O Santuário Paroquial da Mãe Três Vezes Admirável celebra seu aniversário com a romaria anual
Fabrício Furtado – O dia 18 de julho assinala uma das maiores expressões de fé do povo mauritiense, que se reúne para louvar e bendizer o nome da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt. A devoção à Mãe e Rainha nasceu na Alemanha e espalhou-se mundo afora, chegando também à Mauriti/CE e sendo firmada por entre as serras do Sítio Gravatazinho, há 18 quilômetros da sede municipal, onde fica o Santuário Paroquial da MTA. “Deus escolheu este lugar tão simples, aqui, no meio do mato, e tem feito uma obra maravilhosa. Milhares de pessoas passam por aqui e são tocadas pela sua graça”, conta o Diácono Francisco Alves, assessor de alguns ramos do Movimento na comunidade paroquial.
Há dois anos consecutivos, a Romaria, famosa na região, tem ganhado um formato diferente, sempre adaptada ao que é permitido pelas autoridades civis e eclesiásticas no que compete ao combate da covid-19. Ano passado, por exemplo, as celebrações foram todas online e o complexo do Santuário Paroquial interditado para evitar a circulação de pessoas e um possível contágio pela doença.
Já este ano, com medidas mais flexíveis, as visitações e orações foram permitidas com o distanciamento social, uso de máscaras e álcool em gel. A participação nas celebrações também ficou restrita apenas à comunidade local, essa disposta numa capacidade de 60% de ocupação da capela Tabor da Misericórdia, onde aconteceu toda a programação. Outro diferencial é que este ano não aconteceu o novenário, como de costume, mas apenas o tríduo preparatório para o dia 18, que marcou a realização da 21ª Romaria, tendo como motivação o jubileu dos 75 anos do Ideal Tabor e 25 anos do Terço dos Homens. A nível paroquial, um gesto concreto da romaria foi a criação do grupo de acólitos do Santuário.
Para o diácono Francisco Alves, esta realidade mostra que o que a humanidade está vivendo atualmente “são tempos difíceis, mas, também, de esperança” que a Romaria volte a ser realizada com a mesma participação e empolgação do povo de Deus. Ainda assim, mesmo diante de tantas dificuldades, segundo ele, “a palavra é gratidão” a todas as pessoas envolvidas nas atividades.
Das duas celebrações que foram realizadas durante o domingo, a de encerramento aconteceu às 17 horas, sob presidência do Pe. José Claudiano Ferreira da Silva, vigário paroquial. Em sua homilia ele ressalta a necessidade do homem estar sozinho em alguns momentos para que possa, assim, rezar e buscar mais a Deus, da mesma forma que Jesus o fez quando estava no deserto. De acordo com o sacerdote, esta busca deve ser feita constantemente e não somente quando estamos com alguma necessidade, permitindo ao Senhor que Ele conduza a nossa vida e nos guie pelo caminho mais seguro, como aponta o Salmo 22/23.
O Santuário Paroquial da Mãe e Rainha foi inaugurado em 2007. Após 14 anos de sua instauração, atualmente o ambiente de oração está sendo reformado, já visando a celebração dos 15 anos. A reforma acontece tanto física quanto espiritualmente e deverá ser concluída em outubro deste ano. Na dimensão física, a estrutura está passando por melhorias e alguns objetos litúrgicos estão sendo substituídos por novos. Já na espiritual, cada ramo do Movimento é responsável por fazer uma conquista espiritual e material para o Santuário. A reinauguração está prevista para o primeiro domingo de novembro, no qual deverá ser reentronizada a imagem da Mãe e Rainha.