Conheça mais sobre este órgão que assessora e inspira a Liga e os Peregrinos
Karen Bueno – Unidos numa mesma missão, nas diversas realidades do Brasil, os assessores da Central Nacional do Movimento Apostólico de Schoenstatt se reúnem uma vez por ano a nível de país. Pela primeira vez, agora em 2021, este encontro aconteceu online, devido à pandemia. Entre os dias 9 a 14 de maio, o computador tornou-se a “sala de encontros” para debater caminhos e possibilidades de crescimento para a Liga Apostólica e para os Peregrinos de Schoenstatt.
Segundo o estatuto, a Central é o órgão que reúne os assessores do Movimento em nível regional e/ou nacional. “Tem função inspiradora e é responsável pelo cultivo de espírito nos ramos da Liga Apostólica e no Movimento Popular e de Peregrinos”.
A Ir. M. Diná Souza salienta que “este encontro é importante para manter a unidade do Movimento. Uma unidade na pluralidade, pois, sendo o Brasil um país continental, o Movimento de Schoenstatt se adapta e se incultura nas diversas regiões. Ao mesmo tempo, Schoenstatt tem um carisma comum, uma casa comum, um Fundador comum, somos Família. Por isso a necessidade de, ao menos uma vez ao ano, nos encontrarmos, como assessores, para partilhar as experiências que fazemos, trazer as diversas realidades e juntos buscarmos o pulso do tempo para melhor servir a Igreja com o nosso carisma”.
Abaixo o Pe. Vandemir J. Meister, diretor da Central Nacional, nos conta mais informações:
Pe. Vandemir, o senhor, como diretor da Central Nacional de Assessores, poderia nos explicar o tema dos Regionais no Brasil, como isso funciona?
A Família de Schoenstatt tem uma organização bem clara, em função de promover a originalidade de cada comunidade. Assim também com o Movimento Apostólico de Schoenstatt, onde estão inseridas as Ligas. Para quem não está bem familiarizado com as nomenclaturas, parece ser uma organização confusa! Justamente aqui está uma das originalidades do Pe. Kentenich: quanto mais claras as estruturas, mais se pode cultivar a vida e eficaz se torna sua ação; poderíamos dizer que, por isso, a Família de Schoenstatt tem lugar para qualquer estado de vida.
Agora, enquanto Movimento Apostólico de Schoenstatt, o Brasil tem uma originalidade. Como é um território muito grande em extensão; para que a vida e ação sejam mais efetivas e respeitando a idiossincrasia de cada lugar, criou-se 4 Centrais de Assessores. Isto, em comparação com os outros países, corresponderia ao território de 4 nações! Pois cada país tem somente uma Central de Assessores do Movimento. No Brasil, cada uma das 4 Centrais atende uma série dos 18 regionais da CNBB, assim, cobrindo todo o território brasileiro.
A partir deste ano, não se usará mais a antiga nomenclatura: regional sul, sudeste, nordeste e paraná. Esta nomenclatura já não atende o atual desenvolvimento do Movimento.
São todos os assessores do Movimento que participam deste encontro da Central Nacional?
Na Central Nacional de Assessores participam os assessores de coluna (colunas: feminina, masculina e famílias) e de peregrinos de cada uma das Centrais. Eles representam os demais assessores.
Que temas são tratados na Central Nacional de Assessores?
Os temas tratados são os temas levantado por cada uma das Centrais e partilhado em comum. Alguns temas são somente para informações, outros para iniciar uma reflexão e certos temas requerem algum tipo de encaminhamento, com as decisões respectivas.
Neste ano os temas de relevância foram: O Jubileu do Ideal Tabor, 75 anos, e com ele uma série de datas significativas para alguns dos Ramos do Movimento. O lema do ano: Família Tabor, transfigura hoje a realidade! Como cada regional está trabalhando pedagogicamente para que o lema possa gradativamente ir ganhando vida e formas concretas. Um momento importante foi ocupar-se com os temas que envolvem o Pe. Kentenich e que a Igreja agora se ocupa. Também teve espaço, na reunião, a carta de Juventude, sua ressonância e os aspectos pedagógicos como desafios para este novo tempo. Também coube a reflexão sobre uma visão macro do Movimento Apostólico de Schoenstatt no Brasil e uma necessidade de nos compreendermos através da estrutura da Igreja, seja a nível diocesano com também a nível de regional da CNBB. Este tema nos leva a um “aggiornamento” (abertura) com a linguagem da Igreja no Brasil e também um desafio de percebermos onde temos que investir mais, seja no movimento popular de peregrinos como também nos respectivos ramos do Movimento. E temas de ação pastoral diária, neste tempo de pandemia, como por exemplo as preparações de Aliança de Amor e o desafio do momento de selar, considerando as distâncias e também as restrições de aglomerações. Também se busca perceber a possibilidade de surgimento de correntes de vidas, que de uma ou outra maneira ajudam o Movimento crescer. Exemplos: construções da Cruz da Unidade em alguns centros, iniciativas online de refletir temas, Grupos do silêncio, etc.
Revisão do “Vademecum” da Central. O Vademecum é um livro que contém os consensos, aos quais se chegou nos últimos anos, estabelecendo linhas comuns de trabalho e expressando nosso espírito de comunhão. E outros temas.Estes e outros temas têm uma repercussão em cada Regional de acordo com os desafios de cada local onde está presente a Família de Schoenstatt.
Pe. Vandemir, como Diretor da Central Nacional o senhor poderia deixar algumas palavras no espírito do Lema do Movimento Apostólico de Schoenstatt?
O Lema para o biênio 2021-22 – “Família Tabor, transfigura a realidade hoje!” – quer primeiramente nos convidar a ser e ter um espírito de família, onde Cristo está presente. Em Cristo nos encontramos na alegria e no sofrimento, nos desafios da vida diária, especialmente neste tempo de Pandemia. A família foi colocada novamente em “voga” pelos desafios externos e se torna importante olhar para ela, como Cristo olhou para a sua própria família, a Família de Nazaré. Este Cristo também nos convida a ter uma atitude crítica nas nossas ações diárias. Em tais ações deveríamos sempre nos perguntar: Como Cristo faria isto? Os desafios da vida hodierna nos levam a perguntar por várias coisas e, às vezes, nós nos indignamos porque algo não está de acordo como eu penso e, com isso, entro em conflito comigo e com outros. Esta pergunta é muito pedagógica para cada um de nós refletir sobre o que fazemos e sobre o que gostaríamos de fazer. Fazer, hoje, mas fazer como se Cristo estivesse junto comigo fazendo!