“Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei contemplar a face de Deus?” (Salmo 41,3)
Karen Bueno – É uma alegria quando se ganha um presente, mais ainda quando o regalo vem de Deus. Para o grupo de vida “Família Magnificat”, da Liga de Famílias de Schoenstatt de Curitiba/PR, o estudo bíblico tornou-se esse presente. “Há algum tempo temos sentido a necessidade de conhecer mais sobre a Sagrada Escritura, sua origem, história, composição, autores, sem deixar de mencionar o essencial: é o Livro que revela a história da nossa Salvação, a mais bela declaração do Amor de Deus por nós”, comentam Adilmar e Carla de Camargo.
O grupo é formado por sete casais e, para direcionar as reflexões, conta com o auxílio do Pe. Afonso Wosny, do Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt. “Por que a importância de um padre neste estudo? Porque cremos que o magistério da Igreja é a forma mais segura de enveredarmos no estudo bíblico, sem incorrermos em subjetivismos ou sentimentalismos, pedras de tropeço comuns àqueles que, como nós, não conhecem o assunto. Além disso, como schoenstattiano, o Pe. Afonso aponta nas suas reflexões muitas pistas da Bíblia presentes em nossa espiritualidade, na vida do Pe. Kentenich, na nossa relação com Maria Santíssima, no jeito de rezarmos”.
Diante dessa experiência que estão vivendo, os casais sugerem para outras famílias: “Cremos que o estudo das Escrituras é fundamental para compreendermos a fé católica. É o texto que baliza a vida do cristão, pois refere-se, em sua totalidade, ao Antigo e ao Novo Testamento, à pessoa de Jesus Cristo. Precisamos conhecer a bíblia para amar mais a Deus e ao próximo. Ao nosso ver, esse estudo deveria estender-se a todos os fiéis católicos. Uma preocupação nossa, desde o início: contar com o apoio do magistério, evitando os ‘achismos’ que podem ser verdadeira pedra de tropeço”.
Neste tempo de distanciamento, o estudo da Bíblia, além de unir e cultivar os vínculos, ajuda a encontrar caminhos, na Palavra de Deus, para a crise atual. “Como a Providência age de forma completa! Estes tempos de distanciamento social nos deram a ferramenta dos encontros virtuais, através de bits e bytes. Quem encontra um tesouro o esconde, com medo dos ladrões; coisa diferente se dá conosco. A riqueza que achamos espalhamos, dos telhados, a quantos quiserem ouvir: o estudo das Escrituras, feito de forma séria e criteriosa, revela o mapa de estrelas, as boias de sinalização, o farol luminoso que nos guia no mar bravio deste mundo atribulado, direto à segurança do porto onde podemos cravar a âncora de nosso barco. Ele mesmo, Jesus Cristo, cuja biografia está impressa nos 73 livros sagrados”, concluem Adilmar e Carla.