o sentido filial (já que muitas vezes não temos experiências desse afeto) exercendo atos de paternidade/maternidade às pessoas que estão em nossa volta. Quando ‘cuidamos’ de alguém, possibilitamos que o outro também se sinta filial e, aos poucos, compreendemos que Deus é nosso Pai e cuida de nós a cada momento, mesmo com as cruzes do dia a dia”, completou.
Com um cronograma organizado, Ana e Guilherme acolheram todos os participantes da grande chamada em vídeo, explicaram o contexto histórico da Obra e os motivos que os levaram ao tema filialidade. Pe. Afonso Wosny, que dedica-se ao estudo do carisma do Pe. Kentenich, convidou todos a usarem as informações para serem agentes de transformação, por meio do exemplo, da autenticidade e da criatividade. Com esse impulso, com vários questionamentos, indicações e novas informações, os participantes partiram para as discussões de conferência.
Para democratizar a participação de todos, os participantes foram divididos em quatro grupos: Barbara Kast, João Luiz Pozzobon, José Engling e Fritz Kuhr. Com monitores em cada grupo, os participantes apresentaram-se e discutiram o texto e aplicações práticas dos ensinamentos do Fundador. Ana Cecília Santos, de Garanhuns/PE, compartilha o que mais lhe agradou na formação. “Por meus pais serem do Movimento, a figura do Fundador foi presente para mim desde pequena e seu pensamento esteve em muitas conversas da família. Porém, há pouco tempo comecei a ter interesse em estudar mais sobre o Pai, de forma mais íntima. Percebi que o E-Kentenich seria um bom instrumento para isso e me motivei a participar do grupo. No carisma do Pe. Kentenich, uma das coisas que mais me chama atenção, e que se fez presente de forma mais intensa desde minha Aliança de Amor, é a compreensão de Maria como caminho para uma vivência mais profunda da nossa filialidade com a Deus Pai”, completou.