Encontro de ramo reúne mulheres de todo o estado do Rio de Janeiro
Ângela Carla da Rocha Schiffler – Como se poderia definir o Encontro da Liga das Mães do Rio de Janeiro? Em suma, um encontro frutuoso, que ofertou às mães a possibilidade de fazer uma vivência em profundidade espiritual e direção prática. A participação ativa das dirigentes e de integrantes das Dioceses do Rio de Janeiro, Niterói, Petrópolis, Nova Friburgo, assim como de outras localidades de fora do estado – como São Paulo/SP, Brasília/DF, Espírito Santo, Londrina/PR, Salvador/BA, Caieiras/SP, Jakarta/Indonésia e da Inglaterra – trouxe uma ampla abrangência, demonstrando que a dinâmica foi favorecida pelas trocas via chat e a riqueza de conteúdo.
O encontro online foi realizado no sábado da Oitava de Páscoa, dia 10 de abril de 2021, com transmissão ao vivo via Youtube. Foi conduzido pela Ir. M. Dioneia Lawand, assessora das Mães no Rio de Janeiro, unindo todas num só coração para celebrar a Páscoa da Ressurreição de Cristo e a vigília do Domingo da Misericórdia.
Construir uma obra de arte a partir dos escombros
De início, as mães foram convidadas a fazer uma peregrinação virtual ao Santuário Tabor Redenção da Família, no Rio de Janeiro, para entregar tudo o que estava em seus corações; também entregaram, de maneira especial, as mães doentes, as enlutadas e suas famílias.
A primeira parte do encontro tomou como inspiração a direção dada pelo Papa Francisco e recordou as mulheres que foram ao túmulo em busca de Jesus morto e encontraram, no túmulo vazio, o anúncio da vida; depois elas partiram para a Galileia. Com essa reflexão veio um convite para as mães seguirem adiante, não pararem e não voltarem “ao túmulo”.
Os testemunhos e interações foram se apresentando ao longo do encontro no espaço do chat do Youtube. “Senhor, dá-nos uma fé viva e eficaz… vem conosco no caminho até a Galileia”, escreve Glória de Alencar. “Com certeza nesses momentos da minha vida é onde sinto Ele mais perto de mim”, comenta Lucimar de Paula. “Construir uma obra de arte a partir dos escombros do nosso coração. Não temer, ter esperança”, reflete Alzira Alvim.
As mães são, então, motivadas a reconhecer que Jesus é quem tira a “pedra pesada” de suas vidas. “Move, Senhor, as pedras que bloqueiam nossas vidas”, escreve Mercedes Querol. “Que o amor e a caridade façam parte de nossas vidas, sempre”, diz Maria Angélica Rigoto.
O caminho do ideal
A segunda parte do encontro fez referência ao Fundador de Schoenstatt, Pe. José Kentenich, tendo como base seus textos de um retiro para as Mães de Schoenstatt (4 a 8 de setembro de 1950). São três imperativos que ele aponta: cultivar as pequenas virtudes; lutar pela pequena verdade; trilhar o pequeno caminho. Todas elas direcionam para o cultivo da filialidade.
No encontro deste sábado as mães foram convocadas a lutar pela “pequena verdade”, isso as fez refletir sobre o seu ideal, enquanto dom e tarefa divina. Refletiram sobre o Ideal pessoal; sobre o “ideal da família”, expresso na missão do Santuário Lar; o Ideal de Ramo da Liga das Mães e o Ideal Nacional do Movimento de Schoenstatt no Brasil.
Segundo o Pe. Kentenich, o ideal é o forte critério para o meu agir, é o que deve me impulsionar, me avivar na caminhada, é a minha diferença no mundo, minha missão, diz a Ir. M. Dioneia. Ela salienta que é preciso: “Sermos consequentes, firmes”; “Cultivarmos uma personalidade livre, firme, forte”; “Reconhecer a beleza do outro, maravilhar-se com o outro”; e a afirmação de que “O amor e o respeito formam a linha reta que leva ao coração do outro”. Ir. M. Dioneia também foi elencando pontos a seguir sobre o exame particular: “Como está a minha vida de oração, as minhas relações com o próximo, com a minha família?” “O que preciso trabalhar no meu coração?”. Todas essas reflexões abriram conversas no chat, com respostas que seguem ressoando nos corações.
O testemunho da Maria Angélica Rigoto, dirigente da Liga das Mães de Niterói, mostrou o diferencial prático de ser Custódia Viva como “oportunidade de viver valores mais profundos”. Sobre a pandemia, ela diz: “Deus já tinha um plano de vida para mim e para todos que estavam ao meu redor, foi um divisor de águas. Essa situação extraordinária sofrida (…) foi momento também de bênçãos e graças para a minha família”. Recordando sua experiência pessoal, Angelica conta que, após a morte de seu pai, sua mãe teve um período de amnésia; e, mesmo nesse momento complicado, Maria Angelica conseguiu manter-se firme e equilibrada, a ponto de sua filha comentar: “Ela está tão estranha, está firme… eu acho que são aquelas reuniões que ela vai, aqueles livros de Schoenstatt”. Com esse testemunho expressou que a espiritualidade estava lhe dando suporte e que ela oferecia tudo ao Capital de Graças. Muitas foram as interações pelo chat e os agradecimentos pelo testemunho.
Para Valéria Monteiro, do grupo Renovadas pelo Amor da Mãe Rainha, da Ilha do Governador/RJ, “o encontro foi surpreendente! O domínio da tecnologia possibilitou uma ótima transmissão. O conteúdo foi muito bem desenvolvido, interessante e prático. A participação de algumas dirigentes e o testemunho apresentado enriqueceram muito nossa manhã. Fiquei muito feliz em participar desse encontro e espero que sejam feitos outros periodicamente”.
Com o encerramento, dirigido pela Ir. M. Dioneia, elas rezaram juntas a Oração da Aliança (RC 589-599) e receberam a bênção sacerdotal do Pe. Antonio José. Um clima de paz, gratidão e alegria ficou expresso nessa oportunidade, com o desejo de que venham outros e novos encontros – “Chegou a hora do teu amor, faça-se pequena Maria um brilhante nas mãos do Pai”.
Encontro rico, profundo com muita espiritualidade.
Quero cultivar sempre as virtudes, lutar pela pequena verdade e trilhar o pequeno caminho pela auto educação que eu possa me moldar.
Pela oração , na eucaristia entregar minha família.
O Ideal faz parte do caminho de Santidade.
Chamei -te pelo nome Maria , és minha.