Os Padres de Schoenstatt ganham um novo diácono
Davi Vilarinho / Karen Bueno – “O menino crescia e ficava forte, cheio de sabedoria. E a graça de Deus estava com ele” (Lc 2, 40). Sob este lema o seminarista Gabriel Felipe Oberle, do Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt, é ordenado diácono. A celebração realizou-se neste último sábado, dia 24 de julho de 2021, diante do Santuário Sião, no bairro do Jaraguá, em São Paulo/SP, enfeitado com flores e com a presença de amigos e familiares.
Dom Carlos Silva, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, presidiu nesse dia sua primeira ordenação. Para ele, “o Santuário significa casa de Deus no meio da casa dos homens” e “esta casa nos consagra e nos envia para a missão”. Ele também recorda, no início da celebração, o Ano de São José e a abertura das olimpíadas, desejando que o novo diácono “seja um atleta de Cristo. Que, ao final da vida, possa dizer como São Paulo: ‘Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé’.”
Como uma criancinha que espera tudo do Pai
A liturgia da ordenação baseou-se no evangelho de Lucas (2, 22-40), que expressa o desejo de Gabriel em ser “como uma criança nas mãos de Deus”[1].
“O que é o homem para Deus tratá-lo com tanto carinho?”, questiona Dom Carlos, voltando os olhos “para a grandeza da vocação do Gabriel e também para a simplicidade dele”.
“A vocação nasce na família – diz o bispo. A entrega dos pais do Gabriel motivou-o para se entregar”. Além disso, Dom Carlos Silva recorda que foi por meio do vínculo com os amigos, participando de um grupo de jovens na paroquia e depois da Juventude de Schoenstatt, ao ser convidado para selar a Aliança de Amor, que a vocação vai se desenvolvendo na vida deste candidato ao sacerdócio.
Falando sobre o diaconato, o bispo enfatiza que “o diácono dá testemunho de um amor misericordioso. É encarregado de realizar a diaconia da caridade. Ser Diácono é dom de Cristo para a Igreja. Antes de tudo, é necessário ser servo e morar na palavra de Deus”. E também diz: “Servir é a tradução do amor a Deus, é ajudar ao próximo até as últimas situações”.
Ao aconselhar o jovem diácono, Dom Carlos recorda a “pequena via” de Santa Teresinha e diz: “‘Quero procurar um meio de ir para o céu por uma pequena via’, bem direta e bem curta. Que se aprende a ser pequeno e o seu nada, reconhecendo o dom de Deus, como uma criancinha que espera tudo do pai”.
Enviado para servir
Ao prostrar-se no chão, Gabriel ouve sobre si as orações do rito, incluindo a invocação ao Espírito Santo. Ele levanta-se apoiado sobre duas mãos: de um lado pelo superior regional dos Padres de Schoenstatt, Pe. José Fernando Bonini, e por outro lado erguido por seus pais, Miriam e Edmundo Oberle, como suporte das duas famílias a que pertence.
A preparação para essa ordenação foi guiada pela a oração do “Santo Anjo”, a pedido do Gabriel. Ele conclui agradecendo a todos que o acompanharam nesses anos todos – nove anos no total – por onde passou e hoje estão dentro da sua casa (seu coração). Como diz uma música, ele menciona, “a minha casa está onde está o meu coração”[2].
A cerimônia encerra-se com a bênção de envio, logo após a consagração à MTA, Mãe e Rainha da vida e do diaconato do Gabriel.
[1] Entrevista, 19 de jul. de 2021, leia aqui: https://schoenstatt.org.br/2021/07/19/um-novo-diacono-sera-ordenado-neste-sabado/
[2] Música “Nômades”, letra de Samuel Rosa e Chico Amaral