O XIX Curso quer ser “Santuário vivo do Pai a serviço da Família”
Cleber e Marilsa Lima – Em 17 de julho de 2021, um dia após a comemoração da data de Fundação da Obra de Famílias e véspera do dia da Aliança, foi o momento que o bom Deus preparou para que 11 famílias selassem sua Aliança de Amor à nível de Inscriptio e a Consagração Perpétua na União de Famílias de Schoenstatt. A celebração aconteceu à sombra do Santuário Tabor da Esmagadora de Serpente, em Londrina/PR.
Após alguns dias de frio intenso e um dia de chuva incessante, a Mãe de Deus proporciona um dia ameno e de temperatura agradável, como prova de seu amor maternal.
Foram 12 anos de caminhada até esse dia
O curso, que iniciou sua formação em março de 2009, é formado pelas 11 famílias de: Alexandre e Grazielle Vanelli, Anderson e Fernanda Garcia, Cleber e Larissa Gobato, Cleber e Marilsa Lima, Fábio e Elaine Melquiades, Gilberto e Rosana Paiva, Leandro e Sandra Fernandes, Luciano e Maria Cristina Scaliza, Luiz Henrique e Patrícia Rodrigues, Rafael e Marcia Quaglia, Ruy e Laura Saviani. Ao longo dos anos, todos foram conquistando a unidade de corações um no outro e seguem em busca da solidariedade de destinos.
Dois casais formadores (Laércio e Maria Helena Guariente e Aron e Regina Petrucci) e dezenas de colaboradores auxiliaram a caminhada em todos esses anos. Esta consagração não é um salto, mas sim um mergulho rumo a águas mais profundas, o primeiro passo de um caminho perpétuo em busca de ser “Santuário vivo do Pai a serviço da Família”.
Deixar-se modelar pelas mãos de Deus
A Santa Missa de consagração foi presidida pelo Pe. Carlos Shimura. Ele salienta, na homilia, que é preciso deixar-se enriquecer pela graça de Deus e deixar-se modelar pelas mãos de Deus e da Mãe, “assim como um escultor imagina uma obra e, enquanto esculpe, por mais que não seja compreendido pelos demais, segue com seu trabalho até que todos possam ver a grande obra que foi criada”. Assim Deus imaginou o Curso e, aos poucos, foi lapidando cada um, diz o Pe. Carlos.
Recordando sua própria consagração perpétua (no Instituto dos Padres de Schoenstatt), Pe. Carlos reforça que a Inscriptio é algo que entrelaça a vida do Curso e é também a inscrição de cada um no coração de Deus. “Deus vai mudando e modelando nossa vida, modelando os traços de nossa história”.
Pe. Carlos também afirma que cada um pode seguir em frente confiando na Mãe de Deus e “essa confiança precisa fazer parte de nossa vida como casal, como família, mas, especialmente, um ‘sim’ junto à Mãe de Deus”. Ele convida a fortalecer as entregas ao Capital de Graças, “pois é ele que mantém a fidelidade, que fortalece e faz dominar os instintos que incomodam em nossa vida, os quais não nos deixam aspirar as coisas do alto”. E instrui a discernir o que Deus e a Mãe de Deus querem de cada um e da vida do Curso.
Pe. Carlos Shimura finaliza dizendo que “o nosso Pai e Fundador se alegra pelo nosso ‘sim’ de amor, pelo ‘sim’ ao sofrimento da vida diária, nas cruzes que cada um carrega, mas essas cruzes não devem ser carregadas com a finalidade de sofrer por sofrer, mas, sim, no doar-se inteiramente à missão de Schoenstatt. E essa missão se torna mais clara quando deixamos Deus modelar a vida de cada um”.
Tempo de gratidão e de esperança
O tempo de preparação foi longo para o Curso e os últimos meses foram os mais difíceis. Trilhando esse tempo de formação, em meio a uma pandemia mundial, os casais seguiram pelos caminhos do medo, de incerteza, da dor, da perda… Mas também percorreram os caminhos do amor, da solidariedade, da fraternidade, um caminho de graças.
“Mesmo em meio a tempestades, um sempre motivou ao outro na confiança de que o bom Deus tem o leme nas mãos. E nos momentos em que humanamente não tínhamos forças para rezar, a oração do outro nos fortalecia e nos mantinha de pé”, dizem Cleber e Marilsa Lima.
Luciano e Maria Cristina Scaliza contam: “Para nossa família, a consagração a nível de Inscriptio não foi feita navegando por mares calmos. Por vezes nos sentimos desamparados e em alguns momentos nosso barco quase naufragou. Não foram poucas as vezes em que o olhar terno da Mãe de Deus, a partir do Santuário Lar, nos salvou de decisões desastrosas. O mais difícil foi aceitar nossa condição de morarmos longe de nossa família. Mas a pedagogia do Pe. José Kentenich nos ajudou nessa caminhada e em nós cresceu a confiança vitoriosa no plano do Pai. Dessa maneira, conseguimos aceitar a distância e a saudade como partes de seu plano de amor. Como resultado, Ele enviou mares calmos e felizes. Outra maravilhosa surpresa foi descobrir que pertencemos a uma comunidade santa, da União de Famílias, que se entrega sem reservas ao apostolado e à oração. A isso temos muito a agradecer, pois presenciamos, a partir da oração incessante e do Capital de Graças, que o mal se dissipava e os milagres aconteciam”.
Fábio e Elaine Melquiades dizem que, para eles, “a consagração no espírito da Inscriptio propicia aceitar a cruz que Deus nos envia e unir-nos a Ele. Para nós significa aliviar, em nossos ombros, a cruz de Cristo”. E continuam: “O rito de Consagração Perpétua na União de Famílias foi muito especial. A partir de nosso sim, temos a oportunidade de nos vincularmos ainda mais a Schoenstatt, de uma maneira mais madura e profunda; temos o sentimento de pertença a uma comunidade com sérias aspirações; a motivação para viver com mais intensidade o ideal da União que é ser Família Santa do Pai, Tabor para o mundo”.
Cleber e Marilsa concluem dizendo: “Com esta Consagração queremos entregar-nos com ousadia e confiança vitoriosa, em atitude heroica. Deixar-nos abandonar nas mãos do bom Deus para que se cumpram seus planos de amor e, em atitude de Inscriptio, nos desapropriarmos do ‘eu’ para aceitar com alegria e humildade as cruzes que fazem parte do nosso caminho”.