Mãe, “teu coração sagrado é para o mundo refúgio de paz, sinal de eleição e porta do céu” (Rumo ao Céu, 541).
Karen Bueno / Ir. M. Nilza P. da Silva – O Papa Francisco convocou, para a quarta-feira de cinzas, 2 de março, um dia de jejum e oração pela paz. Mas, além de jejuar e rezar, ele pede também gestos concretos nessa direção, para que cada pessoa se questione em sua consciência: O que eu posso fazer pela paz?
O jejum como instrumento de paz
O pedido do Papa por jejum e oração é um passo importante na conquista da paz.
O Pe. José Kentenich recordava, aos jovens congregados, as palavras de Jesus: “Se não fizerem penitência, perecereis! (Lc 13, 3). Essas palavras de Nosso Senhor aplicam-se a todos, aplicam-se a nós também. O mandamento de fazer penitência é um mandamento divino do qual ninguém nos pode dispensar, nem o Papa. A Igreja concretiza mais este mandamento na Quaresma pela prática do jejum e da abstinência. Desta forma, a penitência tornou-se um preceito da Igreja…” [1].
Nesse sentido, o Pai e Fundador convida a substituir a palavra “penitência” por “autoeducação”, acentuando a missão pedagógica de Schoenstatt. Com esses gestos de entrega ao Capital de Graças, a Mãe de Deus vai formando seus filhos para serem protagonistas da paz em todos os ambientes.
Unidos à Igreja, ao Papa, a todos os cristãos, a partir dos Santuários, rezamos de modo especial pela paz, com um pedido particular pelas populações da Ucrânia e da Rússia.
Transfigura hoje a realidade
O anseio da Família de Schoenstatt, no Brasil, de colaborar para que o mundo se torne um Tabor também passa por esse caminho de sacrifícios e entrega pela paz. Pois transfigurar a realidade é empenhar-se para que Cristo seja o Rei do Universo, que se faça o Reino da Paz em toda a terra, a começar por onde estou.
Pe. Kentenich dizia: Schoenstatt quer instaurar um reino, o reino mariano de Deus Pai aqui na terra. Um reino onde impera Cristo e Maria, o reino da justiça, da verdade, do amor, da santidade e da paz de Cristo. Estando no campo de concentração de Dachau, escreve:
“Constrói a partir daí um mundo como agrada ao Pai,
assim como outrora Jesus o suplicou ardentemente na oração.
Reine aí sempre o amor, a verdade e a justiça,
a unidade que não massifica,
nem conduz ao espírito de escravidão.
Manifesta teu poder em noite escura de tempestade;
que o mundo veja teu atuar e te contemple maravilhado” (RC 495-497)
[1] Livro: Heróis de Fogo, Pe. Jonathan Niehaus