A Família de Schoenstatt de Porto Alegre/RS fez para o nosso Pai e Fundador, por ocasião do aniversário de 52 anos de sua morte, uma série de três vídeos com testemunhos de schoenstattianos sobre como eles experimentam e vivem a vinculação com o Pe. José Kentenich.
Veja abaixo, no vídeo e em texto, as palavras do Pe. Lucas Mendes:
Olá, eu sou o Pe. Lucas Mateus Mendes, padre da Arquidiocese de Porto Alegre há quase 7 anos e membro da União dos Presbíteros Diocesanos de Schoenstatt.
Conheci um pouco da história do Pe. Kentenich nos nossos encontros de formação, que eram ministrados pelo saudoso Pe. Ottomar Schneider – ele que teve um momento de convivência com o Pe. Kentenich. O Pe. Ottomar nos falava deste homem com o coração tão terno, nos falava do Pe. Kentenich com uma vitalidade e um rigor que nos encantavam.
O Pe. José Kentenich representa, para mim, uma experiência paterna de sacerdote.
O livro “Os Anos Ocultos”, sobre a vida do Pe. José Kentenich (infância e juventude), me ajudou muito no caminho vocacional, sobretudo por sua história de vida, a relação dele com a mãe, a relação com o pai, a sua forma de elaborar tudo isso: olhando para Deus Pai e vendo a figura paterna que ele tanto precisava. Assim foi comigo. Conhecendo a história do Pe. José Kentenich, pude perceber o quanto Deus é bom, Deus é Pai e bom é tudo o que ele faz e permite; pude perceber o quanto, na tessitura de nossa vida, Deus vai agindo por causas segundas; pude entender, a partir da experiência com o Pe. José Kentenich, que é preciso autoconhecimento, é preciso viver a santidade na vida diária.
Fui conhecendo, através deste homem, o quanto um sacerdote pode transformar corações. Para mim, a vida sacerdotal do Pe. Kentenich foi isso: libertar corações, formar consciências, educar para a santidade. Um homem que viveu plenamente a liberdade interior, a magnanimidade, um homem que ensinava, por seus gestos, palavras e exemplos. Eu, como sacerdote, procuro sempre levar aquela máxima que o Pe. José Kentenich dizia: ser, diante de Deus, sempre filhos e diante dos homens, sempre pai.
O sacerdote é isso, é pai. É pai porque gera a vida cristã nos seus filhos. É pai porque ensina, porque educa. É pai porque não retém para si.
O testemunho de total desprendimento do Pe. Kentenich em relação à sua Obra ensina a mim, como sacerdote, que a paróquia não me pertence, que os trabalhos que eu desenvolvo não são meus. São de Deus.
Meus queridos amigos, amigas, schoenstattianos, se posso dizer uma palavra da minha relação com o Pe. Kentenich, ele me ensinou a ser um padre LIVRE. Livre e fiel. Amando a Igreja em todas as situações, mesmo quando a Igreja não nos compreende ou mesmo quando nós não compreendemos a Igreja. O Pe. Kentenich mostrou sua fidelidade ao Nosso Senhor, sua fidelidade à Igreja, sua fidelidade à missão. E, por fim, não posso deixar de dizer, o Pe. Kentenich me ensinou a ser um sacerdote mariano, pedindo que Maria sempre forme o meu coração.
Que Deus abençoe a todos vocês, que Deus nos abençoe e pedimos que o Pe. Kentenich nos abençoe também nesses 110 anos de celebração da sua ordenação sacerdotal. Queira Deus que nós, sacerdotes schoenstattianos, possamos ser um pouquinho do que o Pe. Kentenich foi e que nós possamos formar, educar e libertar para Cristo.