Testemunho do Pe. Alexandre Awi Mello ao site da Juventude Masculina de Schoenstatt do Brasil (jumasbrasil.com.br):
Ontem, pela primeira vez, depois de três meses de confinamento aqui em Roma, eu pude ir ao Santuário e cheguei a me emocionar ao entrar novamente nesse lugar.
É onde nosso coração está sempre e mesmo que não estejamos fisicamente, nunca deixamos de estar espiritualmente nesse lugar. Acho que justamente o desafio da pandemia é poder valorizar essa presença em espírito. Isso que a gente fala. Nos vincularmos espiritualmente ao Santuário é algo que ganha muita força durante a pandemia. E, por outro lado, também o Santuário Lar ganha uma força diferente.
A gente começa a perceber a importância de ter um Santuário dentro de casa. Aqueles que se preparam para fazer seu Santuário Lar, acho que percebem a importância disso e aqueles que já tem o Santuário, então, veem como é bom.
Eu, durante todos esses meses, estive me vinculando à Mãe de Deus no meu Santuário Lar. Isso tem um valor, lembre-se das palavras do Pai e Fundador e sua importância: “O Santuário Lar tem as mesmas características do Santuário Original e do Santuário Filial”. Ali a gente leva nosso Capital de Graça, ali a Mãe se estabelece e distribui as graças do abrigo, da transformação e do envio.
Realmente importante, talvez, nesse tempo de pandemia, redimensionar revalorizar a presença da Mãe nos nossos Santuários Lares, nos nossos santuários quartos, na nossa família.
Revalorizar a família como Igreja doméstica. Aquilo que a gente não pode fazer na Igreja física. Muitas vezes não podemos ir até lá, as missas estão reduzidas, em alguns lugares proibidas, então a gente pode fazer através dessa presença da Igreja na nossa casa.
Deus que em cada família, em cada lar que pai e mãe amam seus filhos, ali se estabelece através, principalmente, do sacramento do matrimônio.
Então, revalorizar essa presença de Deus nas nossas casas através de nossos pais, nos vínculos de irmãos, de filhos e assim também redescobrir a importância e a força do Santuário Lar.
Eu acho que vale a pena essa reflexão nesse tempo de pandemia e espero que vocês possam aproveitar para sair dessa situação ainda mais fortalecidos, valorizando mais o Santuário Lar, mais as nossas famílias como Igreja doméstica e sentindo saudade do Santuário, porque uma coisa não substitui a outra.
O ir ao Santuário Filial é justamente levar toda nossa vida a esse lugar, é uma forma de revalorizar o Santuário Filial. Como a gente sente saudade de estar lá, da missa, da Igreja, isso nos deve ajudar a descobrir o grande valor do Santuário na nossa vida.
Que Deus vos abençoe. E aqui, à distância, envio meu abraço virtual e minha oração por cada um de vocês.
* Pe. Alexandre é secretário do Dicastério Vaticano para os Leigos, a Família e a Vida, membro do Instituto dos Padres de Schoenstatt