Criatividade e espírito missionário marcam a edição deste ano, em plena fase vermelha da crise em SP
Leonardo Leite – O Natal Solidário chegou, neste ano de 2020, à sua 15ª edição. É um projeto desenvolvido anualmente pela Juventude de Schoenstatt, em São Paulo/SP, na madrugada de 24 para 25 de dezembro. Mesmo diante de um cenário díspar, ainda assim a comissão organizadora tinha um objetivo em comum: mais uma vez o projeto não poderia deixar de estar presente nas ruas. No final disso tudo, foi essa mesma comissão que carregou tão a fundo a realização dessa missão.
Após momentos de conversa e planejamento, foi definido que nesse ano haveria mudanças por conta da pandemia do COVID-19. A principal delas seria no número reduzido de voluntários e o horário, já que não mais estaríamos cumprindo um mapa de comunidade nas ruas, mas sim separados em duas praças do centro de São Paulo. O lema do ano que conduziu os trabalhos foi: Cristo Tabor, esperança para novos tempos.
Os desafios foram diversos, um maior que o outro, mas o desejo de fazer acontecer essa edição tão especial e ajudar o próximo foi maior que tudo. Foi preciso deixar muitos eventos típicos de lado e trabalhar a criatividade. Sendo assim, além da arrecadação presencial, também aconteceram arrecadações online, por meio da contribuição monetária, pela qual os responsáveis pelo projeto assumiram a tarefa de comprar os itens do kit que é levado aos irmãos em situação de rua.
O anual concerto de música sacra também precisou de modificações, sendo realizado de forma online através de uma live na página do YouTube do Santuário Sião do Jaraguá. Apenas o Jogo Solidário (também realizado de forma anual) foi mantido de forma presencial, podendo ser realizado apenas um jogo, diferente dos outros anos, quando os jogos eram uma das mais numerosas formas de arrecadação.
Até esse ponto estava tudo certo. Mas veio, então, o decreto do Governo estabelecendo o dia 25 de dezembro como fase vermelha do plano de contenção do coronavírus. Diante essa notícia, a comissão Central se reuniu às pressas e, juntos ao assessor, optou por retirar os voluntários das ruas, assumindo a responsabilidade de ir apenas a comissão central, para diminuir os riscos e ainda assim não deixar que o natal dos nossos irmãos passasse em branco.
E assim aconteceu a 15ª edição do Natal Solidário. Os membros da comissão central, com a ajuda de alguns voluntários conduzindo os carros de apoio, levaram mais uma vez uma pequena contribuição material e, principalmente, a esperança de novos tempos às ruas da capital de São Paulo. Os voluntários, por sua vez, não ficaram de fora da missão, apesar de não irem para as ruas, recebendo depois um kit contendo sua camiseta, cruz, um panetone e um refrigerante, com a missão de entregar essas doações a um irmão em situação de rua próximo às suas casas ou a alguma família carente.