Pe. Rodrigo da Rosa Cabrera – Diante do estado de pandemia, ao qual a humanidade foi exposta nos últimos anos, e devido ao crescente números de restrições sociais, inúmeros fiéis ficaram impossibilitados de participar das Celebrações Eucarísticas, em diversas partes do mundo e do país, ou por precaução decidiram não participar.
Em alguns lugares as restrições foram mais restritas que outros e por isso a situação foi diversa a depender do local ou estado. Vimos nesse período aumentar o número de transmissões através do uso cada vez mais intenso das redes sociais. Em alguns lugares a transmissão telemática tornou-se já ordinária e permanente, sobretudo nos locais de maior destaque como santuários, basílicas e outros lugares importantes de peregrinação. Pode-se considerar positivo que a Igreja faça uso dos meios de transmissão nos diversos veículos de comunicação para atingir um público sempre maior mesmo fora do estado de pandemia.
Retornar a participação presencial, embora as transmissões continuem
Na medida em que se conquista uma maior segurança muitos ambientes retornam às suas atividades e da mesma forma as igrejas procuram reconquistar seus fiéis à participação presencial das celebrações. A Igreja sempre proclamou a Eucaristia como “fonte e ápice da vida cristã” (Catecismo n. 1324) e isso impele todo fiel à participação na Sagrada Eucaristia. Desse modo é urgente retomar a participação presencial às paróquias e locais de culto sabendo superar o medo e a insegurança da mesma forma como se supera em outras adversidades da vida humana.
É provável que se continue a utilizar positivamente a transmissão das celebrações via redes sociais, no entanto os fiéis devem estar conscientes da necessidade de participar de modo presencial, excetuando as situações que verdadeiramente impossibilitam alguém de estar presente.
O encontro comunitário faz parte da vida cristã
A Celebração Eucarística dominical desde o início da Igreja é a celebração da Páscoa do Senhor para a qual todo fiel é chamado. De acordo com o terceiro mandamento e dos mandamentos da Igreja há obrigação quanto à participação na Missa dominical (cf. Catecismo n. 2181). O encontro comunitário faz parte da vida cristã e a edifica como elemento característico dos discípulos reunidos ao redor do Senhor.
Todos desejam que as situações de maior risco trazidas pela pandemia possam ser superadas o mais rápido possível de modo que também se conquiste saúde emocional e psíquica. Não há dúvidas de que o retorno ao encontro comunitário na igreja, especialmente na Celebração Eucarística contribui eficazmente para isso. Muitos estão convictos de que as dificuldades do tempo atual ocasionam crescimento e maturidade na fé do mesmo modo se deu em diversos momentos da história da Igreja e na Sagrada Escritura, a história do povo de Deus.
Que todos os fiéis possam renovar a fé, a esperança e a caridade como afirmou o Papa Bento XVI na encíclica Spe Salvi (Salvos pela esperança n. 1): “o presente ainda que custoso, pode ser vivido e aceito, se levar a uma meta e se pudermos estar seguros desta meta; se esta meta for tão grande que justifique a canseira do caminho”.
Pe. Rodrigo é da Arq. de Santa Maria/RS e pertence ao Instituto Secular dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt.