Como foi o encerramento do Ano João Pozzobon
Ir. M. Rosequiel Favero – Esperada com alegria pela Família de Schoenstatt brasileira, a Santa Missa de aniversário da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt foi celebrada na Capela Tabor, em Santa Maria/RS. Diversas pessoas do país se conectaram, pelas mídias sociais, para acompanhar a missa ao vivo, no dia 10 de setembro. Precedida de uma novena que peregrinou por diversos Santuários de Schoenstatt do Brasil, a celebração encerrou oficialmente o Ano (biênio) João Pozzobon.
Um ingrediente novo deu um tom especial à celebração: pela primeira vez, o novo arcebispo de Santa Maria, Dom Leomar Antônio Brustolin, recém-empossado em 15 de agosto, se reunia com a Família de Schoenstatt local.
Partindo do evangelho da visitação, Dom Leomar mostrou João Pozzobon como expoente da geração dos que proclamam Maria como bem aventurada porque acreditou. “Ele acreditou nisso. Acreditou e viveu essa realidade”.
E, apontando para o exemplo de Maria, que serviu Isabel, o bispo mostrou João Pozzobon como um servidor: “João, carregando uma imagem – uma capelinha semelhante a esta, da qual uma réplica foi trazida pelos seus filhos até aqui – ele iniciou uma pastoral. Pastoral é cuidar de pessoas. Ele entrava nas casas, pedia o nome da família, quantas pessoas estavam ali naquele encontro e rezava o terço. Tem coisa mais simples do que chegar em uma casa, visitar, anotar e rezar o terço? Mas as coisas de Deus são simples, não são reuniões complicadas. É o simples que atrai. Pois bem, ele visitou escolas, presídios, casas comerciais, fábricas e quartéis. Começou com duas horas por dia e depois já não parava mais. Chegou a dedicar aos filhos mais tempo no comércio dele para que ele pudesse estar mais tempo disponível para o seu apostolado diante da Virgem Maria. Ele mesmo escreveu: ‘Ela me foi ganhando pouco a pouco e me conquistou totalmente. Daí por diante dediquei-me totalmente à Campanha’”.
Dom Leomar mostrou também a João Pozzobon como “o da santidade do cotidiano”, que não esqueceu os pobres e que acolheu a cruz, um homem que rezava. E ressaltou: “João fazia uma pastoral em saída. Não ficava esperando, atrás do balcão, que as pessoas o viessem procurar. E eu vou ler exatamente uma pequena fala, uma expressão de João, que ele ia também até nas rodoviárias, nas prefeituras. Estamos indo nas rodoviárias e nas prefeituras hoje? Ou estamos ficando só dentro das igrejas? Não responda, não quero resposta. Ele (Pozzobon) dizia assim: O que mais me comove nessas visitas é a admirável atuação e presença da Mãe de Deus, pois todas as portas se abrem para recebê-la, todos os corações se abrem, sejam ricos ou pobres, sábios ou ignorantes. Abrem-se as portas das escolas, dos hospitais, das prisões…”.
“Você acha que hoje é diferente do tempo de João? – questionou o arcebispo – É igual! As pessoas têm sede, sede de vida, de sentido, de profundidade, de verdade, de beleza e de bondade”.
Terminada a Santa Missa, Dom Leomar acompanhou a procissão com a Mãe e Rainha ao Santuário Tabor para renovar a consagração à Mãe de Deus.
Para conferir a homilia, veja no vídeo abaixo: