Testemunho de quem conheceu João Pozzobon e confia em sua intercessão.
Karen Bueno – “Por onde ele passava, Nossa Senhora não deixava de tocar o coração do povo”: Essa é uma recordação da Ir. Danila Salete Uliana sobre o Servo de Deus, Diác. João Luiz Pozzobon.
Ir. Danila mora em Santa Maria/RS e pertence à comunidade das Pequenas Operárias de Nossa Senhora Medianeira. Ela cresceu numa região rural de Nova Palma/RS e conheceu o Diác. João Pozzobon nas várias visitas que ele fez à sua comunidade, das quais guarda várias lembranças do “homem simples, mas cheio de Deus”.
No correr deste ano, as Pequenas Operárias de Nossa Senhora Medianeira receberam uma graça especial pela intercessão do Diác. Pozzobon. Elas enfrentaram uma situação delicada de saúde com uma de suas co-irmãs, a Ir. Marlice Reichert, que apresentou grave infecção generalizada, causada por uma apendicite não tratada.
Quando o médico telefonou, contando sobre a gravidade do caso, a Ir. Danila convocou toda sua família para juntos pedirem a intercessão do Servo de Deus: “Vamos rezar para o João Pozzobon e pedir a ele, que tanto carregou Nossa Senhora nos ombros, que ajude a Ir. Marlice, já que ela também tanto cuida do Santuário da Medianeira”. O pedido foi atendido e todos se enchem de gratidão pela recuperação e saúde da Ir. Marlice.
Na alegria dessa graça especial, Ir. Danila Uliana conta mais sobre suas recordações e histórias:
Que lembranças a senhora tem do Diác. João Pozzobon? Quando o conheceu?
Eu conheci o Diác. João Luiz Pozzobon quando eu era criança, quando eu ia ao colégio estudar, lá pelos dez anos, ou menos. Ele levava Nossa Senhora nos colégios. Digo que a minha alegria é dupla, porque eu o conheci e, junto com a minha família, nós rezamos pela cura da Ir. Marlice.
O Diác. João Pozzobon chegava cedo e o colégio ainda estava fechado, então ele ficava descansando, com a imagem do lado, num matinho que tinha lá perto, para depois levar Nossa Senhora para a gente rezar o terço todos juntos. Ele nunca pedia comida nem “pouso”. Muitas vezes a gente se assustava quando passava ali, porque tinha aquele senhor, mas ele dizia: “Não se assustem meus filhos, eu vim trazer a Mãe de Deus para vocês, nós vamos rezar o Terço, só estou esperando abrir a escola”. Aí eu e meus irmãos perguntávamos: “O senhor já comeu?” Ele dizia: “Não!” Então nós tirávamos o pão que nossa mãe dava – nós éramos de uma família muito pobre – ou uma fatia de pão ou uma batata assada e dávamos para ele comer e ele ficava feliz da vida porque tinha almoçado aquela batata dada ou aquela fatia de pão. Depois ia para o colégio e então a professora reunia toda a turma e nós rezávamos o Terço.
Ele rezava bem rápido, mas com muita fé. Como era diácono, fazia a celebração e depois a bênção das rosas. Ele ia de época em época, talvez a cada ano.
Teve uma vez, meu primo caçula, que falava bastante, ficou gago de uma hora para outra – ele devia ter três ou quatro anos. Bem nessa época o diácono foi ao colégio para rezar o Terço e fazer a celebração eucarística à noite. A minha “nona” disse para chamar todos na roça e para irmos rezar o Terço com João Pozzobon e Nossa Senhora. Ela disse para a minha tia: “Leva umas bolachas para ele abençoar”. De noite, o meu tio e a minha tia se aproximaram dele com a criança e explicaram tudo. Quando terminou a celebração, ele os chamou lá na frente, deu a bênção das rosas, abençoou as bolachas e disse para a minha tia e para minha “nona”: “Tenham fé na Mãe de Deus. Deem essas bolachas com leite, mas também um chá de rosas que ele vai voltar a falar”. E acredita que dentro de uma semana ele voltou a conversar?
Então João Pozzobon marcou muito nossa família.
Aqui, no ombro, ele tinha um calo bem grande, do tamanho de uma batata, de tanto carregar Nossa Senhora. Ele era uma pai de família exemplar, dava testemunho às famílias de como viver, isso eu me lembro muito bem.
O que te leva a ter essa proximidade espiritual com ele e a confiar-lhe seus pedidos?
Eu acho que foi a fé que ele transmitiu a nós quando éramos crianças. Ele dizia que a gente jamais podia desanimar e sempre tinha uma palavra de confiança e esperança para todos. Dizia que a Mãe nunca ia abandonar ninguém e que nós tínhamos que ter essa confiança em Nossa Senhora.
Meu irmão e minha mãe sempre rezam para ele. Nossa família toda rezou o Terço junto com João Pozzobon na escola, na igreja – e não só uma vez, mas várias vezes – e até hoje confiamos: meu irmão tem um “santinho” na lareira, minha mãe tem um na cabeceira da cama, os meus outros irmãos também têm.
A sua comunidade recebeu uma graça especial pela intercessão de João Pozzobon. Como as “Pequenas Operárias de Nossa Senhora Medianeira”, as suas co-irmãs, o veem hoje?
Nós somos em poucas e elas não conheceram João Pozzobon, mesmo assim estamos todas vibrando. A Ir. Marlice e Dom Helio (Dom Hélio Rubert, arcebispo de Santa Maria) ficaram muito emocionados.
Por que a senhora acha que ele deve ser beatificado?
Eu acho que pelo testemunho de vida dele, a coragem que teve na época, de sair, sem deixar a família de lado. Eu lembro que ele foi exilado um período, quando o proibiram de levar Nossa Senhora… então, pela confiança que ele tinha nela e pela confiança que ele depositou no coração do povo por onde ele andou. Onde ele passava, Nossa Senhora não deixava de tocar o coração do povo. Podia ser numa casa religiosa, num colégio, hospital, podia ser no asilo, presídio… ele não tinha medo algum e nunca pedia carona nem comida, se davam, ele aceitava, se não davam, dizia que a Mãe ia cuidar. Ele era um homem muito simples, mas a gente via que era um homem de Deus, um homem de fé e coragem, um homem exemplar, que tocou o coração de quem o conheceu.
GRACIAS POR LOS ARTÍCULOS, SON REALMENTE BELLOS Y MUY EDUCADORES
Eu acho q quem conviveu com João Pozzobon é nova criatura.so de ler as obras a gente já sente uma transformação. Uma enorme vontade de sair é levar a Mãe e seu Divino Filho pra outras pessoas imagina famílias transformadas 🌱🌱🌱🌱🌱❤💕