Congresso de Outubro: Impulsos e inspirações para viver o ideal nacional
Sueli Vilarinho / Karen Bueno – Com cerca de 320 inscritos, os dirigentes e assessores do Movimento Apostólico de Schoenstatt do regional Sudeste reuniram-se neste sábado, dia 23, para o Congresso de Outubro 2021. O encontro aconteceu de forma híbrida: virtual e presencial.
O primeiro local de transmissão foi o Santuário da Vila Mariana, em São Paulo/SP, abrindo o dia com uma vivência preparada pela Família de Schoenstatt local e um “tour” online pelos Santuários do regional.
O diretor da Central Regional de Assessores, Pe. Marcelo Aravena, acolhe a todos e explica que este Congresso se realiza num período especial para o Movimento de Schoenstatt, antecedendo e já contribuindo para o grande Congresso Internacional de Pentecostes. “Schoenstatt, sabemos, precisa sair para o mundo, precisa ir às margens da sociedade, quer renovar os vínculos de amor entre as pessoas de boa vontade. Schoenstatt quer promover o amor fraterno, universal e a amizade social como uma fonte de progresso real e eficaz e, por isso, queremos implorar um grande Pentecostes para toda nossa Família de Schoenstatt Mundial”, ele diz.
Família Tabor, transfigura hoje a realidade!
A palestra central do Congresso foi apresentada pelo Pe. Vandemir J. Meister. Ele traz brevemente os quatro elementos do ideal Tabor e faz um retrato da realidade atual. A partir daí, diz: “Aqui quero indicar três pistas de trabalho para este tempo… que nos ajudam a refletir como um FAROL, a luz de Cristo. São três princípios que o Espírito Santo soprou no coração do Pe. Kentenich e herdamos como herança. Os 3 P’s”.
Primeiro “P” – Pedagogia Mariana
“Muitos movimentos são prósperos em espiritualidade e espírito missionário, mas poucos têm uma pedagogia tão rica e concreta como a schoenstattiana”, comenta o Pe. Vandemir. Ele recorda os recursos pedagógicos da Obra e salienta que “a pedagogia mariana Kentenichiana é estar na escola de Maria. Quando Maria nos educa, Cristo está junto com Ela neste processo de educação”.
Segundo “P” – Piedade Mariana
“A nossa piedade mariana não é um pietismo, mas sim uma piedade instrumental, melhor ainda, piedade instrumental mariana”, explica o palestrante. E o que isso quer dizer? “É uma piedade transformadora: de corações, de estruturas, em saída, missionária, em paresia…
Nós somos as causas instrumentais de Deus. Este era um ensinamento muito caro ao Pe. Kentenich. Desde a instrumentalidade em relação a Deus, o Pe. Kentenich desenvolve toda uma proposta de formação do homem novo e propõe à Igreja uma renovação”.
Terceiro “P” – Paternidade (e maternidade) Mariana
“Hoje o mundo está carente de pais, de pessoas que sejam o porto seguro: para os angustiados, inseguros, os que buscam uma palavra de conforto”, menciona o Pe. Vandemir.
Por isso, ele continua, “devemos então forjar o mundo com valores” e “nosso estatuto moral cristão não descarta a paternidade, a autoridade, etc; visto primeiro que Deus é Pai”. Mas, ele alerta, “não podemos hoje armar um ‘vilinha de puritanos schoenstattianos’ e viver isolados do mundo. Transfigurar a realidade, significa dialogar com este mundo em que vivemos, mesmo que predomine a rebeldia adolescente das crises. Maior oportunidade para exercer nossa missão!”
⇒ Palestra completa em PDF e vídeo
Em busca da sinodalidade
A segunda parte do Congresso iniciou às 15 horas, transmitida pelo Santuário Sião do Jaraguá, São Paulo.
A participação dos congressistas foi online e em muitos Santuários os grupos locais estavam reunidos. Diversas fotos foram compartilhadas de suas casas, Santuários Lares, Santuários Filiais e a participação também se deu pelos comentários no chat do YouTube.
Para abrir a reflexão da tarde, teve a apresentação de vídeos sobre como transfigurar a realidade a partir do Ideal Tabor. Em seguida, os participantes foram convidados a se reunir em grupos online e presenciais, onde estavam reunidos. Moderadores enviaram, então, a reflexão dos grupos e o Pe. Marcelo Aravena fez uma síntese dessas respostas.
Também houve, nessa tarde, uma apresentação do Santuário de Atibaia/SP, motivando todos a participarem da celebração dos 50 anos de sua fundação.
Pe. Marcelo, nas palavras finais, apontou o grande esforço para realizar este Congresso, não somente do ponto de vista tecnológico, mas também pela dedicação pessoal de muitos: mais ou menos 200 conexões estavam assistindo, com 325 inscrições.
“Quero ressaltar, pelo que vivenciamos neste dia, que se tem muito carinho pelo Pe. José Kentenich, ele foi permanentemente ressaltado, lembrado e citado em suas expressões.
Grande alegria e entusiasmo pelo ideal Tabor, é uma graça que a Família de Schoenstatt perceba com clareza, principalmente por herança do Pe. Kentenich, um ideal que está ‘pegando fogo’ nos nossos corações, palpitando e vivo na mente de todos nós. Aqui temos um desafio aos assessores, leigos consagrados, de ajudar o Movimento sobre como traduzir na vida concreta e viver o ideal. Que esta missão seja atingida, vivida e realizada. O desafio não é só para os leigos, mas também para os assessores”.
A bênção final se deu com uma adoração e renovação da Aliança de Amor, para que tudo seja “decantado” e que Cristo seja o centro.