Ir. M. Nilza P. da Silva – Em poucos dias, cerca de 90 ucranianos respiraram aliviados ao cruzar o portão do Centro de Schoenstatt, em Dietershausen, na Diocese de Fulda, na Alemanha. Ali eles encontram um novo lar, na antiga Casa Provincial das Irmãs de Maria. Os moradores do município, juntos com a Família de Schoenstatt local, solidários com seus sofrimentos, se desdobram para que tenham tudo o que necessitam.
Só um milagre pode ajudar: temos que rezar com fé!
Ilona Wehner, que atua na Campanha da Mãe peregrina, participa dessa hora de generosidade e acolhida, mas, percebe que é preciso mais do que ajuda humana. É preciso suplicar que venham auxílios do céu: “Só um milagre pode ajudar. A situação é tão complexa – temos que ‘invadir o céu’ e pedir esse milagre. Temos que rezar com fé por isso. Temos um santuário aqui e me veio a ideia de convidar a todos para formar uma corrente humana de luzes!” Seu pedido foi apresentado nas Redes Sociais e cerca de 150 pessoas foram ao Santuário para rezar pela paz e mostrar solidariedade com a Ucrânia.
“As pessoas mostraram que é muito importante estarmos juntos. Os habitantes de Dietershausen já trouxeram muitas doações. Apesar disso, há uma necessidade urgente de doações financeiras porque a casa é grande precisa e ser aquecida. As famílias precisam de dinheiro para que possam se sustentar de forma independente,“ diz Ilona. Ela narra que o maior desejo dos refugiados ali é “que a guerra termine e todos possam voltar para suas casas, o mais rápido possível. Algumas famílias fugiram juntas: pais, mães e seus filhos. Mas, há também muitas mães sozinhas, com seus filhos pequenos, que estão muito preocupadas com o resto da família,“ que teve que ficar na Ucrânia.
É possível uma mudança pacífica e do poder da oração.
Junto a esse Santuário há uma ermida dedicada a Maria, que foi construída, durante a guerra fria, como sinal de confiança na vitória dos poderes divinos sobre o ódio, a violência e o terror. Ali a Alemanha foi consagrada à Mãe de Deus. Anualmente, essa consagração é renovada. Desde 1989, há também uma cruz, feita do arame que cercava a “terra de ninguém”, o Muro que dividia a Alemanha. Essa cruz é uma recordação de que é possível uma mudança pacífica e do poder da oração.
No dia 4 de março, após a oração pela paz, no santuário, as pessoas presentes fizeram uma corrente humana que ia do santuário até a ermida, chamada de Ermida da Vitória. Quando escureceu, elas iluminaram as trevas com velas acesas nas mãos. Um representante dos refugiados da Ucrânia falou em russo — foi traduzido — comoventes palavras de gratidão. Ele contou sobre a situação de sua família e deu um testemunho impressionante sobre sua confiança em Deus, mesmo neste momento mais difícil de seu país.
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Fotos: East Hessen News e S-MS
Fonte: s-ms.org