O que você acha de fazer uma atividade diferente à sombra do Santuário?
Karen Bueno – Elas criam panos de prato, pequenos presépios, coroas de advento, bolsas, necessaires, toalhas e trilhos de mesa, guirlandas, quadros, geleias, biscoitos, patchwork e uma infinidade de produtos artesanais. Estamos falando das pessoas que descobriram um jeito diferente de aproveitar o ambiente do Santuário: os artesãos e voluntários.
Em vários Centros do Movimento Apostólico de Schoenstatt do Brasil há grupos de artesanato criados especialmente para ajudar o Santuário, mas principalmente para proporcionar momentos de vinculação e convivência.
A “Oficina de Maria”
Em Porto Alegre/RS, a “Oficina de Maria” surgiu em 2007, na intenção de ampliar a linha de produtos oferecidos na loja do Santuário. A Liga das Mães liderou a criação da Oficina. Lidia Demeneghi recorda que tudo “começou com um Bazar de Páscoa, que teve a produção de 80 ovos decorados e recheados com amendoim. A Lojinha ainda estava numa pequena sala da Casa Tabor. Vendemos todos em um dia, foi uma alegria! Entusiasmadas, mais mães foram se juntando, aprendendo artesanatos de várias modalidades umas com as outras”.
Atualmente o objetivo do grupo, segundo Lidia, é contribuir com o Santuário, por meio de produtos doados, em materiais e mão de obra; alegrar as famílias e pessoas que adquirirem os produtos e oferecer uma forma de evangelizar, tornando conhecido o Santuário de Schoenstatt de Porto Alegre.
Na Oficina de Maria, “os produtos e artigos artesanais são feitos em casa durante todo o ano. Nas semanas que antecedem o bazar, a equipe organizadora faz a montagem com ajuda e a colaboração das Irmãs de Maria e voluntários”. Uma curiosidade é que, apesar do tempo de pandemia e distanciamento social, “a utilização do pagamento por cartão de crédito e o sistema PIX duplicou a receita dos bazares”.
Elas gostam mesmo é dos momentos de encontro
Também no Santuário de Araraquara/SP, um grupo se reunia toda terça-feira à tarde, antes da pandemia. Atualmente, elas continuam fazendo os trabalhos em casa. “Fazemos trabalhos diversos, com bordados, pinturas, petcolagem, bordados em tecidos xadrez, necessaires de tecidos, etc. Eu comecei a participar do artesanato há uns 8 anos, mas já tinha umas senhoras que se reuniam e faziam esse trabalho antes. Fui no Santuário e me ofereci para ajudar. Acredito que o objetivo de todas, como o meu, é ajudar o Santuário”, conta Lucia Aquino.
A pandemia deixou saudade e o desejo de retomar os encontros: “Uma senhora mudou de cidade, então eu mando alguns materiais, ela acrescenta outros e nos devolve através do filho, quando ele vem para Araraquara. Para outra senhora eu risco o tecido e ela passa e pega; outra senhorinha manda uns paninhos e eu faço os guardanapos… Mas todas gostavam (e gostam) mesmo é dos momentos de encontro, quando conversamos, trocamos ideias, tomamos um cafezinho – porque sempre alguém levava umas guloseimas. São reuniões muito boas e algumas vivem perguntando quando voltaremos. Também tem muitas pessoas que fazem doações de linhas, pedaços de pano e a gente aproveita. Outras doam trabalhos prontos”.
Em Santa Maria
O objetivo das peças de artesanatos feitos pela Liga de Mães, em Santa Maria/RS, é conseguir recursos para a compras de roupas de recém nascidos. Com esses trabalhos realizados em seus encontros nas segundas-feiras, elas montam enxovais completos para bebês e doam para dois hospitais da cidade, a fim de ajudar as mães sem recursos para adquiri-los para seus recém-nascidos. Ajudam, também, as famílias do Centro de Referência familiar Recanto Sol. “Esse trabalho é nosso apostolado. Sempre rezamos antes de começar e muitas mulheres que começaram conosco, hoje, participam do Ramo da Liga de Mães de Schoenstatt. Nada é em nosso benefício. Tudo é por amor e gratidão à nossa Mãe. É nossa oferta ao Capital de Graças, entregues no Santuário! Há muita alegria quando nos reunimos, pois, somos um só coração, muito unidas e alegres”, explica Irene L. Bertoletti.
Em Atibaia
Vera Lucia da Silva conta: “No Santuário de Atibaia/SP, como estava precisando muito de máscaras, a gente veio como voluntária para ajudar a costurá-las. Hoje nós fazemos também patchwork, pintura… É muito gostoso, porque a gente se reúne, conversa, tem a hora do lanche, é muito bom”.
Vera e uma equipe de artesãs fazem parte do grupo de voluntários convocados para ajudar o Santuário nesta pandemia. Além do artesanato, há pessoas que ajudam na manutenção dos jardins, nas romarias e outras atividades.
Seu Santuário tem um grupo de artesanato?
Encontre aqui os contatos e endereços de cada Santuário de Schoenstatt do Brasil. Se lá não tem um grupo de artesanato, mas você deseja contribuir com algo desse tipo, converse com os assessores dos locais. Toda ajuda é bem-vinda, especialmente quando se cultivam os vínculos sob o olhar e as bênçãos da Mãe de Deus.
“Os laços de amizade, os risos, os cafezinhos e bolos, os erros e acertos entre os participantes favorecem as amizades e o entrosamento entre os Ramos, sendo perceptível o quanto a Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt e o Pe. Kentenich nos ajudam, nos alegram, nos sustentam, nos abençoam”, conclui Lidia Demeneghi.
Fotos: enviadas pelas artesãs