Faleceu nesta quinta-feira, 19 de novembro, o Pe. Antonio Ribeiro Lobo, do Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt. Português de nascimento, ele trabalhou por quase 50 anos no Brasil, em diversas atividades apostólicas. Pe. Lobo foi o primeiro português a selar a Aliança de Amor e viveu essa consagração com um coração missionário, à exemplo do Bom Pastor.
O sepultamento será hoje, dia 20, junto ao Santuário Sião do Jaraguá, em São Paulo/SP. A missa de corpo presente acontece às 9 horas, com transmissão pelo Facebook.
Sua biografia
Antonio Ribeiro Lobo nasceu no dia 23 de dezembro de 1931, em uma família numerosa em Paços de Ferreira, uma pequena cidade localizada no norte de Portugal, ao lado do Porto. Desde muito jovem, levava em seu coração o desejo de seguir Jesus no sacerdócio, mas não sabia se isso se realizaria. Depois de ter conhecido a Venerável Serva de Deus Silvia Cardoso, tia de Pe. Miguel Lencastre, esse caminho se tornou possível. Ela o apoiou economicamente para que pudesse realizar sua formação ao sacerdócio.
Antonio Lobo ingressou então na Comunidade dos Padres Palotinos, a SAC; estudou em Portugal e na Suíça. Doutorou-se em Filosofia, Psicologia e Línguas Ibéricas pela Universidade de Coimbra. Foi o primeiro português a selar a Aliança de Amor no dia 22 de agosto de 1959.
No dia 21 de dezembro de 1960, foi ordenado sacerdote em Friburgo, na Suíça. Chegou a Lisboa para atuar apostolicamente no ano 1962 e ao Brasil, em 1970. Quase 60 anos de vida sacerdotal e, desses, quase 50 em terras brasileiras.
O encontro e a convivência com os seminaristas palotinos chilenos na Suíça foram determinantes na sua caminhada de vida e no encontro com a espiritualidade de Schoenstatt. Ao ser fundado o Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt, ele decide ingressar na então “Nova Comunidade”, saindo assim dos Palotinos. Foi membro do Curso “Sicut Pastor” (Como o Pastor), formado por brasileiros e ele, português. A missão do Curso era: salvar a herança do Pai e Fundador, o Pe. José Kentenich, em Portugal e no Brasil, cultivando antes de tudo a bondade e a compreensão mútua, buscando encarnar a imagem do Bom Pastor.
Pe. Antonio foi pároco, professor em Colégios, Universidades e Seminário; foi Capelão do time de Futebol paulista Palmeiras, colaborou na pastoral do Santuário Sião do Jaraguá – São Paulo e também foi assessor dos Ramos femininos do Movimento Apostólico de Schoenstatt em Caieiras. Pertenceu à Central Nacional de Assessores do Movimento no Regional Sudeste nas décadas de 1980 e 1990.
Viveu durante muitos anos em Londrina/PR, onde foi confessor no Santuário de Schoenstatt, na Catedral da cidade e em outros lugares durante muito tempo. Com leigos, fundou a “Casa de Maria – um Centro de apoio e recuperação a dependentes do álcool e da droga”, em Londrina; dedicou-se durante vários anos a essa casa como parte da mesa diretiva, capelão e diretor espiritual. Na entrada da “Casa de Maria”, encontra-se a imagem da Mãe e Rainha de Schoenstatt, que ele entronizou e a quem confiou a transformação interior de todos os que ali chegavam para tratamento.
Pe. Antonio Lobo foi um homem autêntico e alegre. Gostava de brincar com as crianças, fazer “mágicas” e brincadeiras com os pequenos. Gostava muito de música e sempre contava que adquiriu o gosto pela música através do pai, que tocava clarinete. Cantava bem e gostava que cantassem com ele. Profundamente religioso e piedoso, deixou-nos um grande testemunho de uma vida de oração constante, especialmente nas últimas décadas de sua vida. Homem do terço, das visitas ao Santuário de Schoenstatt e ao Santíssimo Sacramento. Quando entrava em casa (Casa dos Padres de Schoenstatt), em Londrina, o primeiro que fazia era ir ajoelhar-se diante do Santíssimo e dizia: “Gosto de cumprimentar o dono da casa”.
Que o Bom Pastor o receba em seu Reino e nossa Mãe e Rainha, “linda, preciosa e encantadora”, como ele dizia, o recompense por toda a sua entrega.