Família de Schoenstatt de Porto Alegre consagra o ano à Mãe de Deus
Márcia Kazumi – Neste primeiro Dia da Aliança de 2021, 18 de janeiro, junto ao Santuário Tabor Maria Cor Ecclesiae, de Porto Alegre/RS, aconteceram as duas tradicionais Santas Missas da renovação da Aliança de Amor no auditório da Casa Tabor, seguindo o protocolo da vigilância sanitária com número limitado de participantes e mantendo distanciamento social, uso de máscara e de álcool em gel, devido à pandemia de covid-19.
A Santa Missa da tarde foi presidida pelo Pe. Heitor Morschel e concelebrada pelo Pe. Lucas Matheus Mendes, ambos da União de Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt, e pelo Pe. Fabiano Glaeser dos Santos, pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, de Gravataí/RS.
A homilia foi compartilhada entre os sacerdotes. Pe. Lucas iniciou fazendo um paralelo com a liturgia do dia (Hb 5,1-10) e dizendo: “[…] algo que me chamou a atenção enquanto escutava a leitura e me recordava de uma frase do Pe. Kentenich, a leitura coloca em condição igual o sacerdócio e a filiação divina em Jesus. Ser sacerdote e ser filho de Deus em Cristo se harmonizam na mesma pessoa e o Pe. José Kentenich tinha uma máxima que dizia aos sacerdotes: ‘Sacerdotes diante de Deus, sempre filhos; diante dos homens sempre pai’. Portanto, não podemos compreender o ministério sacerdotal distinto da filiação divina e da paternidade espiritual. […] Uma das coisas que mais vincula ao Movimento Apostólico de Schoenstatt é a vivência do seu sacerdócio enquanto paternidade espiritual. Aquele que se coloca como pai e aquele pai com a sua fidelidade à Igreja e à Mãe de Deus é fecundo em filhos”.
Pe. Fabiano, à luz do Evangelho, ressaltou a importância de mudar o estilo de vida velho, às vezes com atitudes anticristãs, para um novo estilo de vida com um constante progredir, valendo-se do sacramento da Confissão para sermos discípulos de Jesus em seu projeto.
Pe. Heitor finalizou discorrendo sobre o 20 de janeiro de 1942, dia em que o Pe. Kentenich abriu mão, livremente, de lutar para não ser levado ao Campo de Concentração de Dachau, ressaltando a liberdade interior que caracteriza os filhos de Deus: “Para conseguir a liberdade interior é preciso se educar para isso. Na pedagogia do Movimento de Schoenstatt, na pedagogia da liberdade, fazemos as coisas por amor, fazemos as coisas porque nós queremos e oferecemos a Deus, oferecemos a Nossa Senhora aquilo que vivemos pelo Capital de Graças, que todos os meses oferecemos à Mãe de Deus para que ela continue distribuindo as graças neste lugar. Liberdade interior que educa para sermos homens novos para uma nova sociedade. O vinho (referindo-se ao Evangelho do dia) simboliza a alegria de sermos cristãos, de sermos um sinal no mundo, de sermos instrumentos de Deus para tantos que precisam.”
50 anos de sacerdócio
A Santa Missa da noite foi presidida pelo Pe. Romeo Maldaner, pároco do Santuário Santo Antônio Pão dos Pobres, de Porto Alegre.
A Família de Schoenstatt de Porto Alegre ofereceu esta Santa em ação de graças pelos 50 anos de ordenação sacerdotal do Pe. Romeo e de seu irmão (gêmeo) Remi Maldaner. Na homilia Pe. Romeo manifestou sua alegria de estar celebrando junto ao Santuário e iniciou a sua homilia dizendo: “Para mim é um momento especial celebrar o meu cinquentenário, meio século de sacerdócio, no Santuário […] A Providência Divina cuida dos detalhes, nós muitas vezes estamos comprometidos com o todo e Deus cuida dos detalhes, porque há este detalhe tão refinado para esta celebração da missa no Santuário”, disse mencionando a liturgia do dia que fala do chamado do sacerdote e a missão sacerdotal – que convergiu com a sua vida sacerdotal, “do sacerdote que foi tirado do meio do povo, simples e humilde do interior de Nova Petrópolis, para oferecer dons de sacrifícios pelos pecados próprios e o pecado do povo”.
Falou sobre a sua trajetória no Movimento Apostólico de Schoenstatt e sobre a importância da Mãe de Deus em sua vida como a Mãe que cuida e educa, testemunhando sua fidelidade à Aliança de Amor e a confiança na “Mãe Amável e Fiel” de seu Santuário Lar e sua educação e autoeducação na pedagogia do Pe. Kentenich. Para finalizar, lembrou o 20 de janeiro de 1942, o segundo marco da história de Schoenstatt.
No dia festivo do jubileu de 50 anos de vida sacerdotal, Pe. Romeo Maldaner foi homenageado ao final da celebração com uma Ave Maria tocada em piano e flauta.
Ambas as celebrações foram encerradas com a procissão do auditório até o Santuário, onde diante da Mãe Três Vezes Admirável foi renovada a Aliança de Amor, culminando com a queima dos “bilhetinhos” com os pedidos e oferecimentos ao Capital de Graças.