Em Família, acolhida ao neo-sacerdote no Santuário de Londrina
Ir. M. Marcia Carmo da Silva – Neste domingo, 22 de agosto, o neo-sacerdote Pe. Rafael Flausino foi acolhido pela Família de Schoenstatt do Santuário de Schoenstatt Tabor Esmagadora da Serpente, em Londrina/PR, e celebrou a primeira Missa à sombra deste Santuário.
Para Regina e Aron Petruci, da União de Famílias, acolher um sacerdote é como receber um presente. “É como se Deus mesmo viesse à terra e nos desse um presente. Através de um padre, Deus nos reforça duas coisas: a presença de Cristo na terra e sua paternidade conosco. É uma dádiva muito importante, uma alegria ver um jovem dizer sim e aceitar a Deus. Com certeza o Pe. Kentenich e todo o céu estão em festa neste momento”, afirma o casal.
Senhor, para onde irei? Só tu tens palavra de vida eterna
Na homilia, Pe. Rafael agradece a acolhida e a todos que rezaram por ele. Fazendo referência ao evangelho, fala sobre o chamado para o seguimento de Cristo, que por vezes pode ser um caminho duro, mas não impossível, pois trata-se de um chamado de amor.
“Eu escutei de algumas pessoas que esta vocação ao sacerdócio é muito dura, por isso, quem pode segui-la? De outros escutei: Parabéns pela entrega, sabemos que não é fácil. Penso que é assim em muitas vocações, porque até agora nunca ouvi um casal dizer que sua vocação é fácil. O seguimento de Cristo é duro, é difícil, mas não quer dizer que seja impossível. Deus nos chama, Cristo nos atrai, mas ele não nos obriga a segui-lo. O chamado é livre!”
O neo-sacerdote continua: “Quantas vezes pensei: por que eu? Por que agora? Ainda mais porque conheço meus pecados, minha miséria, mas não sou só eu que me conheço. Deus me conhece! Antes que me formasse no seio de minha mãe, Deus me amou e me chamou a viver uma vida com Ele. Deus nos conhece melhor que nós mesmos. Se ele nos chamou, ele sabe o porquê. O maior esforço está em responder ao chamado, responder livremente. Abandonar-se como Pedro. Senhor a quem irei? Para onde irei? Só tu tens palavra de vida eterna”.
O peso da casula e a responsabilidade da vocação
Com a ordenação, Pe. Rafael inicia uma nova etapa, um tempo de aprendizado e descobertas, no qual ele também sente o peso do sacerdócio, na casula que o reveste, no clima quente do norte do paraná.
“Eu comentei que a veste está pesando. A casula está pesada, no sentido de que pouco a pouco vou percebendo que a ordenação é real, que agora sou padre de verdade e isso traz muita alegria, mas também responsabilidade. É um novo serviço que vou prestar à Igreja e as vezes sinto que sou pequeno e que a casula está pesada, mas isso é parte também de nossa humanidade”, diz o neo-sacerdote que completa “o meu sim é um sim a Schoenstatt, um sim à Família de Schoenstatt. A Igreja e Schoenstatt ganham mais um servidor, mas um aliado de nossa Mãezinha, um instrumento de comunicação da graça de Deus, mas eu acho que quem está ganhando mesmo sou eu. A vocação é um dom que recebi, que vem de Deus”.
Alegria dos Padres de Schoenstatt ao ver a Família crescer
Pe. Vandemir Meister e Pe. Clodoaldo Kamimura acompanharam o neo-sacerdote nesta primeira missa e partilharam da alegria que o Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt tem ao receber mais um sacerdote.
“Uma vocação para a Igreja é mais ou menos como quando nasce um filho dentro da Família. O filho traz alegrias, traz desafios, traz preocupações e traz entusiasmo da família que cresce. É isso, mais ou menos, que acontece com uma vocação sacerdotal dentro da Igreja. Traz essa alegria, pois é mais um que compõe essa família sacerdotal, mais um que está crescendo dentro dessa Família, para servir essa família, que é a Igreja. Para os Padres de Schoenstatt, principalmente no Brasil, que é uma comunidade pequena num país tão grande, cada um que chega é realmente uma alegria grande, pois é a família pequena que está crescendo. Quando chega um novo membro na Família, também pensamos no futuro e temos mais possibilidade de manejar as ‘pedras no xadrez’ para planejar o trabalho, nesta caminhada como Família”, diz Pe. Vandemir, diretor nacional do Movimento de Schoenstatt.
Para o Pe. Vandemir, a celebração deste dia é a realização de uma longa preparação de dez anos, no qual se busca a alegria e a realização em Deus. “O Rafael tem dias de sacerdócio, eu tenho 22 anos. É uma caminhada diária de alegria, creio que se não fosse a alegria, não estaria aqui. Viver o sacerdócio me traz alegria. Creio que isso também é para o Pe. Rafael, que está começando agora. É fazer as coisas que ele gosta junto com as pessoas. Creio que ser Igreja não é viver sozinho, mas em comunidade. O Pe. Kentenich está em festa, alegre nesse momento, pois é mais um para trabalhar no Schoenstatt Brasil”, afirma Pe. Vandemir.
No final da celebração, Mity e Luiz Shiroma, presidentes do Conselho da Família de Schoenstatt de Londrina, manifestaram a alegria de todo o Movimento Apostólico de Schoenstatt ao acolher o neo-sacedote, em especial por saber que durante este tempo ele estará na Arquidiocese de Londrina, servindo na cidade de Ibiporã/PR.
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