No próximo dia 16 de julho, os noviços dos Padres de Schoenstatt recebem a Túnica de Sião. Entre eles, há 3 brasileiros. Eles nos falam sobre isso.
Como eu descobri a minha vocação?
Fernando Henrique Rodrigues Santos – Acredito que a nossa vocação é um mistério sobrenatural, assim que seria muito difícil de explica-la em palavras humanas. No fundo, penso que já descobri a minha vocação, no entanto, ainda não, mas que me sinto atraído por este mistério que me impele a adentrar-me nele cada vez mais. Assim que, não poderia dizer que eu já descobri minha vocação, mas que a sigo descobrindo conforme interpreto os desejos de Deus que se faz Presente em cada aspecto da minha Vida e História e que nunca está em desacordo com os profundos desejos de minha alma.
Então, como eu cheguei até aqui? Bom, devo confessar que eu sempre fui “um menininho de Igreja” e que desde a primaria, já falava algo sobre ser Padre. Confesso também que minha família, meus amigos, meus professores e até mesmo alguns Padres que me conheciam, passaram boa parte da minha infância e adolescência me dizendo que eu deveria entrar no seminário. Mas isso não me assegurava que essa era a vontade de Deus.
Por isso já passou muitas vezes pela minha cabeça a vontade de que “Deus fosse mais claro”, comigo. Desejava algo, como que se o céu se abrisse ou que um raio caísse na minha frente e me dissesse: “Seja Sacerdote! ”. E então, pronto, eu iria feliz e tranquilo por esse caminho. Levei muito tempo para perceber que isso seguramente me tiraria a liberdade interior, afinal, se Deus fosse assim tão claro com cada um de nós, dificilmente faríamos o contrário do que nos foi pedido, senão que faríamos por pura obediência, sem porventura, passar antes pelo nosso coração e assim, perceber que a Vontade de Deus é também a nossa própria e verdadeira vontade interior.
Então, somado a essa inquietude que sempre me voltava, resolvi tomar um tempo de qualidade para meditar acerca dessas vozes, observando minha história de vida, as competências que fui desenvolvendo durante ela, minhas paixões e como as busco coloca-las a serviço e as coisas da vida que me causam inquietudes e que se bem observadas, não são evidentes que aconteçam, mas que certamente são providenciais. Tudo isso acompanhado por um Sacerdote, que no meu caso, foi o Pe. Vitor Possetti (ISCH).
A primeira conclusão que eu cheguei é a de que todos nós buscamos o caminho de volta ao Pai. Todos nós queremos chegar ao céu. Assim, a vocação mais certa em mim, da qual sem dúvidas posso dizer que já descobri, é a de lutar diariamente pela santidade. No entanto, cada um de nós, tem sua própria forma, seu próprio caminho que leva a essa santificação. A busca dessa forma original de santificação é o mistério que me tem atraído.
E então, fui me dando conta de como é a minha forma de amar e ser amado, de onde eu me sentia livre para amar e servir mais e melhor. Assim, se eu me dedicasse integralmente a isso, viveria plenamente, o que não significa que não haveriam quedas, que não haveriam dificuldades ou sofrimentos, mas que, quando se vive em plenitude, se encontra verdadeiro sentido em viver e forças para se levantar e buscar cada vez mais minha melhor versão, assim lutar pela santidade diariamente.
Acredito então que a minha resposta vocacional é uma resposta livre de amor a um Deus que sempre passou pela minha história amando-me. Acredito que este é o caminho no qual posso me entregar e amar mais e melhor. Assim atender ao Chamado desse Deus de Amor, que me chama a viver em plenitude, assim, experimentar já nessa vida ao mistério do Reino dos Céus que de certa forma já se faz presente em meio a nós, mas ainda não.
Por que eu escolhi aos Padres de Schoenstatt?
Davi Vilarinho de Oliveira – Durante a Juventude Masculina fui acompanhado pelos Padres de Schoenstatt como assessores. Então, percebi a beleza dessa vocação e de entregar-se através dos apostolados e do sacerdócio.
Saber que os Padres pertencem a Schoenstatt, se unem a mesma família e partem do mesmo lugar, o Santuário, e também com a mesma missão de ser instrumentos de Maria. Me deram a coragem e tranquilidade para discernir minha vocação e ver que Deus me apresentou essa comunidade para me mostrar a presença e ação Dele na minha vida.
Então, senti o chamado a Sião para viver a minha missão de um sacerdócio em comunidade e acompanhar vidas, entregando o mesmo que recebi, servindo a Igreja e o movimento de Schoenstatt.
Qual a importância da Toma de Túnica?
Ricardo Ilhe Petrassi Silva – A túnica de Sião e o cíngulo representam a nossa opção pela castidade, pobreza e obediência seguindo os conselhos evangélicos. Também é uma forma de unir-se a toda comunidade, uma vez que é vestimenta litúrgica comum entre todos nós, e o primeiro grande marco no início do nosso caminho ao sacerdócio.
Esses símbolos também se fazem muito forte para mim porque estarei recebendo a mesma túnica e cíngulo com os quais vou ser ordenado, se for a vontade de Deus. Além disso, é um símbolo permanente do sacerdote que quero chegar a ser um dia ao exemplo da comunidade de Sião que quero servir.
Rezemos para que cada noviço se aprofunde na sua vocação e tenha o coração bem aberto para todas as graças que Deus lhes prepara para esse tempo de noviciado.
Rezemos para que cada jovem encontre a vocação para qual Deus o chama e tenha a coragem da decisão sem reservas para os planos divinos.
Rezemos pelas famílias, para que o amor matrimonial seja um berço que gera muitas vocações consagradas, dedicadas com exclusividade para o Reino de Deus e a salvação das almas.
Mais informações sobre a Tomada de Túnica, clique aqui Convite 2022