Ir. Ana Maria dos Santos Lima – Alegria e júbilo brotam de nossos corações por continuarmos celebrando o Ano João Pozzobon. Temos a oportunidade de aprofundarmos nosso conhecimento em relação a sua pessoa e missão. No próximo dia 12 de dezembro recordamos a data de seu nascimento.
Vida e Obra, na história do ser humano, são inseparáveis
São duas faces de uma mesma medalha! Uma não se explica sem a outra. O sentido de nossa vida consiste na entrega a uma Obra por amor a Deus e as almas. Cada um tem a liberdade de escolher a que Obra quer servir e consumir-se por ela.
De João Luiz Pozzobon, podemos dizer que sua vida e obra foram cunhadas pelo espírito heroico, pela filialidade e pelo ardor apostólico. Como pequeno aluno do Pe. José Kentenich aprendeu a ser um filho heroico de nossa Mãe e Rainha e um apóstolo incansável do Santuário, a serviço dos mais necessitados. Assim como se diz de São Paulo, podemos dizer também sobre a condução de Deus a respeito da vida do Diácono João Luiz Pozzobon: “(…) Este homem é para mim um instrumento escolhido, que levará o meu nome diante das nações… [At 9, 15]”
Deus o preparou para a missão
Aos poucos, o Diácono Pozzobon foi adquirindo a clareza, que necessitava, para compreender que tinha uma grande missão e os compromissos que essa missão lhe exigia. Ele mesmo confirma: “Schoenstatt trouxe para mim grande mudança, um grande enriquecimento da minha fé e também uma missão a realizar, um grande apostolado.” (Herói hoje, não amanhã, p. 43 – 1ª edição)
O fruto dessa mudança é a Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt, na qual desenvolveu seu grande apostolado e pela qual consumiu todas as forças que possuía. Durante 35 anos, ele se dedicou inteiramente à missão, que Deus lhe confia. Ele crê na sua eleição e sabe onde buscar forças para desenvolvê-la: manter-se unido à fonte original da missão: o Santuário. Somente isso explica sua força para ter percorrido 140.000 Km com a imagem da Mãe Peregrina de Schoenstatt, servindo aos mais pobres levando assim a frequência dos sacramentos, rezando o rosário e conduzindo ao seu Santuário a todos que tinham contato com a imagem de graças da Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt.
A exemplo de Cristo, João tinha o heroísmo em tudo o que fazia, mas também foi heroico na autoeducação. Ele soube viver as exigências da Aliança de Amor: “Elevai ao máximo as exigências a vós mesmos!” Suas palavras confirmam isso: “Por amor a Campanha, ser herói hoje mesmo!” (Herói hoje, não amanhã, p. 129 – 1ª edição)
João Luiz Pozzobon sacrificou sua vida dia a dia, na Aliança de Amor. Tinha uma profunda vida de oração, promovia a paz, soube aceitar calado, muitas indiferenças e desprezo para promover a paz, perdoou inúmeras vezes àqueles que não compreendiam e o caluniavam para promover a paz. Em cada casa que passava sempre acendia uma luz. A cada pessoa que encontrava, presenteava uma centelha de luz, uma mensagem de paz.
Certa vez expressou que dava sua vida para que a Campanha pudesse tornar-se mundial! Hoje, isto é realidade! Não há como negar que seu espírito heroico, se caráter de instrumento e seu zelo apostólico foram fermento, que favoreceram o crescimento da Campanha em todo o mundo. Deus o escolheu para uma missão na Obra de Schoenstatt e ele deu a sua vida por ela, por isso pode afirmar: “Entendi a missão e por ela minha entrega foi total!”
Elevamos a Deus, Pai de bondade, nossa gratidão pelo precioso dom de sua vida e Obra e por termos tido a graça de tê-lo entre nós como um homem de fé e de um ardente e filial amor a Maria, nossa Mãe.
No dia de seu aniversário poderíamos lhe presentear nossa gratidão rezando a oração por sua beatificação.